Projeções indicam alta na energia para 2025. Entenda os cálculos da ANEEL e veja como reduzir sua conta de luz.
A conta de luz pode pesar mais no bolso em 2025. Fatores como decisões da ANEEL, custos de geração e encargos influenciam o valor. Saiba o que esperar, como os reajustes funcionam e como economizar energia.
A conta de luz em 2025: Cenário e preocupações
Muitos brasileiros temem uma conta de luz mais cara em 2025. A energia elétrica tem peso no orçamento, e a apreensão com aumentos é natural. Diversos fatores indicam um cenário de atenção, com possíveis elevações no custo. Compreender esses elementos é o primeiro o para se preparar e mitigar impactos.
O preço final da energia é complexo. Envolve decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), custos de geração, transmissão e distribuição, encargos setoriais, condições climáticas (especialmente chuvas) e novas leis. Este artigo explica como isso afeta sua conta de luz e oferece dicas de economia.
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Decifrando os reajustes e o papel da ANEEL
A ANEEL regula o setor elétrico e aprova os reajustes tarifários. Para 2025, a agência projetou um aumento médio de 3,5% nas tarifas, índice abaixo da inflação estimada (IGP-M 5,1%, IPCA 5,6% em março de 2025).
Esse reajuste considera: aumento de 2,0% na Parcela B (custos das distribuidoras); acréscimo de 1,6% nos Encargos Setoriais (principalmente CDE Uso, com orçamento de R$ 41 bilhões para 2025); redução de 0,1% nos Custos de Transporte; aumento de 1,3% na Compra de Energia; e redução de 2,7% nos Componentes Financeiros. O impacto real varia por distribuidora e consumo.
Composição e alertas da sua conta de luz
Sua conta de luz inclui custos de Geração, Transmissão, Distribuição, Encargos Setoriais (como a CDE) e Tributos (ICMS, PIS/Pasep, Cofins).
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo mensal da geração. A Bandeira Verde (condições favoráveis) não tem custo adicional. A Amarela (condições menos favoráveis) adicionava R$ 2,00 por 100 kWh (ref. 2017). A Vermelha Patamar 1 (geração custosa), acionada em junho de 2025, soma R$ 4,46 por 100 kWh. A Vermelha Patamar 2 (geração muito custosa) implica R$ 7,877 por 100 kWh. A bandeira vermelha em junho de 2025 deveu-se à baixa nas chuvas, exigindo termelétricas mais caras.
Outros fatores de impacto em 2025
Condições hidrológicas desfavoráveis elevam os preços, como projetou a Eneva para 2025. A Medida Provisória 1.300/2025, da Reforma do Setor Elétrico (em análise em junho de 2025), pode trazer novos custos, como o aumento do subsídio da Tarifa Social (via CDE), elevando a conta de luz, segundo alerta da Abradee. A previsão de aumento de 3,5% na carga de energia em 2025 também pode pressionar as tarifas.
Impacto regional dos reajustes da conta de luz
Os reajustes da ANEEL variam por distribuidora. A Cemig-D (Minas Gerais) teve reajuste médio de 7,78% a partir de maio de 2025. Já a Celesc (Santa Catarina) teve média de 3,02% desde agosto de 2024, mas com +4,19% para baixa tensão (residenciais), impactada pela retirada de componentes financeiros anteriores. Isso mostra a variação local e por classe de consumo.
Estratégias para reduzir sua conta de luz
A economia real vem da combinação de novos hábitos e tecnologias eficientes. Priorize luz natural, apague luzes ao sair de cômodos e use lâmpadas LED (85-90% mais econômicas). Desconecte aparelhos em standby (TVs, carregadores), que podem consumir até 12% da energia total. Sensores de presença e temporizadores também ajudam.
Para a geladeira, evite abrir a porta desnecessariamente e verifique a vedação. No chuveiro elétrico, tome banhos curtos e use a posição “verão”. Na máquina de lavar, use capacidade máxima e água fria. Junte roupas para ar de uma vez com o ferro. No ar condicionado, mantenha o ambiente fechado, limpe filtros e ajuste para 23-24ºC.
Ao comprar eletrodomésticos, busque o Selo Procel de Economia de Energia. Produtos com classificação ‘A’ (ENCE/Inmetro) podem ser um pouco mais caros, mas a economia na conta de luz compensa, especialmente em itens de alto consumo.
Programas e incentivos
As distribuidoras possuem Programas de Eficiência Energética (PEE) obrigatórios. A Celesc (SC), por exemplo, tem chamadas públicas que podem contemplar o setor residencial. Consulte sua distribuidora. Em nível governamental, há incentivos como os de Santa Catarina para energia solar no campo (Financia Agro SC, Pronampe Agro SC) e o programa estadual “Energia Boa”, focado em grandes projetos. Pesquise ativamente por programas federais, estaduais e municipais, pois a informação para o consumidor residencial urbano pode ser dispersa.