Supermercados no Brasil estão sofrendo com a falta de mão de obra. 8 em 10 cargos essenciais não têm profissionais suficientes, afetando o funcionamento das lojas.
Os supermercados no Brasil estão enfrentando um grave problema de escassez de mão de obra, com dificuldades para preencher 8 das 10 principais ocupações, que representam quase 70% da força de trabalho nesses estabelecimentos.
Essa situação foi revelada por um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC), divulgado em 11 de março de 2025, a pedido do jornal Estadão.
O estudo aponta que diversos fatores têm contribuído para esse cenário desafiador, afetando diretamente o funcionamento dos supermercados e o atendimento ao público.
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A falta de trabalhadores não só impacta o setor varejista, mas também gera um efeito cascata que atinge os consumidores, fornecedores e toda a cadeia de abastecimento.
Com menos profissionais para desempenhar funções essenciais, supermercados têm registrado aumento no tempo de espera em filas, queda na qualidade do atendimento e até mesmo dificuldades na reposição de produtos.
Principais cargos afetados pela escassez
De acordo com a CNC, os cargos que mais sofrem com a falta de trabalhadores são:
- Operador de caixa
- Padeiro
- Açougueiro
- Embalador
- Repositor de mercadorias
- Atendente de loja
- Vendedor
- Auxiliar de serviços de alimentação
Essas funções são fundamentais para o dia a dia do setor, e a falta de profissionais tem levado os estabelecimentos a sobrecarregar os trabalhadores existentes e buscar soluções alternativas.
O que está causando a escassez de trabalhadores?
O estudo da CNC aponta dois fatores principais que explicam essa dificuldade:
Baixa taxa de desemprego
O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego entre a População Economicamente Ativa foi de 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025.
Isso significa que há menos pessoas buscando ativamente um emprego formal.
Preferência por trabalhos informais
Muitos jovens estão optando por trabalhos informais, como entregas de aplicativo e freelances, que oferecem mais flexibilidade de horário e, em alguns casos, rendimentos mais atrativos.
Além disso, há uma questão cultural em andamento: a nova geração busca mais autonomia, qualidade de vida e oportunidades de crescimento rápido, algo que muitas vezes o varejo tradicional não consegue oferecer de imediato.
Salários e participação no mercado
A pesquisa da CNC também analisou a remuneração inicial para cada uma dessas ocupações e a variação salarial ao longo do último ano. Veja os dados abaixo:
Ocupação | Salário inicial (dez. 2024 – R$) | Variação salarial (dez. 2023 – dez. 2024 – %) | Participação no total de empregos (%) |
---|---|---|---|
Operador de caixa | 1.683,43 | 6,85% | 17,57% |
Repositor de mercadorias | 1.660,64 | 6,61% | 15,03% |
Atendente de loja | 1.683,31 | 6,89% | 10,29% |
Vendedor | 1.842,96 | 13,69% | 6,87% |
Açougueiro | 1.899,53 | 7,17% | 6,82% |
Auxiliar de serviços de alimentação | 1.709,48 | 6,71% | 2,68% |
Embalador | 1.435,27 | 8,34% | 2,66% |
Padeiro | 1.988,21 | 7,55% | 2,35% |
Atendente de lanchonete | 1.651,00 | 4,55% | 2,38% |
Faxineiro | 1.620,97 | 4,33% | 2,28% |
Como os supermercados estão lidando com a falta de trabalhadores?
Para mitigar essa escassez, os supermercados têm adotado algumas estratégias, como:
Automatização e autoatendimento
Muitas redes estão investindo em self-checkouts e caixas eletrônicos para reduzir a dependência de operadores de caixa.
Parcerias com instituições de ensino
Algumas redes estão firmando acordos com escolas técnicas para capacitar jovens em funções como padeiro e açougueiro.
Benefícios e incentivos
Supermercados começaram a oferecer planos de carreira, treinamentos internos e vantagens como vale-alimentação mais robusto para atrair candidatos.
O impacto da falta de trabalhadores no consumidor
Com a escassez de mão de obra, os supermercados podem enfrentar aumento nos preços, filas mais longas e redução na qualidade do atendimento.
Além disso, a sobrecarga de trabalho para os profissionais que permanecem empregados pode impactar diretamente na eficiência e no bem-estar desses colaboradores.
Para os consumidores, isso significa um serviço potencialmente mais lento e possivelmente um aumento nos preços de produtos, já que as empresas precisarão oferecer salários mais competitivos para atrair trabalhadores.
O futuro do mercado de trabalho nos supermercados
A tendência é que a busca por profissionais continue sendo um desafio para os supermercados nos próximos anos.
Conforme o mercado de trabalho evolui, novas estratégias precisarão ser implementadas para tornar essas carreiras mais atrativas e garantir que a demanda por mão de obra seja atendida.
Olha esses salários ridículos. E aposto que é uma escala 6×1!
Tem que boicotar mesmo.
Claro salários assim que a pessoa não consegue nem arcar com as despesas básicas , tá todo mundo fugindo.