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Elon Musk e Starlink ganham rivais no Brasil e agora concorrentes querem dominar internet via satélite no Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 25/02/2025 às 17:56
Concorrência acirrada: Starlink enfrenta desafios de SpaceSail e Project Kuiper no mercado brasileiro de internet via satélite.
Concorrência acirrada: Starlink enfrenta desafios de SpaceSail e Project Kuiper no mercado brasileiro de internet via satélite.

Nos últimos anos, a conectividade tornou-se essencial para o desenvolvimento econômico e social, especialmente em regiões remotas onde a infraestrutura tradicional de internet é limitada ou inexistente.

Nesse contexto, a oferta de internet via satélite surge como uma solução promissora, capaz de levar o de alta velocidade a locais antes inalcançáveis.

Recentemente, o mercado brasileiro tem testemunhado movimentos significativos de empresas globais interessadas em fornecer esse serviço, indicando uma transformação iminente no cenário da conectividade nacional.

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A concorrência no mercado brasileiro

A liderança da Starlink, empresa de Elon Musk, está sendo desafiada por novos entrantes no mercado brasileiro de internet via satélite.

A SpaceSail, companhia chinesa sediada em Xangai, e o Project Kuiper, iniciativa financiada por Jeff Bezos, fundador da Amazon, estão avançando com planos ambiciosos para oferecer alternativas competitivas no país.

Essas movimentações prometem redefinir a oferta de internet em áreas rurais e isoladas do Brasil.

A expansão da SpaceSail no Brasil

A SpaceSail firmou um acordo para ingressar no mercado brasileiro e, em um curto período, já iniciou operações no Cazaquistão.

A empresa planeja lançar 648 satélites de órbita baixa (LEO) ainda este ano, com a meta de alcançar 15.000 satélites até 2030.

Essa iniciativa visa competir diretamente com a constelação da Starlink, que atualmente conta com cerca de 7.000 satélites e planos de expansão para 42.000 até o final da década.

A entrada da SpaceSail no Brasil representa uma alternativa significativa para regiões que carecem de infraestrutura de internet de alta velocidade.

Project Kuiper e Telesat: novas perspectivas para o Brasil

Paralelamente, o governo brasileiro está em negociações com o Project Kuiper e a Telesat, empresa canadense, buscando soluções que possibilitem o o a uma internet de alta velocidade a preços mais íveis, especialmente em áreas remotas.

Essas parcerias potencialmente diversificam as opções de conectividade no país, reduzindo a dependência de um único fornecedor e promovendo a competitividade no setor.

A colaboração com múltiplas empresas pode acelerar a inclusão digital em regiões historicamente desatendidas.

A resposta chinesa à hegemonia da Starlink

Desde 2020, a Starlink tem liderado o lançamento de satélites em órbita baixa da Terra, superando todos os seus concorrentes combinados.

Essa estratégia ampliou a cobertura do serviço, alcançando regiões isoladas e áreas de conflito, como a Ucrânia.

No entanto, essa expansão também gerou preocupações entre governos e analistas, que veem a dominância da Starlink como um incentivo para investimentos em tecnologias concorrentes e pesquisas militares.

Em resposta, a China intensificou seus esforços, lançando um número recorde de 263 satélites LEO no último ano, com planos de lançar 43.000 nas próximas décadas.

A constelação Qianfan representa o primeiro avanço internacional da China na banda larga via satélite, sinalizando sua intenção de competir globalmente nesse setor.

Implicações geopolíticas e de segurança

A rápida expansão da Starlink e seu uso em cenários de conflito, como na Ucrânia, despertaram a atenção de pesquisadores militares chineses.

Como resultado, a China está investindo significativamente no desenvolvimento de redes de satélite concorrentes, aprimorando ferramentas para monitorar a constelação da Starlink e focando em sistemas de comunicação de baixa latência e custo reduzido.

Formuladores de políticas ocidentais expressam preocupação com a expansão chinesa, temendo que isso possa estender o regime de censura da internet de Pequim.

Pesquisadores do Conselho de Política Externa dos Estados Unidos sugerem que Washington aumente a cooperação com nações do Sul Global para contrabalançar a influência chinesa, enfatizando que a questão transcende a competitividade comercial e abrange aspectos de segurança nacional.

O mercado brasileiro em transformação

No Brasil, a Starlink rapidamente conquistou uma parcela significativa do mercado de internet via satélite.

Em dezembro de 2024, a empresa já detinha mais de 107 mil os, representando pouco mais de 26% das conexões de banda larga via satélite no país, posicionando-se como a segunda maior do segmento, atrás apenas da Hughes, que possui cerca de 190 mil os.

A chegada de novos concorrentes, como a SpaceSail e o Project Kuiper, promete intensificar a competição, potencialmente resultando em serviços mais íveis e de melhor qualidade para os consumidores brasileiros.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem facilitado o uso do espectro para satélites, incentivando empresas a investirem em modelos de negócios inovadores que atendam às necessidades de conectividade do país.

Desafios e perspectivas futuras

A entrada de múltiplos players no mercado brasileiro de internet via satélite apresenta tanto oportunidades quanto desafios.

A competição pode levar à redução de preços e à melhoria da qualidade do serviço, beneficiando especialmente comunidades em áreas remotas.

No entanto, a proliferação de satélites em órbita baixa também levanta questões sobre a sustentabilidade espacial e a gestão de detritos orbitais.

Empresas como a E-Space estão desenvolvendo satélites menores e mais resistentes, capazes de coletar detritos espaciais, contribuindo para a mitigação desse problema.

Além disso, a crescente dependência de infraestrutura espacial para comunicação e outros serviços críticos destaca a importância de políticas regulatórias robustas e cooperação internacional para garantir a segurança e a resiliência desses sistemas.

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Lucas Nakamura
Lucas Nakamura
26/02/2025 11:44

A reportagem mostra o quão longe os concorrentes estão, a starlink tem 10x mais satélites que o concorrente, reduzindo para 5x na próxima década, crescendo nesse mesmo ritmo, em 15 anos a tesla terá uma concorrente digna, ainda 2x inferior em relação a quantidade de satélites.

Antônio Roberto Feijó de sousa
Antônio Roberto Feijó de sousa
26/02/2025 15:06

Tomara que chegue logo estou muito ancioso

Ursula
Ursula
26/02/2025 20:13

Ha ha ha. As chinesas nem começaram a operar ainda e o numero de satelites que dizem possuir é rudículo perto da Starlink. Alem disso, é apenas internet das coisas. Para assuntos estratégicos, como militares por exemplo, as chinesas não cobrem.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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