Com 458 metros de comprimento, o Knock Nevis foi tão colossal que precisava de 10 km para parar completamente e era tão largo quanto um edifício de 23 andares. Projetado para cruzar mares revoltos sem tombar, esse gigante dos oceanos ainda hoje é lembrado como o maior navio petroleiro do mundo.
O navio que ficaria conhecido como Knock Nevis nasceu em 1979, quando foi encomendado por um armador grego para ser um dos maiores petroleiros já feitos. Construído pelo estaleiro japonês Sumitomo Heavy Industries, o navio teve sua construção finalizada apenas em 1981, já sob controle do magnata de Hong Kong C. Y. Tung, que o batizou inicialmente de Seawise Giant. O Knock Nevis foi concebido com um objetivo muito claro: transportar quantidades colossais de petróleo cru entre o Golfo Pérsico e os Estados Unidos. E, para isso, sua estrutura não podia ser modesta. Ele precisava ser o maior navio petroleiro do mundo, tanto em comprimento quanto em capacidade de carga.
A embarcação foi pensada para enfrentar mares revoltos, operar por décadas em condições extremas e resistir a forças naturais com as quais poucos navios ousavam lidar. Seu tamanho era tal que, mesmo vazio, demandava uma área portuária especializada. Quando cheio, não podia sequer atracar em portos convencionais, sendo obrigatoriamente abastecido e descarregado no mar.
O maior navio petroleiro do mundo: Especificações que desafiam a lógica
O maior navio petroleiro do mundo impressionava por suas medidas:
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- Comprimento: 458,45 metros (mais do que quatro campos de futebol enfileirados);
- Largura: 68,8 metros (equivalente à base de um prédio de 23 andares);
- Calado: 24,6 metros (profundidade submersa comparável a um edifício de 8 andares);
- Peso carregado: 564.763 toneladas;
- Capacidade: 674.297 m³ ou cerca de 4.240.865 barris de petróleo;
- Velocidade máxima: 16,5 nós (aproximadamente 30,6 km/h);
- Tripulação: cerca de 40 pessoas.
Era um verdadeiro navio mais largo que um prédio, um colosso que exigia logística especializada para operar. Sua única hélice de 9 metros de diâmetro era impulsionada por turbinas a vapor com 50 mil cavalos de potência. Mesmo com toda essa força, o navio precisava de 10 km para parar completamente e fazia curvas com raio de 3,7 km.
Um navio capaz de enfrentar ondas gigantes sem tombar
O Knock Nevis foi construído com casco duplo e reforçado para resistir a ondas colossais. Sua largura e o calado profundo garantiam uma estabilidade sem precedentes. Em mar aberto, mesmo sob tempestades severas, o navio não balouçava de forma crítica. Por isso, ficou conhecido também como o navio capaz de enfrentar ondas gigantes sem tombar.
A espessura do casco era de 3,5 cm em toda a extensão da estrutura. Esse reforço, somado à largura gigantesca, garantia que o navio se comportasse com estabilidade mesmo nas águas mais revoltas. Era, literalmente, um prédio navegando no oceano.
Uma rotina à parte: viver a bordo do maior navio
Com tamanho descomunal, o dia a dia no Knock Nevis não era convencional. A tripulação, formada por 40 marinheiros, utilizava bicicletas para percorrer o convés. Existiam oficinas, refeitórios, alojamentos, salas de comando e sistemas de engenharia distribuídos por dezenas de metros.
O navio não podia ser recebido em qualquer porto. Seus abastecimentos eram feitos por balsas e navios auxiliares. Em média, o Knock Nevis transportava em uma única viagem o suficiente para abastecer todos os carros do Brasil por mais de uma semana.
Anos de guerra e a destruição em combate
Em 1988, durante a Guerra Irã-Iraque, o então Seawise Giant foi atingido por mísseis Exocet lançados por caças iraquianos, enquanto estava ancorado próximo à Ilha Kharg, no Irã. O navio afundou parcialmente em águas rasas.
