Relações empresariais, programas estatais e rumores de sucessão envolvem as filhas de Vladimir Putin na complexa política russa
A vida pessoal de Vladimir Putin sempre foi cercada de sigilo absoluto. Porém, as movimentações de suas filhas — Katerina, Maria e Elizaveta — chamam a atenção dentro e fora da Rússia.
Envolvidas em negócios estratégicos, projetos financiados pelo Estado e agora até em ambientes culturais no Ocidente, as três mulheres surgem como peças relevantes em um delicado jogo geopolítico.
A família de Putin
A família de Vladimir Putin sempre foi mantida distante dos holofotes oficiais. No entanto, as informações que surgem sobre suas filhas formam uma rede complexa de negócios, influência política e especulações sobre o futuro da liderança russa.
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Cada uma delas ocupa, de maneiras distintas, posições que geram atenção de governos, investidores e analistas internacionais.
Maria Vorontsova
Maria Vorontsova, nascida em 1985, atua como especialista em doenças genéticas raras e lidera projetos médicos diretamente apoiados pelo governo russo.
Os programas que comanda envolvem investimentos bilionários, supervisionados pelo próprio Kremlin, com foco em pesquisas genéticas sensíveis.
O casamento anterior com o empresário holandês Jorrit Faassen a colocou, por anos, em posição delicada nas relações diplomáticas da Rússia com a Europa. Desde 2014, após o agravamento da crise ucraniana, Maria voltou a residir em Moscou.
Katerina Tikhonova
Katerina Tikhonova, nascida em 1986, construiu sua trajetória tanto no campo acadêmico quanto no setor tecnológico russo.
Hoje, ocupa cargos estratégicos ligados a projetos de inteligência artificial e iniciativas que dialogam com o setor de defesa do país.
Seu casamento com Kirill Shamalov, herdeiro de um dos maiores bancos ligados à elite política russa, ampliou seu alcance econômico por anos, com participações acionárias bilionárias em empresas como a Sibur Holding.
Após o divórcio em 2018, o patrimônio de Shamalov foi reduzido, mas o nome de Katerina continua presente nas análises sobre o futuro político de Moscou.
Elizaveta Krivonogikh
Já Elizaveta Krivonogikh, de 22 anos, surge em um cenário diferente. Embora nunca tenha sido oficialmente reconhecida como filha de Putin, sua história envolve uma série de elementos que alimentam especulações há anos.
Com mudanças de identidade — agora usando o nome Elizaveta Rudnova —, ela atua como gerente em galerias de arte em Paris.
A presença de Elizaveta nesses ambientes culturais, muitos com posicionamentos críticos à guerra na Ucrânia, gerou indignação entre dissidentes russos e ucranianos exilados na Europa. Ao mesmo tempo, defensores apontam que sua origem não deveria ser usada como motivo de exclusão no meio artístico.
O sigilo absoluto de Putin alimenta as especulações. Oficialmente, o presidente russo reconhece apenas Maria e Katerina como filhas.
Informações sobre Elizaveta e possíveis filhos com a ex-ginasta Alina Kabaeva permanecem sem confirmação pública, apesar de serem frequentemente discutidas em publicações internacionais e sanções ocidentais.