A hegemonia da Starlink no Brasil está sob ameaça. Empresas como a chinesa SpaceSail e o Project Kuiper, de Jeff Bezos, avançam agressivamente no mercado de internet via satélite, buscando conquistar áreas remotas e oferecer alternativas competitivas.
Nos últimos anos, a conectividade tornou-se essencial para o desenvolvimento econômico e social, especialmente em regiões remotas onde a infraestrutura tradicional de internet é limitada ou inexistente.
Nesse contexto, a oferta de internet via satélite surge como uma solução promissora, capaz de levar o de alta velocidade a locais antes inalcançáveis.
Recentemente, o mercado brasileiro tem testemunhado movimentos significativos de empresas globais interessadas em fornecer esse serviço, indicando uma transformação iminente no cenário da conectividade nacional.
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A concorrência no mercado brasileiro
A liderança da Starlink, empresa de Elon Musk, está sendo desafiada por novos entrantes no mercado brasileiro de internet via satélite.
A SpaceSail, companhia chinesa sediada em Xangai, e o Project Kuiper, iniciativa financiada por Jeff Bezos, fundador da Amazon, estão avançando com planos ambiciosos para oferecer alternativas competitivas no país.
Essas movimentações prometem redefinir a oferta de internet em áreas rurais e isoladas do Brasil.
A expansão da SpaceSail no Brasil
A SpaceSail firmou um acordo para ingressar no mercado brasileiro e, em um curto período, já iniciou operações no Cazaquistão.
A empresa planeja lançar 648 satélites de órbita baixa (LEO) ainda este ano, com a meta de alcançar 15.000 satélites até 2030.
Essa iniciativa visa competir diretamente com a constelação da Starlink, que atualmente conta com cerca de 7.000 satélites e planos de expansão para 42.000 até o final da década.
A entrada da SpaceSail no Brasil representa uma alternativa significativa para regiões que carecem de infraestrutura de internet de alta velocidade.
Project Kuiper e Telesat: novas perspectivas para o Brasil
Paralelamente, o governo brasileiro está em negociações com o Project Kuiper e a Telesat, empresa canadense, buscando soluções que possibilitem o o a uma internet de alta velocidade a preços mais íveis, especialmente em áreas remotas.
Essas parcerias potencialmente diversificam as opções de conectividade no país, reduzindo a dependência de um único fornecedor e promovendo a competitividade no setor.
A colaboração com múltiplas empresas pode acelerar a inclusão digital em regiões historicamente desatendidas.
A resposta chinesa à hegemonia da Starlink
Desde 2020, a Starlink tem liderado o lançamento de satélites em órbita baixa da Terra, superando todos os seus concorrentes combinados.
Essa estratégia ampliou a cobertura do serviço, alcançando regiões isoladas e áreas de conflito, como a Ucrânia.
No entanto, essa expansão também gerou preocupações entre governos e analistas, que veem a dominância da Starlink como um incentivo para investimentos em tecnologias concorrentes e pesquisas militares.
Em resposta, a China intensificou seus esforços, lançando um número recorde de 263 satélites LEO no último ano, com planos de lançar 43.000 nas próximas décadas.
A constelação Qianfan representa o primeiro avanço internacional da China na banda larga via satélite, sinalizando sua intenção de competir globalmente nesse setor.
Implicações geopolíticas e de segurança
A rápida expansão da Starlink e seu uso em cenários de conflito, como na Ucrânia, despertaram a atenção de pesquisadores militares chineses.
Como resultado, a China está investindo significativamente no desenvolvimento de redes de satélite concorrentes, aprimorando ferramentas para monitorar a constelação da Starlink e focando em sistemas de comunicação de baixa latência e custo reduzido.
Formuladores de políticas ocidentais expressam preocupação com a expansão chinesa, temendo que isso possa estender o regime de censura da internet de Pequim.
Pesquisadores do Conselho de Política Externa dos Estados Unidos sugerem que Washington aumente a cooperação com nações do Sul Global para contrabalançar a influência chinesa, enfatizando que a questão transcende a competitividade comercial e abrange aspectos de segurança nacional.
O mercado brasileiro em transformação
No Brasil, a Starlink rapidamente conquistou uma parcela significativa do mercado de internet via satélite.
Em dezembro de 2024, a empresa já detinha mais de 107 mil os, representando pouco mais de 26% das conexões de banda larga via satélite no país, posicionando-se como a segunda maior do segmento, atrás apenas da Hughes, que possui cerca de 190 mil os.
A chegada de novos concorrentes, como a SpaceSail e o Project Kuiper, promete intensificar a competição, potencialmente resultando em serviços mais íveis e de melhor qualidade para os consumidores brasileiros.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem facilitado o uso do espectro para satélites, incentivando empresas a investirem em modelos de negócios inovadores que atendam às necessidades de conectividade do país.
Desafios e perspectivas futuras
A entrada de múltiplos players no mercado brasileiro de internet via satélite apresenta tanto oportunidades quanto desafios.
A competição pode levar à redução de preços e à melhoria da qualidade do serviço, beneficiando especialmente comunidades em áreas remotas.
No entanto, a proliferação de satélites em órbita baixa também levanta questões sobre a sustentabilidade espacial e a gestão de detritos orbitais.
Empresas como a E-Space estão desenvolvendo satélites menores e mais resistentes, capazes de coletar detritos espaciais, contribuindo para a mitigação desse problema.
Além disso, a crescente dependência de infraestrutura espacial para comunicação e outros serviços críticos destaca a importância de políticas regulatórias robustas e cooperação internacional para garantir a segurança e a resiliência desses sistemas.
A reportagem mostra o quão longe os concorrentes estão, a starlink tem 10x mais satélites que o concorrente, reduzindo para 5x na próxima década, crescendo nesse mesmo ritmo, em 15 anos a tesla terá uma concorrente digna, ainda 2x inferior em relação a quantidade de satélites.
Tomara que chegue logo estou muito ancioso
Ha ha ha. As chinesas nem começaram a operar ainda e o numero de satelites que dizem possuir é rudículo perto da Starlink. Alem disso, é apenas internet das coisas. Para assuntos estratégicos, como militares por exemplo, as chinesas não cobrem.