Estado pode viver uma transformação histórica! Uma exploração promete aumento de 61% no PIB e 54 mil novos empregos.
A exploração da Margem Equatorial, considerada uma prioridade estratégica para o Brasil, pode transformar a economia do Amapá e de outros estados do Norte e Nordeste.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Amapá pode crescer 61,2%, além da geração de 54 mil novos empregos.
A iniciativa foi tema de um seminário realizado na Assembleia Legislativa do Amapá na última sexta-feira (14), destacando as oportunidades e desafios desse potencial energético.
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A Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, tem sido chamada de “novo pré-sal”, pois sua capacidade estimada de produção pode chegar a 1,1 milhão de barris de petróleo por dia.
Diante desse potencial, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incluiu a exploração da região como uma das prioridades para 2025.
Se concretizada, essa descoberta poderá impulsionar a economia brasileira e reduzir a dependência de importação de combustíveis.
Potencial econômico e social para o Amapá
O impacto da exploração do petróleo na Margem Equatorial pode trazer mudanças significativas para o Amapá.
Além da geração de empregos e do aumento expressivo no PIB, a arrecadação de royalties pode impulsionar investimentos em infraestrutura, saúde e educação.
Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana devem ser os mais beneficiados, com crescimento do comércio e melhorias nos serviços públicos.
Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a exploração precisa começar o quanto antes.
“Se nós não iniciarmos esse processo rapidamente, o desenvolvimento econômico do Brasil será comprometido.Isso afeta desde a indústria até o agronegócio, pois todas essas atividades dependem de energia”, afirmou.
Com o avanço das pesquisas e a aprovação dos projetos, a expectativa é que os primeiros barris sejam extraídos na próxima década.
Petrobras e responsabilidade ambiental
A Petrobras lidera as pesquisas na Margem Equatorial e chega à região com um histórico sólido de inovação e responsabilidade ambiental.
“A Petrobras traz muita informação científica, conhecimento e responsabilidade.
Ela é uma das empresas mais respeitadas no mundo nesse setor, tanto do ponto de vista ambiental quanto tecnológico”, destacou Góes.
Apesar das promessas de desenvolvimento, há preocupações sobre os impactos ambientais.
A Margem Equatorial abriga ecossistemas sensíveis e comunidades que dependem da pesca artesanal.
No entanto, segundo Góes, o presidente Lula já se manifestou favorável à exploração, desde que todas as obrigações ambientais sejam respeitadas.
“O Amapá tem todas as condições para liderar esse processo porque é o único estado brasileiro que é negativo em emissões de carbono, ou seja, captura mais gases do que emite”, explicou o ministro.
Especialistas afirmam que, se aplicada com tecnologia de ponta e rígidos padrões de controle, a exploração pode coexistir com a preservação ambiental.
Oportunidades para diversos setores
A possibilidade de crescimento econômico animou representantes de diferentes setores da sociedade amapaense.
O presidente da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado do Amapá (FEPAP), Leidinaldo Luiz Gama de Paula, destacou a importância da atividade para os trabalhadores da pesca.
“A pesca caminha junto com o desenvolvimento.A exploração de petróleo pode ser o divisor de águas para o nosso estado”, afirmou.
O comerciante Nilson Nogueira, que trabalha com a venda de açaí, acredita que a iniciativa abrirá novos horizontes.
“O Amapá ainda não tem uma base econômica forte para impulsionar novas políticas.A população espera há muito tempo por um desenvolvimento que nos torne competitivos em relação a outros estados”, disse.
Além disso, a expectativa também é alta entre os jovens e trabalhadores que buscam novas oportunidades.
O vendedor de peixe Abmael de Souza vê a exploração como uma chance para a qualificação profissional.
“Será uma grande oportunidade para os jovens estudarem e trabalharem na área, já que a atividade exigirá mão de obra especializada”, pontuou.
Com isso, universidades e instituições técnicas já discutem a criação de cursos voltados para a indústria do petróleo.
Como será o processo de exploração
O projeto de exploração da Margem Equatorial será dividido em etapas.
Primeiro, serão realizadas pesquisas e prospecções para mapear o potencial real da região.
Em seguida, inicia-se o processo de extração e comercialização do petróleo.
Segundo Góes, os recursos arrecadados serão destinados a investimentos estratégicos no estado.
Com um planejamento adequado, o Amapá pode alcançar um novo patamar de desenvolvimento e consolidar-se como um polo energético nacional.
Embora ainda haja desafios a serem superados, a expectativa é que a exploração da Margem Equatorial se torne um marco na economia do Amapá.
Isso possibilitaria um crescimento econômico sustentável e novas oportunidades para a população.