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Cientistas analisaram explosão cósmica que liberou mais energia que o Sol em 1 milhão de anos para descobrir a origem do ouro no universo

Publicado em 02/05/2025 às 23:04
Ouro, Explosão, Explosões, Explosão cósmica
Créditos: NASA/JPL-Caltech

Estudo revela que explosão cósmica observada em 2004 pode ter forjado metais como ouro e urânio, colocando magnetares como nova fonte confirmada de elementos pesados no Universo

Astrônomos desvendaram um mistério que intrigava a ciência há quase duas décadas. Uma explosão cósmica observada em 2004 revelou novas pistas sobre onde se formam os metais mais raros e valiosos do Universo. A resposta pode estar em uma estrela supermagnetizada, chamada magnetar, que liberou mais energia do que o Sol produziria em um milhão de anos.

Essa erupção, segundo um estudo publicado no The Astrophysical Journal Letters, pode ter gerado ouro, platina e até urânio. A pesquisa foi liderada por especialistas do Centro de Astrofísica Computacional do Instituto Flatiron, em Nova York.

Estudo aponta papel decisivo dos magnetares

Segundo os cientistas, esse tipo de explosão pode ser responsável por até 10% dos metais pesados da Via Láctea. Até então, acreditava-se que esses elementos surgiam somente da colisão entre estrelas de nêutrons. O novo estudo evidencia que magnetares também podem forjar esse tipo de material.

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Brian Metzger, coautor da pesquisa, destacou: “É apenas a segunda vez que detectamos de forma direta onde elementos pesados realmente se formam. A primeira foi na fusão de estrelas de nêutrons. Esse novo dado muda o jogo.

Explosão de 2004, enfim compreendido

A explosão de 2004 havia deixado um sinal forte, atribuído a um magnetar. Mas havia também um segundo sinal, mais discreto, que permaneceu sem explicação.

Agora, os cientistas acreditam que esse segundo alerta indica a formação de metais pesados naquele momento exato. Estima-se que a explosão gerou o equivalente a um terço da massa da Terra em elementos desse tipo.

O processo que cria metais pesados

Metais raros como ouro e urânio não surgiram com o Big Bang. Eles precisam de condições extremas para se formar. O responsável é o chamado processo-r, onde átomos capturam nêutrons em alta velocidade e formam núcleos mais pesados.

Antes, os cientistas só tinham confirmado esse processo em fusões de estrelas de nêutrons, como a observada em 2017. Mas o número de colisões desse tipo conhecido até hoje não explica a quantidade de metais pesados no Universo.

Explosões de magnetares entram no radar

Diante dessa lacuna, os pesquisadores aram a estudar as explosões dos magnetares como uma nova fonte. Em 2024, cálculos teóricos sugeriram que essas estrelas poderiam liberar matéria rica em nêutrons no espaço.

Anirudh Patel, autor principal do estudo, comentou: “É surreal pensar que os metais usados em nossos celulares e computadores vêm de fenômenos tão extremos.”

Brilho em raios gama entregou o segredo

As explosões produzem núcleos instáveis que se transformam em elementos estáveis, como o ouro. Durante esse processo, há emissão de luz em forma de raios gama. A equipe percebeu que esse tipo de brilho estava presente na explosão de 2004, mas só agora foi corretamente interpretado.

Cruzando dados antigos e novos, os cientistas concluíram que estavam diante de uma segunda fonte confirmada de elementos pesados no espaço.

Impacto para a astrofísica

A quantidade gerada impressiona: cerca de 2 trilhões de bilhões de quilos de metais pesados. Isso pode representar até 10% de todos os elementos formados por processo-r na galáxia.

Se novas pesquisas confirmarem essa proporção, será preciso rever o que se sabia sobre a origem desses metais. A fusão de estrelas de nêutrons continua sendo uma explicação válida, mas agora os magnetares também entram no centro das atenções.

Missão da NASA pode trazer novas respostas

A NASA pretende lançar em 2027 a missão Compton Spectrometer and Imager. O projeto pode oferecer mais detalhes sobre explosões como essa e ajudar a entender melhor como o Universo criou seus elementos mais valiosos.

Segundo Patel, o mais curioso é imaginar que esses eventos podem ter acontecido desde os primeiros momentos do cosmos. Isso explicaria por que algumas galáxias jovens já possuem tantos metais pesados.

A descoberta reforça a ideia de que até os objetos mais preciosos da Terra nasceram de eventos extremos no espaço.

Com informações de Jornal da Fronteira.

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Romário Pereira de Carvalho

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