Dois anos depois, foi reflutuado, levado a Singapura e reformado. Saiu do estaleiro sob o nome Happy Giant e, posteriormente, em 1991, foi rebatizado como Jahre Viking, nome com o qual se tornou famoso no mundo todo.
O auge como Jahre Viking
Durante a década de 1990, o navio operou ativamente como transportador de petróleo bruto, com rotas frequentes entre o Golfo Pérsico e as refinarias norte-americanas. Mas seu tamanho era um problema: ele não conseguia transitar por canais como o de Suez ou do Panamá. Nem mesmo o Canal da Mancha permitia sua agem.
Portos comuns não o recebiam. Ele precisava ser ancorado a dezenas de quilômetros da costa, onde era descarregado para navios menores, em operações que podiam levar dias.
A transição para FSO: base flutuante no Qatar
Em 2004, o Jahre Viking foi comprado pela Maersk Oil, rebatizado como Knock Nevis e transformado em uma unidade FSO (Floating Storage and Offloading), ou seja, uma base flutuante de armazenamento de petróleo. Ficou ancorado no campo de Al Shaheen, no Qatar.
Lá, permaneceu até 2009, servindo como repositório para o petróleo extraído da região antes do envio aos navios de transporte. Era o fim de uma era de navegação, mas não o fim de sua relevância para a indústria do petróleo.
Em 2010, após três décadas de serviço, o Knock Nevis foi desativado e levado à costa da Índia, onde foi desmontado no estaleiro de Alang. Ali, foi sucateado, encerrando oficialmente sua jornada como o maior navio petroleiro do mundo.
Mesmo desmontado, o legado do navio continua vivo. Ele representa um marco na engenharia naval e logística global. Nenhum outro navio igualou, até hoje, sua dimensão e capacidade de transporte em um único casco.
Comparando com outros navios gigantes
Navio | Comprimento | Largura | Capacidade (toneladas) | Status |
---|---|---|---|---|
Knock Nevis | 458,4 m | 68,8 m | 564.763 | Desmanchado |
TI Class Supertankers | 380 m | 68 m | 441.585 | Em operação |
HMM Algeciras (cargas) | 400 m | 61 m | 228.283 (TEUs) | Em operação |
O Knock Nevis não era apenas o maior navio, mas também o mais emblemático. Carregava mais do que qualquer outro, mesmo comparado aos supercargueiros modernos.
O Knock Nevis foi mais do que uma proeza de engenharia: ele foi um monumento flutuante à era do petróleo. Suas dimensões monstruosas, sua resistência inabalável e sua longa história o tornaram um ícone da navegação mundial.
Mesmo desativado, permanece como referência quando se fala em maior navio do mundo, ou em projetos que desafiam os limites da capacidade humana. O Knock Nevis é, para muitos, o colosso dos mares que jamais será esquecido.
Há construções que não devem ser desativadas, quase meio km, um pequeno aeroporto.
A matéria aborda o transporte marítimo e como a engenharia naval sempre teve um papel crucial no transporte desse modal, aí começa uma discussão política nos comentários em relação ao tamanho do navio citado na texto, em relação a corrupção no país. O que, na minha opinião todo mundo teria que compreender, política sempre foi suja e nunca teve a intenção de solucionar os problemas do país, do Estado ou das cidades, independentemente do partido ou da ideologia,, seja direita, esquerda ou centro, resumindo, sempre vão ter os ” encantadores de ****” como dizem, para tentar enganar os brasileiros as vésperas das eleições. Não acreditem em políticos, e em nenhum deles, especialmente no Brasil, eles querem o bem para eles, nunca para população.
Aqui em Suape ensaiaram a confecção de um navio que nunca saiu do lugar.
O PT É A MAIOR FÁBRICA DE **** E **** DO PLANETA