Resultado dos impactos da pandemia da Covid-19, a economia brasileira despencou no segundo trimestre de 2020 com um recuo de 9,7 do PIB nacional
Dados divulgados nesta terça-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a economia do Brasil voltou ao mesmo patamar de 2009, quando o país ainda sofria os efeitos da crise global de 2008. O PIB (Produto Interno Bruto) encolheu quase 10% no segundo trimestre deste ano em comparação com o primeiro.
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Especialistas previam retração de 9,4% do PIB em relação ao primeiro trimestre, porém os números foram piores que o esperado, atingindo 9,7%, o que equivale a R$ 1,653 trilhão. Em comparação com o segundo trimestre de 2019, a queda foi de 11,4%. Os resultados foram fortemente influencidos pela crise ocasionada em virtude da pandemia da Covid-19.
O IBGE também demonstrou o baixo desempenho da economia no primeiro trimestre, cujo PIB teve retração de 1,5%. No primeiro semestre de 2020, a economia do Brasil sofreu uma queda de 5,9%. Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o recuo foi de 2,2%.
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Queda histórica dos setores que representam o PIB nacional
Dos três setores analisados, a indústria foi a mais atingida, com retração de 12,3%. Em segundo lugar, o segmento de serviços, que apresentou queda de 9,7%. O mercado da construção civil registrou um recuo de 5,7% no segundo trimestre de 2020,
Já a indústria extrativa, que inclui o segmento de petróleo e mineração, teve redução de 1,1%. A agropecuária foi o único setor que apresentou um aumento, cerca de 0,4%, sendo principalmente influenciado pela produção de soja e café.
Ministro da Economia afirma que números não causam preocupação
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os dados informados da queda do PIB não causam preocupação ao Governo Federal. Segundo ele, “Isso é impacto do raio que caiu em abril”, re referindo os efeitos da pandemia na economia brasileira.
Com esses números apresentados, o Brasil entra oficialmente em recessão técnica, definida por dois trimestres seguidos de retração do PIB.