Aeronave elétrica da Eve, subsidiária da Embraer, já acumula 2.800 pedidos e tem operação prevista para 2026
O futuro da mobilidade aérea urbana está cada vez mais próximo — e com protagonismo brasileiro. A Eve Air Mobility, empresa criada pela Embraer em 2020, apresentou nesta terça-feira (8) novos detalhes sobre seu eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, durante evento do Bradesco BBI, de acordo com o site Isto E.
A expectativa da companhia é iniciar as operações em 2026, com foco em transporte aéreo de curta distância, de baixo ruído e sem emissão local de poluentes.
Demanda aquecida e projeções financeiras da Embraer
Segundo executivos da Eve, o modelo já possui 2.800 unidades encomendadas por 28 clientes em 9 países, com potencial de gerar até US$ 14 bilhões em receita líquida.
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Um dos trajetos mais promissores, segundo a empresa, é o percurso Faria Lima–Aeroporto de Guarulhos, que poderia ser feito em apenas 13 minutos. No trânsito terrestre, esse mesmo trajeto pode levar mais de duas horas.
Características técnicas do eVTOL
- Alcance estimado de até 100 km
- Propulsão 100% elétrica
- Decolagem e pouso automáticos
- Operação com baixo ruído
- Zero emissão local de carbono
O vice-presidente sênior da Eve, Luís Carlos Affonso, destacou que o principal desafio atual é o desenvolvimento da linha de produção, com exigências diferentes da aviação tradicional, especialmente nos componentes como baterias, motores e hélices.
A Eve planeja operar em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Miami, Londres e Bangalore. Entre os parceiros já confirmados estão:
- United Airlines
- BAE Systems
- Helisul
- Blade
- Avantto
No Rio de Janeiro, por exemplo, a estimativa é de até 245 aeronaves em operação, com mais de 100 rotas e 4,5 milhões de ageiros por ano, o que pode gerar US$ 220 milhões em receita anual.
Projeções e certificações para o eVTOL da Embraer
A Eve foi listada na Bolsa de Nova York em 2022 e é considerada uma das maiores apostas da Embraer para o futuro. O custo estimado de cada eVTOL varia entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.
A operação depende ainda das certificações das agências reguladoras, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a FAA (istração Federal de Aviação dos EUA), previstas até 2026.