Antes de conquistar os céus, Santos Dumont já explorava as ruas com um carro pioneiro que mudaria a história do transporte no Brasil
Em meio às comemorações pelos 150 anos do nascimento de Alberto Santos Dumont, uma curiosidade pouco conhecida voltou a ganhar destaque. Além de ser o pai da aviação, o inventor brasileiro também era apaixonado por carros. E foi justamente sua família que trouxe o primeiro automóvel a circular no Brasil.
O primeiro carro no país
O ano era 1891. A família Santos Dumont importou um Peugeot Type 3, modelo francês movido a gasolina. O carro, com quatro lugares e motor Daimler de 2 cavalos de potência, era uma inovação absoluta em terras brasileiras. Enquanto o país ainda usava carroças, o veículo chamava a atenção por onde ava.
Santos Dumont não era somente um usuário. Ele se interessava pela estrutura e funcionamento do automóvel. Estudava suas peças, desmontava o motor, observava tudo com atenção.
-
Nem Apple, nem Samsung, nem Xiaomi: o celular mais vendido do mundo continua sendo o Nokia 1100, com 250 milhões de unidades vendidas
-
Apesar de receber um bom salário, mulher de 53 anos pediu demissão porque seus chefes recusaram trabalho remoto
-
O trabalho ‘chato’ que se tornou o favorito da Geração Z e paga surpreendentemente bem
-
Na China, edifícios históricos andam pelas ruas: conheça a incrível operação de engenharia que moveu um bloco de 7.500 toneladas em Xangai
Esse conhecimento foi essencial no desenvolvimento de seus projetos de dirigíveis e aviões. Para Dumont, entender as máquinas era parte do processo criativo.
A disputa pela primeira placa
Apesar de ter sido o primeiro carro a rodar no Brasil, o Peugeot da família Dumont não foi o primeiro a receber uma placa oficial. Essa marca pertence ao industrial Francisco Matarazzo. Em 1903, São Paulo começou a exigir o emplacamento dos veículos. Matarazzo foi o primeiro a registrar o seu.
Imposto e protesto
Pouco antes disso, no final do ano de 1900, a prefeitura da capital paulista criou um imposto semelhante ao IPVA. Henrique, irmão de Santos Dumont, decidiu protestar. Ele enviou uma petição pedindo a isenção da cobrança.
Na carta, Henrique argumentava que as ruas da cidade estavam em péssimas condições. O calçamento danificava os pneus dos carros e obrigava reparos constantes. Por isso, considerava injusta a cobrança do tributo.
O Peugeot Type 3 na história
O Peugeot Type 3 teve produção limitada. Fabricado entre 1891 e 1894, apenas 64 unidades foram construídas. Foi o primeiro carro da marca entregue a um cliente particular, em 2 de outubro de 1891. O modelo apresentava motor V2 com 565 cm³, potência de 2 cavalos e quatro marchas.
Na tentativa de promover o novo veículo, Armand Peugeot decidiu exibir o carro durante a prova ciclística Paris-Brest-Paris. O automóvel percorreu mais de 2.000 km, a uma média de 14,7 km/h, atraindo a atenção do público. Pouco depois, o modelo faria história também no Brasil.
Uma curiosa repetição
Mais de cem anos depois, parte das reclamações se mantém. Atualmente, ainda se critica o IPVA e os problemas das ruas brasileiras. As máquinas evoluíram, mas alguns obstáculos continuam os mesmos.
O carro de Santos Dumont virou peça de museu. Mas sua história mostra como o inventor brasileiro esteve sempre à frente do seu tempo — até mesmo sobre quatro rodas.
Com informações de AutoPapo.
Século 19 já tinha carros elétricos que tinham autonomia de 100 kms e velocidade de 90 kms por HR mas diziam que era carro de mulher eram limpos,se tivessem continuado hoje seriam super adiantados e o clima estaria normal equilibrado em ppm parte por milhão em CO2.
Se hoje ainda temos problema com a bateria imagine naquela época! Não seja ingênuo.
Se tivesse continuado haveria muito mais evolução, será tão difícil entender o joao prado disse?
Faltou dizer onde o veículo se encontra hoje.