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Grupo chinês Baiyin Nonferrous adquire mineradora Vale Verde por R$ 2,352 bilhões, impulsionando o setor mineral em Alagoas!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 03/04/2025 às 21:56
vale verde - china - mineradora -
foto/reprodução: divulgação

Grupo chinês Baiyin Nonferrous adquire a mineradora alagoana, reforçando laços comerciais e compromisso com práticas sustentáveis no setor mineral

A aquisição da Mineradora Vale Verde (MVV) pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous por US$ 420 milhões ressalta o crescente interesse estrangeiro por ativos estratégicos no setor de mineração brasileiro. Localizada no município de Craíbas, no Agreste de Alagoas, a MVV tem sido um pilar no desenvolvimento econômico regional, especialmente devido à sua exclusividade na exploração de minério de cobre no estado.

Esta transação da China, anunciada pela Appian Capital Advisory LLP, não só destaca a capacidade da Appian em identificar e otimizar ativos subvalorizados, mas também reforça a importância do Brasil como um player chave no mercado global de minerais essenciais.

A trajetória da mineradora vale verde: de aquisição à venda

Desde que foi adquirida pela Appian em 2018, a MVV ou por uma reestruturação significativa.

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A Appian, conhecida por sua expertise em mineração e metais, aplicou seu conhecimento técnico para transformar a MVV em um ativo altamente eficiente e competitivo.

O desenvolvimento de um Estudo de Viabilidade Definitivo (DFS) foi um o crucial nesse processo, permitindo uma reavaliação e otimização dos processos de mineração.

Esse estudo incluiu a redução da capacidade de processamento da planta e o foco em áreas de maior teor mineral, o que resultou em uma operação mais sustentável e econômica.

As mudanças implementadas permitiram uma redução significativa no CAPEX inicial para US$ 243 milhões, muito abaixo dos US$ 420 milhões previstos originalmente, além de menores custos operacionais ao longo da vida útil do ativo.

Esse movimento estratégico da China não apenas melhorou a eficiência operacional, mas também tornou a MVV um ativo atraente para investidores internacionais.

Impacto econômico e social em Alagoas

A operação da MVV teve um impacto significativo na economia de Alagoas, posicionando o estado como um importante exportador de cobre.

Desde o início de suas operações, mais de 300 mil toneladas secas de concentrado de cobre foram exportadas, com a China sendo o principal destino.

Além disso, a Finlândia, Índia, e Polônia também são importantes parceiros comerciais.

Este fluxo de exportação tem sido crucial para o fortalecimento da economia local, criando empregos diretos e indiretos e estimulando o desenvolvimento em áreas adjacentes.

O sucesso da MVV em inserir Alagoas no mapa das exportações internacionais de cobre não só aumentou a visibilidade do estado, mas também atraiu investimentos adicionais para a região.

Além disso, a presença de uma mineradora de grande porte ajudou a desenvolver infraestrutura local, beneficiando tanto a indústria quanto a população local.

Baiyin nonferrous: um gigante global com compromisso local

Fundada em 1954, a Baiyin Nonferrous é uma força global na mineração e fundição de metais não ferrosos.

Com operações em países como China, África do Sul, e Peru, a empresa possui uma capacidade produtiva impressionante, incluindo 400 mil toneladas de cobre por ano.

A decisão da Baiyin de adquirir a MVV não é apenas um movimento estratégico para expandir sua presença no Brasil, mas também um compromisso com práticas de mineração responsáveis e sustentáveis.

A aquisição da MVV pela Baiyin representa uma oportunidade para a empresa alavancar sua expertise global, garantindo que as operações em Alagoas sejam conduzidas com os mais altos padrões de Environmental, Social, and Governance (ESG).

Este compromisso é fundamental para assegurar que o desenvolvimento da mineração continue a beneficiar a comunidade local, respeitando o meio ambiente e as culturas locais.

