Após ser obrigado pela Justiça a manter as atividades no terminal da Ponta da Praia, o Grupo Libra afirma em audiência nesta segunda, dia 8, a redução de quadro de funcionários e o encerramento das operações de embarque no próximo dia 28.
O Grupo Libra confirmou, em audiência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ–SP), que fará a redução de profissionais e encerrará as operações de embarque, mantendo apenas o serviço de armazenagem alfandegada. A seção foi marcada após Libra fazer um comunicado aos trabalhadores que as operações se encerrariam no próximo dia 28. A Justiça cobrou explicações de Libra, uma vez que a empresa entrou com um pedido de Recuperação Judicial, em julho de 2018, – para não decretar falência – e tem contrato de arrendamento vigente até maio de 2020.
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O diretor-presidente da Companhia Docas questiona, quais caixas metálicas serão movimentadas diante da transferência das operações para outros terminais. “O que vou fazer na verdade é fiscalizá-la”. Uma vez que, de acordo com o contrato de arrendamento, a empresa deve movimentar ao menos 400 mil unidades de contêineres ao ano.
A empresa emitiu uma nota informando que manterá as atividades de armazenagem alfandegada no seu terminal e disse que, no prazo determinado, “apresentará em sua Recuperação Judicial o projeto de adequação de suas estruturas para essa nova fase”.
Sobre os funcionários
Com aproximados 800 funcionários, Carvalho conta que os diretores do grupo confirmaram a necessidade de reduzir o quadro. Apesar de nada ter sido oficializado, falou-se em uma redução de 50%.
O Grupo Libra preferiu não se manifestar sobre a questão dos empregos. A empresa limitou-se a dizer que apresentou à Justiça “as explicações necessárias para esclarecer questões sobre o anúncio dos armadores mudando a operação de seus serviços da Libra para outro terminal no Porto de Santos”.
Sindicato
o Settaport – Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo , que representa aproximadamente 500 profissionais, informou ter entrado com uma ação trabalhista contra a empresa nesta última semana.
A decisão visa garantir os direitos dos trabalhadores, informa o presidente do Settaport, Francisco Nogueira.
Nogueira espera que a empresa mantenha os empregos até o encerramento do contrato de operação no terminal, o que permitirá a transição e o aproveitamento dos trabalhadores.
O presidente do Settaport esteve no dia 1º de abril,como os diretores da empresa, mas as conversas já não eram animadoras. “Nos aram o pior dos cenários. Disseram que não terão operação a partir do dia 28 e não há como sustentar mil profissionais sem fazer nada no terminal”.