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Energia eólica enfrenta expansão acelerada, mas instabilidade política pode comprometer metas globais

Publicado em 25/04/2025 às 13:19
Brasil se destaca entre os cinco maiores em capacidade instalada de energia eólica, segundo o GWEC. No entanto, metas de expansão até 2030 são ameaçadas por barreiras econômicas e instabilidade política.
Brasil se destaca entre os cinco maiores em capacidade instalada de energia eólica, segundo o GWEC. No entanto, metas de expansão até 2030 são ameaçadas por barreiras econômicas e instabilidade política. Imagem: Canva.

Brasil se destaca entre os cinco maiores em capacidade instalada de energia eólica, segundo o GWEC. No entanto, metas de expansão até 2030 são ameaçadas por barreiras econômicas e instabilidade política.

O setor global de energia eólica projeta um crescimento médio anual de 8,8% até 2030, segundo o Relatório Global de Energia Eólica 2025, divulgado pelo Global Wind Energy Council (GWEC). A expectativa é de que a capacidade instalada aumente em 981 gigawatts (GW) ao longo da década.

Apesar do cenário promissor para a transição energética, o estudo alerta para riscos significativos: a instabilidade política, somada a barreiras regulatórias e econômicas, ameaça o cumprimento da meta internacional de triplicar a geração de energia renovável até o final da década.

Crescimento global da energia eólica é impulsionado por grandes economias

No ano de 2024, a energia eólica registrou 117 GW de nova capacidade instalada, sendo 109 GW provenientes de usinas onshore (em terra) e 8 GW de projetos offshore (em alto-mar). O volume representa uma leve elevação em relação aos 116 GW adicionados em 2023.

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Com isso, a capacidade total acumulada mundial chegou a 1.136 GW, refletindo o avanço da eletrificação como uma das principais estratégias de descarbonização no planeta.

No entanto, o crescimento é desigual. A China liderou a expansão com 79.824 MW, seguida pelos Estados Unidos (4.058 MW), Alemanha (4.022 MW), Índia (3.420 MW) e Brasil (3.278 MW), que superou a Espanha no ranking global.

A Ásia-Pacífico teve um crescimento de 7%, enquanto África e Oriente Médio surpreenderam com um salto de 107%, impulsionados principalmente pelos 794 MW instalados no Egito e 390 MW na Arábia Saudita.

Instabilidade política compromete segurança jurídica e investimentos

Apesar do avanço da energia eólica, o GWEC alerta que o ambiente político atual pode frear os investimentos necessários para sustentar esse ritmo. Ben Backwell, CEO do GWEC, destacou os desafios enfrentados pelo setor.

“Vivemos um cenário político mais instável, com ataques ideológicos à energia eólica e paralisações de projetos em andamento. Isso compromete a segurança dos investimentos”, afirmou.

A guerra tarifária iniciada durante a gestão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também permanece como um obstáculo relevante, elevando os custos e pressionando a cadeia de suprimentos.

“A incitação agressiva de guerras tarifárias aumenta ainda mais a incerteza nas decisões de investimento. Os custos totais decorrentes dessas tarifas, tanto gerais quanto sobre commodities como o aço, ainda não foram totalmente mensurados”, completou Backwell.

Ações urgentes para garantir um futuro energético sustentável

Para que a meta global de triplicar a capacidade de geração renovável seja alcançada até 2030, o GWEC defende uma atuação mais firme dos governos.

Entre as recomendações, estão a criação de estruturas de mercado estáveis e previsíveis, além da melhoria nos mecanismos de licenciamento ambiental, de transmissão de energia e de leilões de projetos.

“Os formuladores de políticas não podem desviar os olhos do prêmio”, alertou Backwell, destacando a importância do livre comércio e da cooperação internacional para manter a atratividade do setor eólico.

Brasil se consolida como destaque em energia eólica

Com 3.278 MW de nova capacidade adicionada em 2024, o Brasil se consolida como líder na América Latina e figura entre os cinco países que mais expandiram sua base eólica no último ano.

A posição reforça o potencial do país como protagonista na transição energética, embora o avanço dependa, também, da estabilidade política e da segurança regulatória.

A energia eólica segue em trajetória ascendente, sendo peça-chave para o combate às mudanças climáticas. No entanto, a instabilidade política e os conflitos comerciais globais continuam sendo grandes obstáculos para a concretização das metas.

O futuro do setor dependerá da capacidade dos líderes globais de criar um ambiente propício para investimentos de longo prazo — e, sobretudo, de proteger o setor de interferências ideológicas e econômicas que comprometam sua expansão sustentável.

Com informações do MegaWhat

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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