Cientistas indicam que ventos de 100 km/h e fatores geológicos podem ter criado um caminho seco temporário, explicando cientificamente o evento bíblico. Modelagens mostram que a travessia pode ter ocorrido no Delta do Nilo, onde a água teria recuado naturalmente.
A travessia do Mar Vermelho é um dos momentos mais icônicos da Bíblia e um pilar fundamental das religiões judaico-cristãs. No entanto, cientistas acreditam ter encontrado uma explicação natural para o evento, sugerindo que Moisés pode não ter precisado de uma intervenção divina para realizar o feito.
De acordo com cientistas, fatores como ventos fortes e condições geológicas específicas podem ter criado um caminho seco temporário, permitindo a agem dos israelitas e surpreendendo as tropas egípcias. Essa nova teoria questiona a necessidade de um milagre, mas mantém a ideia de que o evento foi extraordinário.
O relato bíblico da travessia do Mar Vermelho
Na Bíblia, Moisés conduz os israelitas para fora do Egito e os leva até a margem do Mar Vermelho. Perseguidos pelo exército do faraó, eles se veem encurralados. Então, Moisés estende sua mão, e o mar se abre, formando um corredor seco para a agem do povo. Quando os soldados egípcios tentam atravessar, as águas retornam, afogando-os.
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Esse relato se tornou uma das agens mais famosas do Antigo Testamento, sendo representado em diversas adaptações cinematográficas, como Os Dez Mandamentos e O Príncipe do Egito. Mas será que há uma explicação científica para esse fenômeno?
Onde Moisés pode ter cruzado o Mar Vermelho?
Muitos acreditam que a travessia ocorreu no Golfo de Aqaba, uma região profunda e larga do Mar Vermelho. No entanto, cientistas sugerem que um local mais provável seria o Golfo de Suez ou até mesmo o Lago de Tannis, no Delta do Nilo.
O Golfo de Suez tem águas mais rasas, o que tornaria mais plausível a abertura temporária de um caminho seco devido a ventos fortes. Registros históricos indicam que Napoleão Bonaparte e seus soldados atravessaram essa região a pé seco durante uma maré baixa em 1789 – um evento semelhante ao descrito na Bíblia.
O papel dos ventos e a teoria da “redução do vento” dos cientistas
Cientistas da Universidade do Colorado utilizaram simulações computacionais para testar a possibilidade de que ventos fortes poderiam ter separado as águas. Os modelos sugerem que uma ventania de 100 km/h soprando durante oito horas poderia empurrar as águas e criar uma agem temporária de até 5 km de largura.
Quando os ventos cessassem, a água retornaria rapidamente ao seu nível original, o que poderia explicar o afogamento das tropas egípcias. Essa teoria da “redução do vento” é apoiada por registros históricos e fenômenos naturais semelhantes observados em outras partes do mundo.
Outras explicações possíveis para a travessia
Algumas teorias sugerem que um tsunami poderia ter causado o recuo da água, criando um caminho temporário para os israelitas. No entanto, essa hipótese não se encaixa perfeitamente no relato bíblico, pois um tsunami recua e retorna rapidamente, enquanto a Bíblia descreve um longo período de agem.
Outra possibilidade é que Moisés conhecia bem os padrões das marés e sabia exatamente quando atravessar. Como os egípcios não estavam acostumados com mudanças bruscas de maré, eles podem ter sido surpreendidos quando as águas voltaram a subir repentinamente.