O fortalecimento da Marinha, por meio da modernização tecnológica e da construção de novos navios, visa intensificar a vigilância em regiões estratégicas como o Mar Báltico e o Ártico.
Em resposta ao cenário geopolítico instável e às crescentes ameaças marítimas, especialmente vindas da Rússia, o governo da Dinamarca, junto a uma ampla coalizão parlamentar, anunciou um novo acordo estratégico que prevê investimentos robustos na Marinha Real dinamarquesa.
Com foco em modernização, construção naval nacional e ampliação da capacidade defensiva, o plano faz parte do Acordo de Defesa 2024–2033 e inclui um aporte inicial de 4 bilhões de coroas dinamarquesas.
Nova era para a Marinha da Dinamarca: modernização urgente e expansão da frota
O anúncio oficial foi feito no dia 22 de abril e recebeu apoio de partidos de diferentes espectros políticos, como Social-democratas, Democratas Dinamarqueses, Partido Popular Dinamarquês, Esquerda Socialista, Aliança Liberal, Partido Popular Conservador e Esquerda Radical.
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A iniciativa reflete um consenso raro: a Dinamarca precisa reforçar sua presença naval diante das transformações no cenário de segurança internacional.
“As ameaças que enfrentamos no mar hoje são muito mais sérias do que há apenas alguns anos. Com este plano naval, iniciamos aquisições urgentes para que a defesa marítima da Dinamarca esteja preparada para um leque mais amplo de desafios”, declarou o Ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen.
Construção naval será feita na Dinamarca para garantir soberania e gerar empregos
Um dos pilares do novo plano é a ênfase na produção nacional. O governo e os partidos envolvidos destacaram que os novos navios da Marinha dinamarquesa deverão ser construídos em estaleiros locais, com apoio da indústria de defesa do país e em parceria com aliados da OTAN.
A decisão visa não apenas garantir a segurança no fornecimento e reduzir dependências externas, mas também impulsionar a economia nacional por meio da geração de empregos e fortalecimento da capacidade industrial.
“Estamos em uma situação de segurança histórica e complexa. Esta estratégia naval é um grande investimento de longo prazo que irá beneficiar toda a Comunidade do Reino”, afirmou Simon Kollerup, porta-voz dos Social-democratas.
Primeiras aquisições incluem navios de apoio, embarcações da Guarda Costeira e drones subaquáticos
O investimento inicial, oriundo do Fundo de Aceleração e do orçamento de defesa, será destinado à aquisição de quatro navios de apoio ambiental e de minagem, com aplicação tanto militar quanto civil.
Além de 21 novas embarcações para a Guarda Costeira Nacional (Marinehjemmeværnet), destinadas à vigilância, resgate, apoio logístico e proteção de infraestrutura crítica.
Também será investido em drones subaquáticos e sistemas autônomos voltados para a ampliação da vigilância em profundidade; além de equipamentos de monitoramento de infraestrutura submarina, como sensores e sonares de alta tecnologia.
Próximos os incluem novas fragatas e atuação no Ártico
Na segunda fase do plano, prevista para ser deliberada após junho de 2025, a Dinamarca pretende adquirir novas fragatas com capacidade de defesa aérea, além de embarcações adaptadas às condições do Ártico e do Atlântico Norte.
Essas decisões estarão alinhadas com as metas de capacidade militar da OTAN para o país.
Enquanto a maioria dos partidos comemorou a estratégia e o foco no fortalecimento imediato da Marinha, setores como a Aliança Liberal pediram decisões mais céleres quanto à construção das fragatas.
Já os Democratas Dinamarqueses reforçaram a necessidade de garantir que toda a construção naval seja feita dentro do território dinamarquês.
Com esse novo acordo de defesa, a Dinamarca se posiciona como uma potência marítima resiliente no cenário europeu e atlântico.
Fonte: Poder Naval