Tanque blindado com tecnologia de ponta é destaque na LAAD 2025 e pode reforçar as forças armadas do Exército brasileiro em breve, confira os detalhes abaixo.
O Tulpar, um dos veículos de combate mais versáteis e modernos do mercado militar internacional, está em exibição na LAAD Defence & Security 2025, no Rio de Janeiro. O evento, que reúne expositores e autoridades de defesa de todo o mundo, apresenta esse modelo turco como uma possível aquisição estratégica para o Exército Brasileiro. Produzido pela Otokar, uma das maiores fabricantes de defesa da Turquia, o tanque blindado Tulpar não se limita apenas ao combate direto. Sua concepção multifuncional permite que ele atue como transporte de tropas, veículo de reconhecimento, ambulância militar, unidade de defesa aérea e mais, dependendo da configuração solicitada pelo país comprador.
Com isso, o Exército Brasileiro avalia a possibilidade de incorporar o Tulpar à sua frota como parte do plano de renovação de equipamentos previsto para os próximos anos. A chegada do tanque com tecnologia de ponta seria uma resposta à necessidade urgente de substituição de modelos já defasados como o Leopard 1 e o M-113.
Tulpar pode ser personalizado para diferentes missões de combate, transporte e apoio logístico
O grande diferencial do tanque blindado Tulpar está na sua versatilidade operacional. Trata-se de um veículo de esteiras com motor dianteiro, capaz de atingir até 1.100 cavalos de potência. Isso, aliado à suspensão com barra de torção e às sete rodas duplas de apoio em cada lado, permite que ele enfrente terrenos diversos — de lama e pedras a áreas urbanas e mata fechada.
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Essa mobilidade extrema é uma das características que chamam a atenção do Exército Brasileiro, especialmente por conta da geografia variada do país. O Tulpar consegue atravessar obstáculos que comprometeriam a ação de outros veículos e se destaca por sua capacidade de operar em regiões alagadas, irregulares e até sob intempéries severas.
A blindagem do Tulpar também segue padrões internacionais. O nível básico é o STANAG 4569 Nível 2, o que já oferece proteção contra armas leves. No entanto, a armadura pode ser reforçada até o Nível 6, tornando o veículo resistente a munições de 30 mm e explosões de até 10 kg sob suas esteiras — um ponto vital para missões de alto risco em zonas de conflito.
Tanque com tecnologia de ponta traz canhão de 120 mm e sensores para combate de última geração
A versão mais avançada do Tulpar vem equipada com a torre HITFACT MkII, da italiana Leonardo, armada com um canhão L45 de 120 mm. O armamento principal segue o padrão OTAN, permitindo o uso de uma variedade de munições letais contra tanques, fortificações, mísseis e veículos inimigos.
O fato de o Exército Brasileiro já utilizar a torre HITFACT MkII nos tanques Centauro II atualmente em operação facilita ainda mais a adaptação do Tulpar ao arsenal nacional. Essa compatibilidade é vista como um fator estratégico importante para a integração e manutenção da nova frota.
O tanque com tecnologia de ponta ainda se destaca pelo sistema de mira de precisão, capaz de operar com alta eficácia mesmo com o veículo em movimento. Seus sensores de proteção contra drones e câmeras com geração de imagens térmicas garantem vantagem em situações de visibilidade reduzida e em cenários com ameaças aéreas não tripuladas.
Além disso, o Tulpar tem arquitetura aberta, o que significa que ele pode ser adaptado com tecnologias já utilizadas pelo Brasil. Isso inclui a instalação de novos sensores, armamentos nacionais e sistemas de comunicação, oferecendo flexibilidade e independência tecnológica.
Exército Brasileiro estuda a compra de até 143 unidades do Tulpar com produção parcial no país
A substituição da atual frota de blindados do Exército Brasileiro está prevista para começar em 2028, e o Tulpar surge como um forte candidato a ocupar essa lacuna com um tanque com tecnologia de ponta e capacidades múltiplas.
De acordo com informações do portal especializado Army Recognition Group, as Forças Armadas brasileiras já realizaram avaliações do modelo, e há expectativa de que o negócio avance. A proposta da Otokar inclui transferência de tecnologia e possibilidade de produção local, um atrativo adicional para a indústria nacional de defesa.
O acordo especulado prevê a aquisição de 65 unidades da versão tanque de batalha principal, equipada com o canhão de 120 mm, e 78 veículos de combate de infantaria, que poderiam receber torres de 30 mm ou armamentos fabricados no Brasil. A produção de parte dos veículos em território brasileiro também geraria empregos e desenvolveria a cadeia logística local.
Além do Brasil, a Otokar negocia a venda do tanque blindado Tulpar com países como Polônia e Bangladesh. Já o exército da Turquia, segundo estimativas, deve adquirir cerca de 400 unidades do modelo, consolidando o veículo como um dos mais promissores da nova geração de tanques.
Tulpar pode marcar uma nova era para as forças armadas com um tanque blindado multifuncional e potente
Caso a negociação com a Otokar avance, o Exército Brasileiro poderá contar com um dos tanques com tecnologia de ponta mais adaptáveis e potentes já produzidos. O Tulpar alia poder de fogo, mobilidade e resistência com um nível de personalização difícil de encontrar em outros modelos do mercado.
A escolha do Tulpar reforçaria o compromisso do Brasil com a modernização da sua defesa terrestre, atualizando um parque de veículos que, em muitos casos, remonta a décadas adas. A introdução desse tanque blindado no portfólio das Forças Armadas representaria um salto tecnológico e estratégico para o país.
Além do poder de combate, a multifuncionalidade do Tulpar — podendo ser rapidamente convertido em ambulância, veículo de apoio ou unidade de reconhecimento — mostra como a inovação no setor militar pode atender a diferentes exigências táticas com um único modelo de base.
Com a decisão final ainda por vir, a presença do Tulpar na LAAD 2025 já é um indicativo de que o Brasil está atento às tecnologias mais recentes disponíveis no cenário internacional. E tudo indica que, se confirmada a compra, o país estará dando um o à frente na construção de uma força terrestre mais moderna, eficiente e preparada para os desafios do século XXI.
A guerra da Ucrânia mostrou que devemos investir mais em drones e artilharia.
Até mísseis baratos, disparados no ombro, estão acabando com tanques caríssimos…
Com transferência de tecnologia vale tudo, multitarefas recebendo armamentos do Brasil é uma maneira de queimar etapas, embora necessitemos muito menos forças terrestres.
Quem precisa acelerar é a marinha e a aeronáutica.