Embora muitos não percebam, o problema nos câmbios automáticos da Jeep e Fiat é mais comum do que se imagina. Descubra os detalhes dessa falha crítica que pode afetar sua próxima visita à oficina.
Modelos da Jeep e da Fiat com motor T270 vêm apresentando falhas recorrentes relacionadas ao trocador de calor da transmissão, levantando um alerta em oficinas e entre os motoristas.
De acordo com o site O Mecânico, veículos como o Jeep Renegade, Com e a picape Fiat Toro, todos equipados com o motor T270 turbo flex, têm gerado preocupação por conta de um problema recorrente envolvendo o trocador de calor da transmissão automática.
De acordo com relatos de mecânicos e profissionais do setor, a falha consiste na mistura entre o líquido de arrefecimento e o óleo de câmbio, o que pode causar sérios danos à caixa de transmissão e, consequentemente, altos custos de reparo.
-
Correia Dentada: O Erro fatal que pode destruir o motor do seu carro! Descubra os sinais de alerta e evite um prejuízo absurdo
-
Carros elétricos podem carregar até seis vezes mais rápido em frio extremo com nova bateria
-
A moto de trabalho ultra econômica que promete fazer até 45 km/l custando pouco
-
Esqueça os semicondutores: este novo componente vital pode travar a produção automobilística a nível global já em julho, alertam montadoras como GM, Mercedes e BMW
Apesar de o componente ser essencial para o resfriamento do sistema de transmissão, ele tem se tornado um “vilão” frequente em oficinas mecânicas de todo o Brasil.
A principal queixa é a contaminação cruzada entre os dois fluidos, algo que compromete diretamente o funcionamento do veículo e que, se não for tratado a tempo, pode levar à troca completa do câmbio.
SUVs e picapes populares com histórico mecânico controverso
A popularização dos SUVs no Brasil fez com que modelos como Jeep Renegade e Com se tornassem presenças constantes nas ruas e também nas oficinas.
Lançado em 2015, o Renegade ultraou 500 mil unidades vendidas e, ao longo dos anos, ou por diversas atualizações, inclusive mecânicas.
Atualmente, ele utiliza o motor 1.3 T270 turbo flex, com 176 cv e 27,5 kgfm de torque.
O Com, por sua vez, chegou ao mercado brasileiro em 2016 e também foi equipado com o motor T270 em versões mais recentes.
Entre suas motorizações anteriores, destacam-se o 2.0 Tigershark flex e o 2.0 Multijet turbodiesel.
Segundo dados da Stellantis, o Com acumulava 481.767 unidades vendidas até fevereiro de 2025.
Outro destaque é a Fiat Toro, que também compartilha a motorização T270 com os SUVs da Jeep.
A picape superou a marca de 500 mil unidades no país e recebeu diversas atualizações ao longo do tempo, incluindo um novo motor 2.2 Multijet turbodiesel derivado da Ram Rampage.
Por que o trocador de calor é tão problemático?
O trocador de calor atua no resfriamento do óleo da transmissão automática, mantendo sua temperatura estável e dentro da faixa de operação ideal — geralmente entre 86°C e 96°C, com limite de até 107°C.
O sistema funciona por meio de uma troca térmica entre o líquido de arrefecimento do motor e o óleo do câmbio.
No entanto, quando o sistema apresenta falhas, ocorre a mistura entre esses dois líquidos, o que compromete o desempenho tanto da transmissão quanto do motor.
Segundo relatos de profissionais da área, a situação pode se tornar grave principalmente quando o líquido de arrefecimento invade o câmbio, exigindo reparos complexos e caros.
Diagnósticos de campo apontam causas recorrentes
A Revista O Mecânico conversou com quatro profissionais que identificaram, em diversas ocasiões, que o problema se originava no trocador de calor.
Um dos entrevistados, o mecânico Carlos Eduardo Vieira — conhecido como “China” — destaca que a falha, muitas vezes, não está no componente em si, mas na qualidade dos fluidos utilizados.
“O grande vilão é a qualidade da composição do fluido de arrefecimento. Quando o cliente não utiliza a mistura correta de aditivo e água desmineralizada, o sistema começa a falhar”, explica China.
A substituição do trocador de calor como forma preventiva também virou tendência.
De acordo com Ícaro Simões, proprietário da Casalub Com. Lubrificantes, muitos clientes têm buscado oficinas para trocar o componente mesmo sem apresentar falhas, temendo que o problema apareça futuramente.
“Recebemos uma Fiat Toro 2024 e fizemos a troca do sistema original por um trocador com mais vias, de 6 ou 8, o que tende a oferecer maior segurança e durabilidade”, relata Ícaro.
A procura por esse tipo de serviço ocorre mesmo em veículos com quilometragem baixa, como 30 mil km, demonstrando a insegurança dos proprietários.
Um problema que exige atenção técnica e cuidados preventivos
Mecânicos alertam que a substituição do trocador de calor não é a única medida preventiva eficaz.
Manter a manutenção em dia, utilizar fluidos de qualidade e seguir rigorosamente as recomendações do fabricante são atitudes essenciais para preservar a integridade do sistema.
Outra recomendação importante é verificar periodicamente o estado do líquido de arrefecimento e o óleo do câmbio, observando qualquer sinal de contaminação.
Vazamentos, alterações na coloração dos fluidos ou mau funcionamento do câmbio são indícios de que algo pode estar errado.
Como evitar prejuízos maiores?
Especialistas apontam que o ideal é agir antes que o problema cause danos à transmissão.
Isso inclui realizar a manutenção preventiva com uso de fluidos adequados e evitar aditivos genéricos ou água da torneira no radiador.
Além disso, o diagnóstico precoce feito por um profissional capacitado pode impedir que o dono do veículo tenha que arcar com reparos que podem ultraar R$ 15 mil, dependendo do modelo.
Para veículos com o motor T270 turbo flex — como os mencionados da Jeep e da Fiat — a atenção ao sistema de arrefecimento e trocador de calor deve ser redobrada, especialmente em modelos com mais de 60 mil km rodados.
Montadora não se manifesta oficialmente sobre o tema
Até o momento, a Stellantis, grupo responsável pelas marcas Jeep e Fiat, não divulgou nenhum posicionamento oficial sobre os problemas relacionados aos trocadores de calor em seus veículos.
Embora não haja recall anunciado, a reincidência de casos nas oficinas tem levantado questionamentos sobre a durabilidade do projeto e a comunicação com os consumidores.
Enquanto isso, proprietários seguem buscando alternativas para aumentar a confiabilidade do sistema e evitar dores de cabeça com falhas inesperadas.
Você já teve algum problema com o câmbio automático do seu SUV ou picape? Acha que deveria haver um recall oficial para esses modelos? Compartilhe sua experiência nos comentários!
O carro é sensacional, mais tem esse defeito crônico, tirei uma com zera e tive meu cambio moído, onde foi feita na ocasião a troca total da transmissão, o maior erro da Stellantis são os engenheiros não reconhecer o erro do trocador de calor.
Sim. A montadora das marcas citadas tem q agilizar um recall para resolver a questão!
Pelo amor de Deus quem fez essa matéria absurda, as falhas com trocador de calor foram até o ano 2020 com motores aspirados 1.8 e 2.0 flex os turbos nao tem essa falha vao se informar ****!