Decisão de Elon Musk repercute após críticas ao plano fiscal de Trump e ameaça de cancelamento de contratos com o governo dos EUA
A empresa aeroespacial SpaceX, comandada por Elon Musk, anunciou nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, o início da desativação da espaçonave Dragon. A cápsula é utilizada atualmente em missões tripuladas da NASA. A declaração foi feita por Musk em sua conta oficial na plataforma X.
A reação foi uma resposta direta à ameaça de Donald Trump de cancelar todos os contratos governamentais com empresas controladas pelo bilionário. Essa decisão marca mais um capítulo no embate entre o executivo da Tesla e o ex-presidente norte-americano.
As tensões começaram quando Musk criticou publicamente o projeto fiscal proposto por Trump. O plano tem sido defendido pelo republicano durante sua campanha à presidência.
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Dragon representa pilar estratégico para o transporte de astronautas norte-americanos
Desde 2008, a SpaceX acumula mais de US$ 20 bilhões em contratos com instituições federais dos Estados Unidos. Entre elas estão a NASA, a Força Aérea e outras agências governamentais.
Por isso, a cápsula Dragon tornou-se essencial para garantir a autonomia dos Estados Unidos no transporte de astronautas à Estação Espacial Internacional. Desde o fim do programa do ônibus espacial, em 2011, os EUA dependem da Dragon para essas missões.
Um exemplo recente foi o retorno dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, em março de 2025. Eles estavam presos na ISS após falhas em uma cápsula da Boeing. A Dragon garantiu a volta segura da dupla.
Portanto, a importância da cápsula não está apenas na inovação tecnológica. Ela é um pilar estratégico da política espacial norte-americana.
Decisão de Musk intensifica debate sobre política e contratos governamentais
As declarações de Musk foram motivadas pelas ameaças feitas por Trump em 3 de junho de 2025. O ex-presidente afirmou que, se reeleito, vai cancelar todos os contratos com empresas do empresário.
Logo após a fala de Trump, Musk respondeu pela plataforma X. Ele afirmou que a SpaceX iniciaria a desativação da cápsula Dragon de forma imediata. A resposta aumentou ainda mais o tom da disputa.
Analistas e especialistas reagiram com preocupação. A mídia especializada, como a Bloomberg e o Wall Street Journal, repercutiu o episódio. Técnicos do setor questionaram as possíveis consequências para o cronograma das próximas missões.
A medida pode, inclusive, causar impacto nas operações já programadas para os próximos meses. Afinal, contratos ainda vigentes obrigam entregas e e técnico.
Especialistas apontam risco para autonomia espacial dos Estados Unidos
Charles Bolden, ex-diretor da NASA, afirmou que a retirada da cápsula pode comprometer a independência tecnológica dos Estados Unidos. Hoje, a Boeing ainda busca estabilizar sua própria cápsula.
Contudo, testes realizados no primeiro semestre de 2025 apontaram falhas no sistema de acoplamento e navegação da Boeing. Isso reforça a necessidade de uma alternativa segura e confiável como a Dragon.
Embora Musk tenha declarado que a desativação será “imediata”, especialistas afirmam que a execução técnica pode levar vários meses. Isso porque há compromissos contratuais e exigências logísticas complexas.
Mesmo assim, o sinal enviado por Musk já gera incertezas. Governos e parceiros internacionais monitoram a situação com apreensão.
Reações políticas e institucionais sinalizam ime a longo prazo
No Congresso norte-americano, embora existam divergências partidárias, parlamentares de diferentes partidos reagiram rapidamente.
Enquanto isso, democratas afirmaram que, por esse motivo, a atitude de Trump representa uma clara retaliação política.
Além disso, segundo eles, essa ação pode, portanto, comprometer avanços científicos importantes, o que, por consequência, prejudicaria o desenvolvimento nacional.
Republicanos, por outro lado, defendem que empresas financiadas com recursos públicos devem seguir os interesses nacionais. Essa visão é compartilhada por parte do eleitorado conservador.
Fontes jurídicas afirmam que os contratos da SpaceX com agências federais incluem cláusulas que impedem o cancelamento unilateral. Esse fator pode travar a execução imediata da ameaça de Trump.
A NASA ainda não se pronunciou oficialmente. No entanto, técnicos da agência indicam que alternativas estão sendo avaliadas. A preocupação principal é garantir a continuidade das missões espaciais tripuladas.