Desafios e controvérsias em torno da transação

Apesar do sucesso aparente, a transação gerou discussões sobre a transparência das operações da MVV.

A discrepância entre os números de produção divulgados pela mineradora e os dados do Porto de Maceió levantou suspeitas de possíveis irregularidades fiscais.

Enquanto a MVV relatou uma produção de 70 mil toneladas em 2024, os registros do porto indicam uma exportação de mais de 320 mil toneladas nos últimos quatro anos.

Essa disparidade gerou preocupações sobre uma possível sonegação fiscal, uma questão que a istração do porto atribuiu a uma manutenção de rotina dos dados.

Esta situação ressalta a importância da transparência e da responsabilidade corporativa em operações de grande escala. A confiança do público e dos investidores depende de práticas de negócios claras e honestas, e é vital que todas as partes envolvidas mantenham um compromisso firme com a integridade e a transparência.

Perspectivas futuras para a mineração em Alagoas em parceria com a China

vale verde - china - mineradora -
foto/reprodução: divulgação

A autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) para que a MVV explore minérios em 48% do território de Craíbas abre novas possibilidades para o crescimento da mineração na região.

Esta expansão potencial representa uma oportunidade significativa para aumentar a produção e fortalecer ainda mais a posição de Alagoas como um importante centro de mineração no Brasil.

Sob a istração da Baiyin, espera-se que a MVV continue a seguir práticas de mineração responsáveis e sustentáveis.

A empresa reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento regional, prometendo seguir estratégias que não só respeitam o meio ambiente, mas também promovem o bem-estar social e econômico das comunidades locais.

A aquisição pelo grupo chinês é um marco significativo para a indústria de mineração em Alagoas e no Brasil como um todo.

O investimento internacional não só destaca a atratividade dos recursos naturais do país, mas também o potencial para um crescimento sustentável e responsável.

Com a demanda global por minerais críticos aumentando, a posição do Brasil como fornecedor confiável e ético é mais importante do que nunca.

Compromisso com a sustentabilidade e desenvolvimento comunitário com o grupo chinês

A MVV e a Baiyin estão comprometidas em manter um equilíbrio entre operações econômicas e responsabilidade ambiental.

O compromisso com práticas de mineração sustentáveis inclui a redução do impacto ambiental das operações e a implementação de programas que promovem o desenvolvimento comunitário.

Este compromisso é essencial para garantir que o crescimento econômico não comprometa o meio ambiente ou a qualidade de vida das comunidades locais.

Além disso, o grupo chinês tem investido em iniciativas sociais que beneficiam diretamente a população de Craíbas e arredores.

Esses programas incluem investimentos em educação, saúde e infraestrutura, que são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e criar oportunidades de emprego sustentáveis para os moradores locais.

Um futuro promissor para a mineração e Alagoas

A venda da Mineradora Vale Verde para o grupo Baiyin Nonferrous representa um avanço significativo para a mineração em Alagoas, destacando o estado como um ponto estratégico para investimentos internacionais no setor mineral.

A operação não só reforça a importância do Brasil no cenário global de mineração, mas também demonstra o potencial de Alagoas como um líder emergente na produção de cobre.

Com um compromisso renovado com a sustentabilidade e o desenvolvimento regional, a MVV está posicionada para continuar a desempenhar um papel vital na economia local e global.

A transação com a Baiyin não apenas garante a continuidade das operações de mineração em Craíbas, mas também promete trazer inovações tecnológicas e práticas de gestão que beneficiarão toda a região.

A atratividade do Brasil para a China como destino para investimentos em mineração continua a crescer, e transações como a venda da MVV são um testemunho do potencial do país para atrair capital estrangeiro e fomentar o desenvolvimento econômico sustentável.

Com um futuro promissor pela frente, a indústria de mineração em Alagoas está preparada para continuar crescendo e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do estado e do país.

FONTE: TRIBUNAHOJE

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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