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Empresa chinesa lança medicamento inovador que desafiou líder do setor farmacêutico global

Publicado em 28/02/2025 às 08:45
Medicamento
Foto: REPRODUÇÃO

Empresa chinesa surpreende ao criar um medicamento mais eficaz que o líder global de vendas, desafiando gigantes da indústria farmacêutica e impulsionando avanços médicos

A inovação chinesa está conquistando espaço na indústria global de biotecnologia. A recente criação de um novo medicamento contra o câncer de pulmão pela empresa Akeso abalou o setor e gerou uma onda de interesse internacional.

O remédio, chamado Ivonescimab, superou um dos principais tratamentos do mercado em testes realizados na China.

O medicamento que superou o keytruda

O Ivonescimab apresentou um desempenho superior à Keytruda, da gigante americana Merck, em um teste clínico conduzido na China.

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Conforme os dados apresentados na Conferência Mundial sobre Câncer de Pulmão, os pacientes tratados com o novo medicamento aguardaram 11,1 meses até que seus tumores voltassem a crescer, enquanto os pacientes tratados com Keytruda tiveram um tempo menor, de 5,8 meses.

O impacto dessa descoberta foi imediato no mercado financeiro. A empresa americana Summit Therapeutics, que tem direitos de comercialização do Ivonescimab na América do Norte e Europa, viu suas ações mais que dobrarem em poucos dias após o anúncio.

Apesar da repercussão no setor, o desenvolvimento da Akeso só recebeu mais atenção pública recentemente, após os avanços tecnológicos do DeepSeek na China, que aumentaram a visibilidade da inovação chinesa no cenário global.

Michelle Xia, CEO da Akeso, afirmou que a biotecnologia chinesa está ganhando relevância internacional e que a empresa pretende aumentar sua participação no mercado global.

Em comunicado à imprensa, a empresa destacou que o sucesso do medicamento deve ser o conhecimento aprofundado em biologia de doenças e engenharia de proteínas, aliado à velocidade de desenvolvimento e à grande oferta de talentos na China.

A evolução da indústria farmacêutica chinesa

A China tem uma longa história de produção de medicamentos, mas por muito tempo sua indústria farmacêutica se concentrou na replicação de medicamentos ocidentais. Até a década de 1980, as empresas do setor eram majoritariamente estatais e focadas em medicamentos genéricos.

Nos últimos dez anos, no entanto, houve uma mudança significativa. As empresas chinesas começaram a desenvolver medicamentos inovadores, capazes de competir diretamente com os grandes laboratórios ocidentais. Esse avanço foi impulsionado por investimentos crescentes e por parcerias estratégicas com estrangeiros.

A AstraZeneca, por exemplo, assinou um contrato de US$ 1,92 bilhão com o CSPC Pharmaceutical Group para o desenvolvimento de medicamentos cardiovasculares. Já a Merck fechou um acordo de US$ 2 bilhões com a Hansoh Pharmaceutical para desenvolver um medicamento experimental para perda de peso.

A mudança de percepção sobre a indústria chinesa é cada vez mais evidente. Rebecca Liang, analista farmacêutica da AB Bernstein, destacou que, até pouco tempo atrás, poucos viam as empresas chinesas como concorrentes reais das grandes farmacêuticas americanas.

Mas isso está mudando. Com a criação de medicamentos inovadores, o setor biotecnológico da China começa a ser visto como uma ameaça real aos gigantes da indústria.

Crescimento rápido e novos investimentos

Relatórios recentes mostram o crescimento impressionante do setor. Um estudo do HSBC Qianhai Securities revelou que o número de acordos de licenciamento entre empresas chinesas e estrangeiras aumentou de 46 em 2017 para mais de 200 no último ano. O valor desses acordos saltou de US$ 4 bilhões para US$ 57 bilhões no mesmo período.

Dados da Mergermarket também indicam que o volume de transações farmacêuticas superiores a US$ 50 milhões envolvendo empresas chinesas cresceu 30% em 2024 em comparação ao ano anterior. Esse crescimento reflete o interesse crescente de investidores globais na indústria biotecnológica da China.

Especialistas apontam que esse avanço é resultado de vários fatores. O apoio governamental, o investimento estrangeiro e a disponibilidade de mão de obra altamente qualificada foram essenciais para o desenvolvimento da indústria.

Cui Cui, diretor de pesquisa em saúde da Jefferies, destacou que as capacidades de pesquisa das empresas chinesas estão melhorando rapidamente, o que pode levar a uma competição direta com as principais farmacêuticas globais no futuro.

O desafio da confiança no mercado chinês

Apesar do avanço da inovação, ainda há dúvidas sobre a qualidade dos medicamentos produzidos na China. Internamente, há um longo histórico de desconfiança da população em relação aos remédios genéricos, que são versões mais baratas de medicamentos patenteados.

No mês ado, essa desconfiança foi revelada em um intenso debate público sobre a qualidade dos genéricos chineses, levando o governo a conduzir uma investigação oficial.

Após a análise, as autoridades sanitárias concluíram que as preocupações eram infundadas, mas a polêmica expôs a dificuldade da indústria farmacêutica chinesa em conquistar a confiança dos consumidores.

Mesmo entre os próprios cidadãos, há resistência ao uso de medicamentos locais. Alguns moradores de Pequim afirmaram que preferem medicamentos importados por considerá-los mais confiáveis.

Um entrevistado pela CNN, Gu Zhihao, declarou que prefere pagar mais caro por um medicamento importado, pois acredita que a qualidade é superior.

Obstáculos nos mercados internacionais

Além da desconfiança interna, as empresas chinesas também enfrentam desafios para expandir sua presença nos mercados ocidentais. O FDA, órgão regulador dos Estados Unidos, já rejeitou medicamentos desenvolvidos na China no ado devido a falhas nos testes clínicos.

Especialistas afirmam que algumas dessas rejeições ocorreram porque os testes não foram nos prazos rigorosos exigidos pelos padrões americanos.

O Ivonescimab ainda precisa ar por novas fases de teste para ser aprovado nos EUA. Atualmente, um estudo global está em andamento e deve ser concluído no final deste ano. Caso os resultados confirmem a eficácia do medicamento, a Akeso poderá ganhar um espaço ainda maior no mercado internacional.

Com informações de Edition.cnn.

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welenilton
welenilton
04/03/2025 03:23

idhja

Romário Pereira de Carvalho

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