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Com 29 curvas em zigue-zague extremo, Cuesta Caracoles no Chile desafia motoristas a mais de 2.500 metros de altitude na Cordilheira dos Andes

Escrito por Jefferson S
Publicado em 02/06/2025 às 13:12
Caminhão atravessado na Cuesta Caracoles coberta de neve, uma das estradas mais perigosas do mundo na Cordilheira dos Andes entre Chile e Argentina, com imagens aéreas e comparativas do traçado em zigue-zague.

Conheça Los Caracoles, uma das 10 estradas mais perigosas do mundo segundo o El País, onde caminhões enfrentam desfiladeiros, gelo, curvas fechadas e altitude extrema entre o Chile e a Argentina

Com curvas tão fechadas que lembram o formato de um caracol, a Cuesta Caracoles, na Cordilheira dos Andes, é considerada uma das vias mais perigosas do planeta. A rodovia conecta o Chile à Argentina em meio a paisagens deslumbrantes e desafios extremos para motoristas de caminhões e viajantes aventureiros.

A estrada, que faz parte da Ruta 60 chilena, chega a mais de 2.500 metros de altitude e acumula acidentes fatais, tombamentos e cenas impressionantes captadas por drones e testemunhadas por viajantes. O jornal El País a classificou entre as 10 estradas mais perigosas do mundo.

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Perigo real em cada curva: a tensão constante dos motoristas na Cuesta Caracoles

Poucas estradas no mundo exigem tanto dos motoristas quanto a Cuesta Caracoles. São 29 curvas em zigue-zague intenso, sem barreiras de proteção, margeando precipícios profundos. Em qualquer momento, uma falha nos freios pode ser fatal.

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Os caminhoneiros enfrentam esse desafio diariamente, transportando cargas pesadas a partir da Argentina rumo ao Chile. Durante o verão, o calor eleva a pressão sobre os freios. No inverno, a pista congelada vira armadilha letal. Muitos colocam correntes nos pneus para não escorregar.

Vídeos mostram caminhões virando “formigas metálicas” nas encostas, enquanto o cheiro de balata queimada denuncia o esforço das máquinas. Um dos trechos mais perigosos é entre as curvas 18 e 19, onde mais tombamentos ocorrem.

Ao lado dos riscos naturais, há o comportamento imprudente de motoristas que ultraam em pontos cegos ou em meio a curvas, sem visibilidade. Um erro, e o que seria uma viagem épica pode virar tragédia.

Os acidentes são tão frequentes que há pedaços de containers destruídos, sinais de impacto e placas caídas por todo o trajeto. Muitos motoristas já perderam a vida na descida para Los Andes por falta de paciência ou excesso de confiança.

Uma estrada cinematográfica entre dois países e um espetáculo de geografia

Além do perigo, Los Caracoles também oferece um dos visuais mais impressionantes da América do Sul. A travessia da Cordilheira entre Mendoza (Argentina) e Los Andes (Chile) corta montanhas coloridas, túneis cavados na rocha e vales com neve eterna.

O trecho faz parte do Paso Cristo Redentor, principal ligação rodoviária entre os dois países. O ponto culminante da viagem é o túnel binacional a 3.200 metros de altitude, de onde começa a descida pelas curvas dos Caracoles.

Ao longo do caminho, há atrações como a estação de esqui Portillo, a mítica Laguna del Inca, o vilarejo de Puente del Inca e a vista imponente do Cerro Aconcágua, a maior montanha das Américas, com quase 7 mil metros.

Mesmo no verão, o gelo é visível nos picos. Durante o inverno, a estrada pode ser fechada por dias devido à neve acumulada. Quem tenta fazer a travessia nessa época precisa de correntes obrigatórias e muita cautela.

O contraste das montanhas secas e escuras do lado chileno com os rios e vegetações que surgem ao fim da descida encanta quem sobrevive à tensão do trajeto.

Experiência inesquecível para quem cruza os Andes, mas com cuidados extremos

Relatos de turistas, motoristas e viajantes que fizeram a travessia variam entre o êxtase e o medo absoluto. Muitos recomendam fazer o percurso de ônibus no segundo andar, com vista panorâmica — e nervos de aço.

A sensação de estar em um “Hot Wheels da vida real” é mencionada por vários viajantes. As curvas fechadas e o desnível abrupto criam uma experiência visceral. É comum ver turistas parando em mirantes para tirar fotos e contemplar a dimensão da estrada.

No entanto, a viagem exige preparo. O uso do freio motor é essencial para não superaquecer os freios. A altitude pode causar falta de ar, dor de cabeça e mal-estar em alguns. É recomendado beber água, evitar esforço físico e estar bem alimentado.

Agências oferecem eios bate-volta partindo de Santiago até Portillo, ando por Los Caracoles. Outra opção é alugar um carro em Santiago ou Mendoza e fazer a travessia por conta própria — com prudência e planejamento.

A estrada é asfaltada e bem conservada, mas não perdoa distrações. Como alerta o canal Claux.7, “um minuto de desatenção pode custar a vida de muita gente”.

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Você já cruzou a Cuesta Caracoles? Ficou com vontade de conhecer essa estrada espetacular na Cordilheira dos Andes? Conte nos comentários como foi sua experiência — ou o que mais te impressionou neste relato.

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Cícero
Cícero
03/06/2025 18:03

Em janeiro de 2023 sai de SJCampos e fui até Santiago e Val Paraíso no Chile. Não era época de neve e foi tudo muito tranquilo numa Toro. Muito mais perigosa é a Seera de Ubatuba e a de Cunha. Toda vez que o nessas estradas me dá um grande desconforto.

Jefferson S

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: [email protected]

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