Primeira ponte física ligando esses estados pode transformar o ecoturismo, criar um corredor ambiental vital e impactar a economia local com uma infraestrutura inédita e sustentável no coração do Pantanal brasileiro.
Um projeto histórico está prestes a transformar a conexão entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com a construção de uma ponte de concreto de aproximadamente 300 metros.
Essa será a primeira ligação física entre os dois estados brasileiros, prometendo não apenas integrar regiões ricas em biodiversidade, mas também alavancar o ecoturismo e movimentar a economia local de forma inédita.
A ponte, que ligará a tradicional Estrada Transpantaneira, em Mato Grosso, à rodovia MS-214, em Mato Grosso do Sul, marca um o fundamental para o desenvolvimento sustentável da região pantaneira.
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O investimento estimado para a obra varia entre R$ 50 e R$ 60 milhões, com custos divididos igualmente entre os dois estados, em um esforço conjunto que demonstra compromisso e cooperação.
Avanços nas obras e previsão para o início da construção da ponte
Conforme informado por autoridades, as obras da rodovia MS-214, no lado sul-mato-grossense, já avançaram significativamente, com implantação e revestimento primário de cerca de 60 km, garantindo o à região isolada onde a ponte será construída.
A expectativa é que a construção da ponte comece no segundo semestre de 2025, após a conclusão dos projetos técnicos e o licenciamento ambiental, indispensáveis para a preservação do bioma.
A conclusão da ponte está prevista para 2027, respeitando todas as normas ambientais e técnicas necessárias para uma obra desse porte no Pantanal.
Turismo ecológico como motor econômico
A região que será beneficiada pela nova infraestrutura é reconhecida mundialmente por sua rica biodiversidade, sendo um dos melhores destinos para o avistamento de onças-pintadas, entre outras espécies da fauna local.
Segundo Eduardo Blanco, gerente da Pousada Porto Jofre Pantanal, o turismo ecológico movimenta dezenas de propriedades locais, com uma frota que inclui cerca de 10 barcos grandes, 60 lanchas e aproximadamente 200 piloteiros.
Hoje, a maior parte dos turistas chega pela cidade de Cuiabá, percorrendo 150 km pela estrada de terra da Transpantaneira para chegar até Porto Jofre.
Com a ponte, o o se tornará mais rápido e seguro, facilitando o fluxo de visitantes e abrindo oportunidades para o crescimento do turismo regional.
Integração e sustentabilidade
A ponte não apenas vai facilitar o o turístico, mas também vai criar um corredor ecológico fundamental para a preservação ambiental da região, possibilitando o deslocamento seguro de animais e o fortalecimento dos biomas pantaneiros.
A secretária-adjunta de Obras Rodoviárias de Mato Grosso, Nivia Calzolari, destaca que a ligação entre os estados abrirá novos horizontes para o desenvolvimento econômico sustentável e para o ecoturismo.
Essa integração é um exemplo claro da união entre desenvolvimento e preservação, valores essenciais para o Pantanal, considerado patrimônio mundial.
Desafios e compromissos ambientais
De acordo com Rudi Fiorese, diretor de Infraestrutura Rodoviária da Seilog, a construção da ponte exigirá atenção especial às condições ambientais sensíveis do Pantanal.
Ele reforça que o projeto é um marco não só para a conectividade entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas também para o compromisso com a proteção do bioma e a sustentabilidade.
O trabalho conjunto entre os dois estados reforça a importância de ações coordenadas para enfrentar desafios em áreas remotas e ecologicamente frágeis, demonstrando um modelo de governança inovadora.
Impactos na mobilidade e na economia local
Do lado sul-mato-grossense, a rodovia MS-214 será fundamental para escoar o turismo e integrar os estados, conectando a BR-163 à região de Porto Jofre.
Com o o facilitado, a expectativa é que o turismo na região cresça substancialmente, gerando maior movimentação para hotéis, restaurantes e pequenos negócios que dependem diretamente desse fluxo.
Além disso, a ponte beneficiará diretamente as comunidades locais, impulsionando a geração de empregos e fortalecendo a economia regional.
O que esperar para o futuro do Pantanal
Com a finalização da ponte e das obras viárias associadas, o Pantanal deve se consolidar ainda mais como um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil, com maior ibilidade e infraestrutura.
A integração entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul abrirá novas oportunidades para negócios sustentáveis, ampliando o potencial econômico da região sem comprometer a biodiversidade.
Agora, a pergunta que fica é: você acredita que o crescimento do turismo ecológico no Brasil pode ocorrer de forma sustentável, sem prejudicar o meio ambiente?