A construção bilionária que uniu África e Ásia em uma rota de 12 mil km, envolvendo 147 países, gerou 19 trilhões de dólares em mercadorias e transformou o comércio global.
Você já imaginou uma estrada tão longa que conecta continentes inteiros, facilitando o comércio entre países de culturas completamente diferentes? Essa é a proposta da construção da ‘estrada mais longa do mundo’, uma das maiores construções já realizadas pela humanidade, conectando África e Ásia através da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), liderada pela China. E o impacto? Mais de 15 bilhões de libras movimentados em comércio anual.
A ICR não é apenas uma obra de engenharia. É uma estratégia ambiciosa que redesenha o mapa econômico global, promovendo a integração de mercados e ampliando o alcance das exportações. Vamos explorar como essa construção está transformando o comércio e o futuro de vários países.
O que é a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR)?
A Iniciativa do Cinturão e Rota, também conhecida como Nova Rota da Seda, foi lançada pela China em 2013. O objetivo? Criar uma rede de infraestrutura que conecte o Leste Asiático à Europa, além de integrar países na África, América Latina e Oceania.
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O projeto começou com o desenvolvimento de ferrovias, rodovias e oleodutos estratégicos, criando uma rota comercial eficiente entre os países participantes. Com investimentos de mais de 1 trilhão de dólares, a ICR se tornou a maior iniciativa de infraestrutura já realizada, envolvendo cerca de 147 nações.
A ideia inicial era simples: criar um corredor comercial entre a Ásia e a Europa. Contudo, a visão expandiu-se rapidamente, incluindo países africanos e asiáticos ao longo do caminho. Portos no Oceano Índico e redes ferroviárias na África transformaram-se em pilares fundamentais para o sucesso da iniciativa.
A expansão da construção: África e Ásia na mesma rota
Conectar dois continentes tão distintos não é tarefa fácil. Mas a China provou que é possível transformar essa ideia em realidade.
Essa estrada não apenas transporta mercadorias, mas também conecta culturas e economias. Países africanos, que antes dependiam de comércio local, agora têm o direto a mercados asiáticos, ampliando suas oportunidades de exportação.
Portos modernizados, rodovias de última geração e redes ferroviárias são apenas algumas das construções que integram o projeto. Esses investimentos aumentam a capacidade de transporte, reduzem custos logísticos e impulsionam o comércio em uma escala global.
Benefícios econômicos e geopolíticos para a China e o mundo
Os números impressionam. Em apenas uma década, cerca de 19,1 trilhões de dólares em mercadorias foram comercializados entre a China e os países participantes da ICR.
A ‘estrada mais longa do mundo’ tornou o comércio mais rápido e eficiente. Produtos que antes demoravam semanas para chegar ao destino agora são entregues em poucos dias, beneficiando tanto exportadores quanto consumidores.
Além de fortalecer laços comerciais, a construção abriu caminho para que a China garantisse o a recursos como petróleo, gás e minerais em regiões estratégicas, solidificando sua posição como uma potência global.
Os desafios por trás de uma construção de proporções épicas
Desmatamento, deslocamento de comunidades e degradação ambiental estão entre os principais problemas associados ao projeto. Esses impactos levantam debates sobre a sustentabilidade da iniciativa.
Embora muitos países tenham se beneficiado, outros enfrentam dificuldades para pagar os empréstimos concedidos pela China, gerando preocupações sobre a dependência econômica e a soberania nacional.
A ‘estrada mais longa do mundo’ é um símbolo de integração global e transformação econômica. Ao conectar África e Ásia, a iniciativa cria novas possibilidades para o comércio, a cultura e o desenvolvimento.
Super interessante esta reportagem. Me considero uma oessoa bem informada e nunca tinha visto nada sobre esta obra faraônica. A China mais uma.vez surpreende o mundo.
É a China tomando a iniciativa de facilitar o escoamento de seus produtos industrializados e o recebimento de matérias primas para sua produção ou consumo interno.
São os chineses sempre nos surpreendendo com suas inovações!
Só a extrema direita brasileira pra ser contra a China, até o Bolsonaro quando esteve lá,disse que estava num país capitalista!