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Frontier, picape monstro da Nissan com 429 cv, custa menos que um HB20, mas tem um problema: valor é encontrado na China. No Brasil, o preço está 150% maior

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/06/2025 às 10:34
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Se você está em busca de uma picape média que combine potência, tecnologia híbrida e preço ível, a diferença entre os mercados chinês e brasileiro pode surpreender.

A Nissan, por meio da t venture com a Dongfeng na China, lançou a versão híbrida plug-in da picape Z9, uma espécie de irmã eletrificada da Frontier, mas que custa uma fração do preço cobrado aqui no Brasil.

Segundo dados oficiais, a Z9 GE PHEV — a versão híbrida plug-in da picape — é vendida por cerca de R$ 123 mil na China, o equivalente a US$ 21.800, ou seja, menos que um HB20 Platinum Safety 1.0 Turbo AT, que eem junho está sendo enddido por R$ 124.390.

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Já no mercado brasileiro, o preço da Nissan Frontier pode ultraar R$ 310 mil, um valor 150% maior.

Essa discrepância chama atenção para a disparidade de preços e incentivos entre os países e reforça o impacto dos impostos, logística e políticas públicas sobre os veículos híbridos e elétricos no Brasil.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Nissan Z9 GE PHEV: tecnologia avançada e preço competitivo

A picape chinesa Z9 GE PHEV apresenta um conjunto mecânico impressionante.

Ela une um motor 1.5 turbo a gasolina a um motor elétrico, que, juntos, geram entre 322 cv e 429 cv, dependendo da versão escolhida.

O torque é um dos destaques: impressionantes 81 kgfm, capazes de garantir força e desempenho para uso urbano e fora de estrada.

A transmissão automática é exclusiva para o sistema híbrido e há opções com tração traseira ou integral, o que amplia sua versatilidade para diferentes tipos de terreno e necessidades.

Além disso, a Z9 oferece duas opções de bateria: uma de 17 kWh, que permite rodar até 60 km somente no modo elétrico, e outra de 32,85 kWh, com autonomia de até 135 km sem usar combustível, segundo o ciclo NEDC.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Equipamentos que impressionam

Mesmo nas versões mais básicas, a Z9 já conta com digital de 10,25 polegadas e central multimídia de 12,8 polegadas, que trazem conectividade e conforto ao motorista.

As versões mais sofisticadas oferecem uma tela de 14,6 polegadas, bancos revestidos em couro Nappa com funções de aquecimento, ventilação e até massagem, além de um sistema de som com 12 alto-falantes.

O interior da Z9 é praticamente o mesmo da Nissan Frontier Pro fabricada na China, embora ambas tenham detalhes visuais exclusivos, como grades, para-choques e de LEDs.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Dimensões e comparação com o mercado dos EUA

Com 5,49 metros de comprimento, cabine dupla e caçamba de 1,52 metro, a Z9 está no mesmo patamar dimensional da Frontier vendida nos Estados Unidos.

Lá, a Frontier começa em US$ 32.050 na versão mais simples, equipada com motor V6 aspirado e sem eletrificação.

Mesmo a versão topo de linha da Z9 híbrida custa cerca de US$ 30.500, o que a torna uma opção mais ível e tecnologicamente mais avançada.

Brasil: um mercado que sofre com impostos e alta tributação

No Brasil, o cenário é bem diferente.

A Nissan Frontier, modelo fabricado localmente em Resende (RJ), chega às concessionárias com preço médio que ultraa R$ 310 mil na versão mais equipada.

Esse valor representa um acréscimo de aproximadamente 150% em relação ao preço da Z9 híbrida chinesa, mesmo considerando as taxas de importação que incidem sobre modelos estrangeiros.

O motivo principal para essa diferença está na alta carga tributária que incide sobre veículos no Brasil, especialmente aqueles com tecnologias híbridas ou elétricas, que ainda não contam com incentivos fiscais claros e consistentes.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Incentivos e desafios para veículos verdes no Brasil

Enquanto países como China e Estados Unidos ampliam incentivos para carros híbridos e elétricos, o Brasil caminha lentamente nesse sentido.

A ausência de políticas públicas robustas e a complexidade tributária tornam o preço final desses veículos pouco competitivo para o consumidor brasileiro.

Além disso, o custo da infraestrutura para recarga e manutenção de baterias ainda é um desafio, dificultando a popularização desses modelos por aqui.

Picapes elétricas e híbridas: futuro e desafios globais

O lançamento da Z9 híbrida da Nissan na China destaca a corrida global por veículos mais eficientes e tecnológicos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a oferta de picapes elétricas está crescendo, mas versões básicas são vendidas com equipamentos mínimos, às vezes até sem vidro elétrico e com pintura limitada, para manter o preço competitivo.

No Brasil, entretanto, essa realidade ainda está distante, principalmente pela falta de incentivos e pelas dificuldades para produção local de veículos eletrificados.

Qual o futuro da Nissan Frontier no Brasil?

A Nissan Frontier fabricada no Brasil ainda não tem previsão de receber uma versão híbrida plug-in, o que poderia aproximar seu preço e tecnologia do que é visto na China.

Por enquanto, o que se vê é um mercado dividido entre a oferta limitada de picapes tradicionais a combustão e a pressão crescente por modelos mais sustentáveis e tecnológicos.

Essa discrepância entre o preço praticado na China e o Brasil evidencia um dilema para consumidores e fabricantes: como oferecer tecnologia avançada e ível em um país que enfrenta altos impostos e pouca infraestrutura para veículos verdes?

Impacto para o consumidor brasileiro

A disparidade de preços e tecnologias evidencia uma questão que afeta diretamente o bolso do brasileiro e a escolha consciente por um veículo que una potência, economia e respeito ao meio ambiente.

Com o avanço da legislação ambiental e a possível expansão dos incentivos para carros híbridos, muitos consumidores esperam que o mercado nacional se adeque para oferecer picapes mais modernas e íveis.

Até lá, modelos como a Z9 híbrida da Nissan na China servem como um exemplo claro do que o Brasil poderia ter, se as condições fossem mais favoráveis.

Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.
Nissan Frontier híbrida custa R$ 123 mil na China, mas no Brasil o preço dispara 150%, mostrando uma grande diferença no mercado automotivo.

Um olhar para o futuro do mercado automotivo brasileiro

A Nissan e outras montadoras globais seguem investindo em tecnologia híbrida e elétrica, pressionando governos e mercado a adaptarem suas políticas.

No entanto, a adoção em massa depende de fatores como incentivos fiscais, infraestrutura de recarga e conscientização dos consumidores.

Enquanto isso não acontece, o brasileiro paga caro por picapes tradicionais, com pouca oferta de versões eletrificadas e tecnologias de ponta.

Você acredita que o Brasil conseguirá acompanhar a evolução tecnológica das picapes híbridas e elétricas sem mudanças profundas nas políticas públicas? Deixe sua opinião nos comentários!

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Luiz Mariano
Luiz Mariano
05/06/2025 08:39

Brasileiro não se importa de pagar muito caro, desde que entre na fila de reserva. É chic!!!! Kkkkkkkkk. Esse povo merece os impostos no lombo.

Edson De Souza Lima
Edson De Souza Lima
Em resposta a  Luiz Mariano
06/06/2025 13:24

Falou tudo !

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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