Criminosos dominam estradas na fronteira! Com câmeras de segurança e pedágios ilegais, traficantes e contrabandistas garantem o controle total das rotas clandestinas. Mesmo com ações das autoridades, o crime se reinventa. Quem realmente manda na fronteira? Descubra agora!
Na vastidão da fronteira entre Brasil e Bolívia, onde estradas desertas cortam terras pouco fiscalizadas, um fenômeno inquietante tem se consolidado.
O crime organizado evoluiu e agora controla trechos estratégicos dessas rotas, utilizando tecnologia de ponta para vigiar o território e até cobrar pedágios de motoristas que trafegam por vias clandestinas.
Segundo investigação do portal Folha MS, criminosos que operam na região de Corumbá implementaram um sofisticado sistema de monitoramento para garantir o fluxo seguro de cargas ilegais.
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Drogas, armas, alimentos e veículos roubados am sem dificuldades por essas estradas cabriteiras, enquanto câmeras e olheiros garantem que a fiscalização seja evitada.
Monitoramento 24h para o crime
As estradas alternativas, muitas vezes ignoradas pelo poder público, tornaram-se verdadeiras fortalezas para os contrabandistas.
Os criminosos instalaram câmeras que transmitem imagens em tempo real, permitindo que tenham controle absoluto sobre a movimentação na área.
Assim, quando qualquer veículo da polícia ou equipe de fiscalização se aproxima, as cargas ilegais simplesmente desaparecem antes da abordagem.
Além da vigilância digital, o esquema conta com olheiros espalhados por pontos estratégicos.
Bonecas de pano são usadas como sinalização para os criminosos: se a boneca está presente, a agem está segura; se retirada, significa que há fiscalização ativa.
Esse sistema rudimentar, mas eficiente, impede que as operações sejam desmanteladas.
Pedágio criminoso: quem paga, a
Outro aspecto alarmante do domínio dessas organizações é a cobrança de pedágios em rotas clandestinas.
Motoristas que utilizam esses caminhos ilegais são obrigados a pagar taxas aos criminosos para garantir a agem sem problemas.
O esquema funciona como uma espécie de “garantia” de que a mercadoria não será apreendida no trajeto.
De acordo com o Folha MS, em algumas dessas estradas, casas foram construídas à margem das vias para servir como base de apoio ao crime.
Além da cobrança de pedágios, esses locais oferecem e logístico para armazenar produtos contrabandeados e garantir o transporte seguro até os destinos finais.
Estradas cabriteiras: a trilha do crime
A chamada “estrada do Jacadigo”, na divisa entre Brasil e Bolívia, é um dos pontos mais críticos desse esquema.
Além de ser uma rota amplamente utilizada para contrabando, criminosos se apropriaram de terrenos brasileiros e transformaram a área em um verdadeiro quartel-general.
Casas foram erguidas, agens foram abertas em cercas e os caminhos se tornaram vias permanentes para o tráfico.
Mesmo com as tentativas das autoridades de bloquear essas agens – como a construção de valas para impedir o tráfego de veículos –, os criminosos rapidamente restauram as rotas, garantindo a continuidade das atividades ilegais.
Sete pontos clandestinos mapeados pelos criminosos
Uma investigação da Receita Federal identificou pelo menos sete pontos clandestinos de travessia na fronteira.
A maioria deles está localizada a menos de dois quilômetros do Posto Esdras, a principal entrada oficial para quem cruza entre os dois países.
Com a expansão do crime, algumas construções já invadem território brasileiro, ocupando áreas que pertencem à União.
O levantamento realizado pelo Folha MS mostrou que essas invasões cresceram nos últimos anos, principalmente após uma obra de terraplanagem entre 2021 e 2024, que eliminou barreiras naturais e facilitou a agem de veículos de grande porte.
Trilha do Gaúcho: outra zona de perigo
Além da estrada do Jacadigo, outro ponto crítico da região é a Trilha do Gaúcho, que corre paralela à rodovia Ramão Gomez.
Esse trecho é conhecido não apenas pelo tráfico de produtos ilegais, mas também pela entrada clandestina de estrangeiros que evitam os postos de imigração e ingressam no Brasil de forma irregular.
Com a crescente sofisticação das atividades criminosas na região, as autoridades enfrentam um desafio constante para retomar o controle das fronteiras.
Ainda que algumas ações tenham sido tomadas para remover câmeras de monitoramento ilegal, os criminosos seguem inovando e encontrando novas formas de manter o domínio sobre essas rotas.
O que pode ser feito?
Especialistas em segurança pública alertam que a repressão ao crime nessas áreas exige uma abordagem mais ampla.
Investimentos em inteligência, monitoramento por satélite e aumento do efetivo policial são medidas urgentes para combater essas organizações.
Além disso, a cooperação entre Brasil e Bolívia é essencial para impedir que esses grupos continuem operando com tanta liberdade.
Enquanto isso, a população local e os motoristas que trafegam pela região seguem reféns de um sistema criminoso que se fortalece a cada dia, desafiando as autoridades e impondo sua própria lei nas fronteiras.