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Do petróleo à revolução solar: Como o Golfo Pérsico está se tornando a nova potência da energia solar

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 31/01/2025 às 12:12
Do petróleo à revolução solar: Como o Golfo Pérsico está se tornando a nova potência da energia solar
Com bilhões sendo investidos e uma necessidade global de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, o Golfo Pérsico não pode mais ignorar a transição para uma matriz energética mais limpa.

Com bilhões em investimentos, projetos solares gigantescos e o plano Vision 2030 da Arábia Saudita, o Golfo Pérsico acelera sua transição para a energia solar – e pode dominar o mercado global até 2050.

Durante décadas, quando se falava em energia no Golfo Pérsico, a resposta era sempre a mesma: petróleo. E não é pra menos, né? A região se tornou sinônimo de riqueza graças ao ouro negro, abastecendo o mundo inteiro. Mas, como tudo na vida, as coisas mudam, chegou a vez da energia solar.

Agora, em vez de petróleo, a nova aposta são os painéis solares. Com um sol escaldante quase o ano todo e um caixa bilionário pra investir, países como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Kuwait estão correndo contra o tempo pra dominar o jogo da energia solar. A pergunta que fica é: será que eles conseguem trocar o barril pelo sol e manter sua influência no setor energético global? Bom, tudo indica que sim!

Investimentos bilionários e projetos ambiciosos

Os Emirados Árabes Unidos estão investindo pesado em energia solar e já anunciaram um projeto gigante de 5,2 GW. O plano inclui um sistema de baterias para armazenar energia e garantir eletricidade mesmo quando o sol não estiver brilhando.
Os Emirados Árabes Unidos estão investindo pesado em energia solar e já anunciaram um projeto gigante de 5,2 GW. O plano inclui um sistema de baterias para armazenar energia e garantir eletricidade mesmo quando o sol não estiver brilhando.

Se há uma coisa que o Golfo Pérsico sabe fazer, é jogar pesado quando decide entrar em um mercado. E com a energia solar não está sendo diferente.

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Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, já anunciaram um projeto solar de 5,2 GW, que inclui um sistema avançado de baterias para armazenamento de energia. É uma aposta gigantesca que coloca o país entre os grandes nomes das energias renováveis.

Já a Arábia Saudita, que sempre dominou o jogo do petróleo, resolveu diversificar. O plano Vision 2030 não só prevê um futuro menos dependente do petróleo, como também está impulsionando a construção de gigantescos parques solares e até projetos de energia nuclear. Como se não bastasse, a Saudi Aramco – maior empresa petrolífera do mundo – já anunciou que, a partir de 2027, vai começar a produzir lítio, um dos metais mais cobiçados para baterias de longa duração.

E não para por aí. O Kuwait, que sempre foi discreto no setor energético, decidiu entrar de vez no mercado. Há dois anos, lançou um plano de 17 GW para energia renovável e ainda mais ambicioso: quer liderar a produção de hidrogênio verde para exportação. Ou seja, estão jogando pra ganhar!

Os números não mentem: a energia solar está crescendo rápido

Se há alguns anos a energia solar no Golfo Pérsico era praticamente insignificante, hoje a história é bem diferente. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável, atualmente a região tem menos de 1% da capacidade mundial de energia renovável. Parece pouco? Sim, mas isso vai mudar – e rápido.

A consultoria Rystad Energy fez as contas e revelou que, em cinco anos, mais de 30% da capacidade total de energia na região virá de fontes renováveis. E tem um motivo pra isso: sol em excesso e um custo de instalação cada vez mais baixo.

Pra deixar ainda mais claro, basta olhar os gráficos: o petróleo e o gás, que sempre foram a base da economia local, estão começando a perder espaço. Enquanto isso, a energia solar cresce sem freio e deve se tornar a principal fonte energética da região nas próximas décadas.

China: aliada ou concorrente?

Não dá pra falar de energia renovável sem citar a China. O país já domina o mercado global de painéis solares e baterias, e claro, não ia perder a chance de fazer negócios com os bilionários do Golfo.

Empresas como Jinko Solar, LONGi e BYD estão fornecendo a tecnologia necessária para transformar o deserto em uma gigantesca fazenda solar. Mas, ao mesmo tempo, a China está investindo pesado em seus próprios projetos de energia renovável e pode acabar virando uma concorrente direta no futuro.

O cenário é curioso: de um lado, os países do Golfo precisam da tecnologia chinesa pra impulsionar seus projetos. Do outro, a China está ganhando cada vez mais poder no mercado global e pode, em breve, disputar espaço diretamente com os árabes. Quem vai levar a melhor? Ainda é cedo pra dizer.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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