Projeto BlueShore avalia como manguezais brasileiros capturam carbono, promovendo estratégias globais de preservação e saúde do solo.
Os manguezais brasileiros têm emergido como super heróis ambientais ao capturar surpreendentemente grandes quantidades de carbono, desempenhando um papel crucial na batalha contra as mudanças climáticas. Esses ecossistemas têm a incrível capacidade de sequestrar de três a cinco vezes mais carbono por hectare em comparação com a floresta amazônica. Projetos como o BlueShore, conduzidos pelo RCGI desde 2021, estão explorando seu potencial, estabelecendo estratégias globais para a preservação desses habitats. Além de armazenar carbono, os manguezais também promovem a biodiversidade, protegendo costas e contribuindo para a saúde do solo.
Em paralelo, o setor de mineração tem buscado se alinhar às práticas sustentáveis. Desde 2025, a indústria extrativa tem dado os em direção à automação e à transição energética, comprometendo-se a reduzir impactos ambientais. Iniciativas sustentáveis nesse setor não são apenas necessárias, mas agora são o foco primário para um crescimento consciente. O objetivo é criar um equilíbrio harmonioso entre mineração e a conservação dos manguezais, integrando práticas que minimizem danos e maximizem benefícios ambientais. Interessantemente, alguns projetos promovem a ideia de que a mineração pode coexistir, e até mesmo prosperar, junto aos esforços de conservação dos manguezais.
Como a Indústria e a Natureza Estão Caminhando Juntas
Um exemplo notável é a colaboração entre ONGs ambientais e empresas de mineração, iniciada em 2023, que busca proteger os manguezais ao mesmo tempo em que otimiza a exploração mineral. Recentemente em setembro de 2023, especialistas em ecologia e mineração reuniram-se para discutir táticas inovadoras que poderiam remodelar o futuro de ambos os setores. Estão sendo desenvolvidas abordagens que incluam tecnologia de ponta para monitorar e gerenciar recursos de forma mais eficaz. Com essas novidades, busca-se não só proteger ecossistemas, mas também gerar empregos qualificados, como líderes de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa).
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Além do mais, as comunidades locais têm uma voz ativa nesse processo, com consultorias comunitárias sendo essenciais na orientação das práticas minerárias sustentáveis na proximidade dos manguezais. Desde 2022, as mineradoras têm investido em programas de capacitação para envolver diretamente esses grupos, garantindo que seus conhecimentos e tradições sejam respeitados. Impulsionar a economia local…
Fontes mencionadas: Projeto BlueShore do RCGI desde 2021 e Environmental Science Magazine entre 2022 e 2023.
O Poderoso Papel dos Manguezais
Os manguezais destacam-se como uma das áreas naturais mais eficazes na absorção de carbono, desempenhando uma função essencial na redução dos gases de efeito estufa e na atenuação das transformações climáticas. Para compreender melhor seu potencial de captura de carbono e sua significância para o meio ambiente, o projeto chamado BlueShore – Florestas de Carbono Azul para mitigação de mudanças climáticas offshore inicia um estudo abrangente através do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI – Research Centre for Greenhouse Gas Innovation). Este projeto se dedica a medir e analisar a capacidade dessas florestas ao longo da costa do Brasil, contribuindo para a formulação de estratégias globais de preservação e restauração. Com uma extensão de cerca de 1 milhão de hectares, o Brasil figura como o segundo país com a maior extensão de florestas de manguezais.
Variabilidade e Importância Ambiental
O BlueShore centra seus estudos nas condições variadas dessas formações ecossistêmicas ao longo do litoral extenso, que se estende desde o sul do Brasil até a região do Amapá, influenciadas diretamente pelas condições dos solos e suas variadas formas, as quais impactam profundamente a habilidade de retenção de carbono dos manguezais. ‘Um dos nossos principais intentos é estimar meticulosamente o potencial de captura de carbono e montar um banco de dados que preencha as lacunas informativas em várias regiões’, afirma Tiago Osório Ferreira, coordenador e professor do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP). De acordo com o professor Ferreira, florestas de manguezais podem sequestrar de três a cinco vezes mais carbono por hectare em relação à Floresta Amazônica.
Múltiplos Benefícios dos Manguezais
Além da sua capacidade de sequestro de carbono, os manguezais proporcionam diversos outros serviços ecossistêmicos, como a proteção das áreas costeiras contra processos de erosão e a provisão de habitats para várias espécies marinhas. Com um financiamento de R$ 8 milhões da PETRONAS Petróleo Brasil Ltda. (PPBL), o projeto busca também desvendar os impactos ambientais resultantes da alteração do uso da terra ao longo das últimas décadas, que variam de uma região a outra. Por exemplo, no norte do Brasil, a criação de pastagens para a pecuária modifica diretamente os manguezais, enquanto no Nordeste, o cultivo de camarão é o impacto mais marcante, e no Sudeste, a urbanização.
Desafios e Soluções
Compreender como essas mudanças afetam as reservas de carbono é vital para, futuramente, desenvolver estratégias de recuperação adaptadas a cada tipo de solo, maximizando a capacidade de sequestrar carbono. O BlueShore tem objetivos específicos como estudar os mecanismos de sequestro e estabilização de carbono nos solos, onde mais de 80% do carbono sequestrado pelos manguezais permanece armazenado. O projeto também pretende criar um índice de saúde do solo para categorizar regiões mais ou menos degradadas e investigar como a biodiversidade dos manguezais reage a concentrações crescentes de CO2, junto com as oportunidades para integrar esses ecossistemas no mercado de créditos de carbono, vinculado ao ecossistema robusto.
Esforços Colaborativos em Prol dos Manguezais
A equipe multidisciplinar que integra o BlueShore, composta por 11 professores e 11 pesquisadores de distintas instituições, como a ESALQ-USP, Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), entre outras, trabalha para alcançar esses objetivos. O projeto está no cerne do Programa Nature-Based Solutions (NBS), uma expressão em inglês para Soluções Baseadas na Natureza coordenado pelo RGCI/ESALQ, objetivando a diminuição dos gases de efeito estufa pela fixação aumentada de carbono no solo. Apesar da sua forte resiliência a condições adversas, os manguezais estão vulneráveis às ações humanas.
Considerações Finais e Impactos Econômicos
Tais ações, como a transformação de áreas de mangue em pastagens, afetam sua recuperação natural. ‘Os manguezais adaptam-se facilmente a uma diversidade de situações, mas não são invencíveis, sobretudo quando comparados a ecossistemas mais competitivos’, completa Costa. A preservação dos manguezais não é apenas crucial para a captura de carbono, mas também gera fontes de renda para inúmeras comunidades através da provisão de serviços ecossistêmicos, que traduzidos em valores monetários, superam os 90 mil dólares por hectare, anualmente. ‘Proteger os manguezais é essencial não só em termos ambientais, mas também pelo impacto econômico e social que eles representam para inúmeras famílias’, finaliza Ferreira.
Fonte: © Imprensa PETRONAS
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