De espião soviético a líder da Rússia moderna, Vladimir Putin construiu uma carreira marcada por poder, disciplina e segredos
Vladimir Putin, presidente da Rússia, nasceu em 7 de outubro de 1952, na cidade de Leningrado, atualmente chamada de São Petersburgo. Filho de um ex-oficial da marinha soviética e de uma operária de fábrica, Putin teve origem modesta antes de iniciar uma trajetória marcada por poder, segredos e muitas controvérsias.
O início de Putin: De Leningrado à KGB
Putin ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Leningrado em 1970. Concluiu o curso com honras em 1975, com uma tese sobre a política dos Estados Unidos na África.
No mesmo ano, foi recrutado pelo temido Comitê Russo de Segurança do Estado, o KGB, principal serviço de inteligência e polícia secreta da União Soviética.
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Ele serviu na KGB até 1991, ano da dissolução da União Soviética. Durante esse período, atuou por cinco anos na Alemanha Oriental. Depois disso, seguiu na linha da inteligência, assumindo cargos na sucessora da KGB, a FSB.
Ascensão ao poder
Após o fim da União Soviética, Putin iniciou sua carreira política como coordenador do governo de São Petersburgo. Ganhou destaque e foi chamado para o governo federal, tornando-se assessor do então presidente Boris Yeltsin. Em 1998, foi nomeado chefe da FSB e, em seguida, primeiro-ministro.
Com a renúncia de Yeltsin no fim de 1999, Putin assumiu a presidência interinamente. A partir daí, iniciou sua sequência no poder que perdura até hoje, consolidando sua imagem de liderança firme e centralizadora.
Artes marciais e disciplina
Putin é faixa preta em judô e defende a prática como forma de disciplina pessoal. Começou ainda jovem com o sambo, uma técnica russa de autodefesa, e depois se especializou no judô.
“Comecei a praticar judô aos 14 anos e, na verdade, comecei a fazer algo chamado sambo, que é uma sigla russa para ‘autodefesa desarmada’, uma técnica de luta livre russa. Depois disso, entrei para uma academia que ensinava judô. E eu era o que chamam de mestre do esporte”, afirmou o presidente.
Essa postura disciplinada é algo que ele busca refletir também na política, conforme seus próprios discursos.
Fortuna de Putin e oligarcas
Putin é apontado como um dos homens mais ricos do mundo, embora oficialmente negue. De acordo com ex-aliados e fontes independentes, ele controla grandes fortunas por meio de assessores e conselheiros, alguns deles considerados “laranjas”.
O presidente tem relações próximas com diversos oligarcas russos que enriqueceram após a queda da União Soviética. As acusações sobre uso de fortunas ilegais são antigas, mas nunca reconhecidas pelo Kremlin.
Pose e vaidade
Além do poder, Putin cultiva uma imagem pública de força. Frequentemente aparece em fotos divulgadas pelo Kremlin em situações que reforçam sua virilidade: lutando judô, atirando, nadando em águas congeladas, cavalgando sem camisa ou exibindo animais de estimação. Também já apareceu tocando piano em eventos oficiais.
Família sob sigilo
Apesar da exposição midiática, Putin mantém discrição absoluta sobre sua vida familiar. Pouco se sabe sobre suas filhas, Maria e Katerina.
Suas identidades e aparições são restritas. Ele se separou oficialmente de sua esposa Lyudmila em 2014. Após isso, revelou estar apaixonado novamente, mas nunca revelou quem seria a nova companheira.
Reconhecimento internacional
Apesar das críticas que recebe, Vladimir Putin já foi premiado internacionalmente. Em 2007, foi nomeado Personalidade do Ano pela revista Time. Em 2011, recebeu o Prêmio Confúcio da Paz, oferecido pelo Centro Chinês para Estudos da Paz Internacional. Em 2014, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
O presidente russo continua sendo uma figura influente e polêmica no cenário internacional, combinando poder político, disciplina militar, imagem controlada e uma vida pessoal envolta em sigilo.
Com informações de O Globo.