Embraer decreta o fim do home office, ignora sindicatos e revolta trabalhadores! A decisão afeta milhares de funcionários, que agora exigem negociação.
A Embraer comunicou, nesta semana, o fim do home office para os trabalhadores do istrativo e engenharia. A decisão unilateral revoltou os funcionários.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, por isso, a entidade convocou uma assembleia nesta quinta-feira (13) na portaria principal da unidade Faria Lima.
Desde o começo do ano, havia rumores de que a Embraer anunciaria o retorno ao trabalho 100% presencial.
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Em fevereiro, o Sindicato enviou um pedido de reunião, em caráter de urgência, para tratar do tema com a empresa. Mas a solicitação foi ignorada.
Em comunicado interno, a Embraer diz que a medida vale para todas as empresas do grupo.
No Brasil, o retorno deverá ocorrer em 4 de agosto.
Com a decisão arbitrária, a Embraer afirma que deixará de pagar a ajuda de custo referente ao home office.
Além disso, também suspenderá o vale-refeição para os trabalhadores de unidades que tenham refeitório em suas instalações. Cerca de 5 mil empregados serão atingidos em São José dos Campos e região.
A mudança tão brusca afeta o cotidiano de trabalhadoras e trabalhadores. Além disso, impacta diretamente a rotina de suas famílias.
Muitos já foram contratados em regime de home office ou híbrido. E vivem longe das plantas da Embraer.
“A Embraer desrespeita os trabalhadores e o Sindicato, ao comunicar o retorno ao presencial de maneira unilateral e intransigente.
Exigimos que, no mínimo, a empresa mantenha o modelo de trabalho híbrido e abra negociação com os sindicatos.
Por isso, convocamos todas as trabalhadoras e trabalhadores do turno istrativo para a assembleia desta quinta-feira”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros.
O istrativo e a engenharia da Embraer trabalham em home office desde 11 de março de 2020, quando foi decretada a pandemia de covid-19.
Trabalhadores da Embraer rejeitam fim do home office e exigem negociação
Trabalhadores do turno istrativo da Embraer rejeitaram o fim do home office, anunciado pela empresa.
Além disso, exigiram que haja negociação sobre o tema com os sindicatos que os representam.
A votação ocorreu em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
No evento desta quinta, funcionários do istrativo e engenharia reivindicaram, também, que qualquer mudança pleiteada pela Embraer seja feita apenas em 2026.
“O fim do home office representa muitos prejuízos para os trabalhadores e suas famílias. Diversas pessoas foram contratadas em regime de home office e vivem longe das plantas da Embraer”, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros.
Segundo ele, a empresa fez o anúncio de maneira arbitrária, sem negociação, e não ofereceu respaldo aos funcionários. “Por isso, nosso Sindicato organiza essa luta e convida os demais sindicatos para a mobilização”, afirma o diretor.
No dia 27, a Embraer divulgou os resultados de 2024. A empresa atingiu o maior faturamento de sua história: R$ 35,4 bilhões.
O valor representa uma alta de 36% na comparação com 2023 (R$ 26,1 bi). Foram entregues 206 aeronaves, 14% a mais que no ano anterior (181).
“Nos últimos anos, a Embraer tem acumulado lucros. O home office foi um dos responsáveis por esse resultado positivo da empresa. Por isso, nada justifica essa mudança abrupta”, completa Herbert.
O que diz a Embraer
Em nota enviada ao portal G, a Embraer afirma acreditar que a iniciativa de voltar ao modelo presencial contribui para “o fortalecimento do vínculo entre as equipes por meio de experiências compartilhadas, colaboração em projetos”.
“Considerando o momento de crescimento da empresa, a Embraer decidiu voltar mais dias por semana ao trabalho presencial, mantendo flexibilidade de um dia por semana de trabalho à distância. Para dar tempo aos colaboradores se adaptarem e também adequar a infraestrutura das unidades para maior fluxo de pessoas, a mudança ocorrerá apenas no início de agosto no Brasil”, afirmou a empresa.