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Jovens estão abandonando o setor de TI, mesmo com os altos salários oferecidos. Embora a área de tecnologia seja cada vez mais promissora, ela não tem conseguido atrair a Geração Z. Entenda os motivos por trás dessa tendência.
Os salários na área de Tecnologia da Informação (TI), que já eram atraentes, continuam a subir, refletindo a alta demanda por profissionais qualificados. No entanto, a Geração Z, formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012, está demonstrando uma mudança significativa de postura. Ao invés de buscar oportunidades em TI, muitos estão optando por outros setores, como o da saúde. Confira as razões por trás dessa tendência surpreendente e o que isso significa para o futuro do mercado de trabalho. Se você está acompanhando as mudanças nas preferências de carreira dos jovens, continue lendo para entender o que está por trás dessa fuga do setor de TI.
Jovens abandonam setor de TI: Google e Amazon enfrentam queda em ranking
A situação foi apontada por um estudo da National Society of High School Scholars, que ouviu mais de 10 mil jovens. Grandes empresas de tecnologia, como o Google e a Amazon, caíram no ranking de preferência dos estudantes. O Google, que já esteve no topo, está em sétimo e a Amazon ficou em oitavo.
O estudo feito nos EUA apontou que as principais áreas de interesse profissional incluem medicina e assistência médica. O principal interesse dos jovens da geração Z é trabalhar em grandes empresas do segmento da saúde.
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Especialistas explicam que o estudo indica uma tendência para o Brasil. Para o mestre e doutor em comunicação, Dado Schneider, palestrante e estudioso sobre a geração Z, a pandemia foi um grande motivo pelo qual jovens abandonam setor de TI.
Dado Schneider destaca que: “quando essa geração começou a trabalhar, surgiu o confinamento global, e muitos começaram a ter aulas confinados, e não tiveram aquela vida acadêmica clássica. Começaram o estágio online, não tiveram uma iniciação do jeito que se tinha no ado. Já nasceram em um contexto tecnológico, o que não faz com que tenham tanto encantamento pela tecnologia como gerações anteriores“, pontuou o especialista.
Jovens da Geração Z tem uma visão mais negativa da inteligência artificial
O conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Cosme Peres, explicou que o estudo também apontou que a Geração Z tem uma visão mais negativa da inteligência artificial. O diretor de TI da Gi Group Holding, José Roberto Paim Neto, lembra que, no Brasil, considerando todas as gerações, historicamente a área da saúde é mais procurada e a busca por cursos da área de TI continua aumentando.
No Brasil, jovens abandonam setor de TI e 43,7% das empresas sofrem “um pouco” ou “em grande medida” para encontrar profissionais com habilidades digitais avançadas. Os dados são de um levantamento da Gi Group Holding, em parceria com a universidade tecnológica italiana Politécnico di Milano, e a empresa de inteligência de dados Intelig Data Management.
A expectativa é que, haja uma maior busca das empresas nos próximos anos por especialistas em Marketing Digital e Estratégia (40%), Especialistas em Inteligência Artificial e Machine Learning (35%), Analista de Segurança da Informação (35%), entre outros.
Jovens abandonam setor de TI e salários estão 82% mais altos
Com a geração Z deixando a tecnologia de lado, há mais vagas do que profissionais qualificados para trabalhar nelas. Desta forma, as empresas oferecem salários de até 82% mais altos que as empresas de média e baixa tecnologia. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNI).
Aqueles que trabalham em empresas de média-baixa tecnologia, segundo o levantamento da Federação, tem um salário médio de R$ 3.238,14. Já nas de alta tecnologia o valor sobe para R$ 5.901,31.
O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado (Consurt), Fernando Otávio Campos, explica que os profissionais de tecnologia são aqueles que desenvolvem, operam, fazem a gestão de equipamentos de alta tecnologia, que são mais sofisticados incluindo automação avançada, inteligência artificial, por exemplo.
