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Governo federal aprova e petróleo do pré-sal será leiloado! Novo domínio da China?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/12/2024 às 14:37
Maior leilão do pré-sal da história inclui sete blocos e promete bilhões em arrecadação, com foco em sustentabilidade e inovação.
Maior leilão do pré-sal da história inclui sete blocos e promete bilhões em arrecadação, com foco em sustentabilidade e inovação.
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Com sete novos blocos na Bacia de Santos, o leilão do pré-sal promete revolucionar o setor energético brasileiro. Além de bilhões em arrecadação, o governo avança em sustentabilidade com biodiesel e metas do Renovabio. O evento já é considerado o maior da história sob o regime de partilha de produção.

Com cifras impressionantes e o peso de um recurso estratégico, o maior leilão de petróleo da história do Brasil já começa a movimentar o setor energético global.

A expectativa gira em torno de bilhões em arrecadação e investimentos, mas uma questão ainda intriga: quem levará a maior fatia dessa vez?

Na última terça-feira, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou a inclusão de sete blocos da camada pré-sal na Bacia de Santos no programa de Oferta Permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Os blocos Cerussita, Aragonita, Rodocrosita, Malaquita, Opala, Quartzo e Calcedônia deverão ser leiloados em junho, no que já é considerado o maior certame sob o regime de partilha de produção em número de áreas ofertadas.

O peso econômico dos blocos ofertados

Esses blocos prometem transformar o setor de petróleo no Brasil.

Com uma arrecadação prevista de R$ 220 bilhões ao longo da vida útil dos projetos e investimentos de R$ 214 bilhões no mesmo período, o leilão reforça o protagonismo da Bacia de Santos como a principal fonte de petróleo do país.

Além disso, a expectativa de bônus de alcança R$ 874 milhões, valores que destacam a importância estratégica dessas áreas.

Localizados no polígono do pré-sal, os blocos já chamam atenção de gigantes internacionais, especialmente considerando o histórico recente em que empresas chinesas dominaram boa parte dos contratos.

China: protagonista no último leilão de petróleo

No leilão mais recente do pré-sal, empresas chinesas, como a estatal CNOOC e a CNPC, garantiram fatias significativas de blocos estratégicos, fortalecendo sua posição no mercado brasileiro.

Com ofertas agressivas e um apetite crescente por recursos energéticos, a China se consolidou como uma das maiores investidoras na exploração do pré-sal brasileiro.

Esse movimento reforça as expectativas de que, no próximo leilão, o país asiático possa novamente exercer um papel central, embora concorrentes tradicionais, como Estados Unidos e Europa, também estejam de olho nos blocos agora disponíveis.

Sustentabilidade e inovação no setor energético

Além do petróleo, o CNPE também trouxe pautas sustentáveis para a reunião.

Uma resolução aprovada autoriza o uso de óleo e gorduras residuais na produção de biodiesel, diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF).

Essa medida está alinhada com a Lei do Combustível do Futuro e reflete o esforço do governo em equilibrar exploração de recursos fósseis e práticas mais limpas.

As metas mínimas para mistura desses óleos nos biocombustíveis serão regulamentadas em conjunto pelos ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente.

Isso deve impulsionar uma nova cadeia produtiva sustentável, gerando benefícios econômicos e ambientais.

Apoio à indústria nacional

A reunião do CNPE também reforçou o compromisso com o conteúdo local.

Os índices mínimos para a construção de navios-tanque novos no Brasil foram definidos, estabelecendo que essas embarcações deverão conter ao menos 50% de bens e serviços produzidos no país.

Essa medida busca fortalecer a indústria naval nacional, com impactos positivos na geração de empregos e no estímulo ao desenvolvimento tecnológico.

Os novos navios serão destinados à cabotagem de petróleo e derivados, reforçando a infraestrutura logística do setor.

Renovabio e a meta de descarbonização

No campo ambiental, o programa Renovabio definiu novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para o período entre 2025 e 2034.

A meta global prevê uma redução de 11,37% na intensidade de carbono até 2034, em comparação com os níveis de 2018.

Para 2025, a meta é a geração de 40,39 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs), o que equivale à retirada de 40,39 milhões de toneladas de CO₂ equivalente da atmosfera.

Essas metas serão detalhadas pela ANP, considerando a participação de cada distribuidor no mercado de combustíveis fósseis.

Quem será o próximo protagonista?

Com tantos fatores em jogo, o próximo leilão do pré-sal promete ser decisivo para o futuro do setor energético no Brasil.

Os blocos da Bacia de Santos trazem um potencial econômico imensurável, enquanto as novas resoluções apontam para um caminho mais sustentável e inovador.

No entanto, a questão central permanece: a China continuará dominando os contratos, ou novos protagonistas surpreenderão o mercado?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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