A Guiana tem se consolidado como um dos países mais promissores da indústria petrolífera, e uma descoberta recente reforça ainda mais esse potencial. Durante uma escavação em uma propriedade na região de Rupununi, o geólogo roraimense Ygor Sousa encontrou petróleo a apenas 17 metros de profundidade. O que era para ser uma perfuração comum de poço artesiano rapidamente se tornou um achado significativo para o setor energético.
Segundo Ygor, sua empresa foi contratada para realizar a perfuração, mas logo perceberam algo inusitado: a água brotava contaminada com petróleo. Para confirmar a descoberta, ele conduziu uma segunda perfuração a 30 metros de distância da primeira, obtendo o mesmo resultado.
Descoberta inesperada: petróleo a apenas 17 metros de profundidade
A descoberta do geólogo roraimense destaca o potencial petrolífero da região. A escavação foi realizada em uma área indígena de difícil o, o que torna o achado ainda mais surpreendente.
“Na primeira perfuração, já encontramos sinais de petróleo bem próximo da superfície. Para validar a descoberta, realizamos outra perfuração a uma pequena distância e tivemos o mesmo resultado”, explicou Ygor Sousa. O geólogo documentou tudo em vídeos e fotografias, reforçando a autenticidade da descoberta.
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A bacia do Tacutu e seu potencial petrolífero
A área onde o petróleo foi encontrado está conectada à bacia do Tacutu, uma formação geológica que se estende entre a Guiana e o Brasil. Estudos anteriores já apontavam que essa bacia poderia conter hidrocarbonetos, mas a presença de petróleo tão próximo da superfície pode ser um indicativo de novas reservas ainda não exploradas.
Se essa descoberta atrair o interesse de empresas petrolíferas, a Guiana pode ampliar ainda mais sua produção, atraindo investimentos para a exploração de novas jazidas. O governo guianense pode se beneficiar dessa nova perspectiva, aumentando sua arrecadação e desenvolvendo sua infraestrutura energética.
O crescimento da Guiana no setor petrolífero
Nos últimos anos, a Guiana tem se destacado no cenário global de petróleo. Desde a primeira grande descoberta da ExxonMobil em 2015, mais de 30 novos poços foram perfurados na costa guianense, no bloco Stabroek. As estimativas apontam para mais de 11 bilhões de barris de petróleo recuperáveis na região.
A exploração comercial começou em 2019 com o campo Liza, impulsionando o crescimento econômico do país. Atualmente, a produção já ultraa 600 mil barris por dia, colocando a Guiana entre os principais países produtores da América Latina.
Com a crescente produção e novas descobertas, o país busca equilibrar o desenvolvimento econômico com uma gestão sustentável dos recursos. O governo já criou um fundo soberano para istrar a riqueza gerada pelo petróleo e garantir benefícios a longo prazo para a população.
Disputa geopolítica: Venezuela x Guiana
A descoberta de grandes reservas de petróleo na Guiana também aumentou as tensões com a Venezuela, que reivindica a região do Essequibo, uma área de 160 mil km² rica em recursos naturais.
Desde o século XIX, a Venezuela contesta a fronteira estabelecida em 1899, que concedeu o Essequibo à então colônia britânica da Guiana. Após a independência guianense em 1966, a disputa se intensificou, mas ganhou novos contornos com as descobertas petrolíferas no Bloco Stabroek.
Em 2023, o presidente Nicolás Maduro organizou um referendo sobre a anexação do Essequibo, aumentando a instabilidade na região. No entanto, a comunidade internacional, incluindo o Mercosul, a ONU e a Corte Internacional de Justiça (CIJ), reforçou a necessidade de uma solução pacífica para o conflito.
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