No dia 12 de fevereiro de 2025, o reator de fusão nuclear localizado no sul da França, chamado WEST (Tungsten Environment in Steady-State Tokamak), alcançou um recorde mundial ao manter um plasma por 1.337 segundos. Esse tempo, no qual o “Sol artificial” da França permaneceu ativo, é 25% superior ao recorde anterior, alcançado pelo EAST (Experimental Advanced Superconducting Tokamak), localizado na China. Esse avanço é crucial para o futuro da energia limpa e sustentável.
A importância do recorde do “Sol artificial” da França
Esse avanço é um marco significativo no desenvolvimento de reatores de fusão nuclear, como o Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER), que tem como objetivo manter plasmas por minutos ou até horas. Manter o plasma estável dentro do reator de fusão nuclear é um dos maiores desafios, pois sua instabilidade pode causar danos aos componentes da máquina ou interromper o processo.
A equipe da Comissão de Energia Atômica da França (CEA) trabalha para estender ainda mais essa duração, buscando atingir horas de funcionamento contínuo e aumentar a temperatura do plasma para se aproximar das condições ideais para a fusão nuclear. Esse progresso representa um o significativo rumo à geração de energia limpa e segura.
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Como funciona o reator de fusão nuclear da França?
O sucesso deste reator de fusão nuclear é resultado de décadas de pesquisa sobre o uso de tokamaks, dispositivos que permitem estudar e controlar plasmas. Essa tecnologia inclui bobinas supercondutoras e sistemas de resfriamento ativo, essenciais para manter o “Sol artificial” da França operando por longos períodos.
O WEST faz parte de um esforço global que envolve outros projetos importantes, como:
- t European Torus (JET), no Reino Unido;
- JT-60SA, no Japão;
- EAST, na China;
- KSTAR, na Coreia do Sul;
- ITER, que será o maior reator de fusão nuclear do mundo.
O WEST é mais do que uma evolução do Tore Supra, um reator com mais de 25 anos de existência. Ele foi reprojetado para servir como banco de testes e ajudar a reduzir os riscos do ITER.
O futuro da fusão nuclear e o papel da França
Em comunicado, a diretora de pesquisa fundamental da CEA, Anne-Isabelle Etienvre, destacou que o WEST atingiu um marco histórico, mantendo o plasma por mais de 20 minutos, com 2 megawatts (MW) de energia de aquecimento. Os experimentos continuarão para aumentar ainda mais a potência e a eficiência, preparando a comunidade científica para a chegada do ITER.
Por que cientistas querem criar um “Sol artificial”?
A fusão nuclear busca replicar o processo que ocorre no núcleo do Sol, onde átomos de hidrogênio se fundem, liberando uma quantidade imensa de energia limpa e segura. Essa tecnologia é vista como uma alternativa sustentável à fissão nuclear, pois não gera resíduos radioativos de longa duração e utiliza combustível abundante na Terra.
O JET, um dos maiores tokamaks do mundo, já demonstrou que é possível gerar 15 MW de energia limpa por alguns segundos. Com o ITER, a França está se posicionando para liderar a produção de energia por fusão nuclear. Apesar dos desafios técnicos e econômicos, esse avanço representa um o crucial para transformar a fusão nuclear em uma fonte viável de energia limpa em larga escala.
Dada coisa para pesquisa .como a cura xe várias doenças..
Será um grande o para inclusive uma fonte de energia limpa para aplicar no futuro nave ou foguetes na exploração de outros planetas outros mundos !
França uma potência……