O lançamento da DeepSeek pela China abalou Wall Street, destruiu trilhões em valor de mercado e colocou o Vale do Silício na defensiva, entenda como os chineses tomaram a dianteira da revolução da inteligência artificial
Em menos de 30 dias, a China fez o que ninguém imaginava: abalou as estruturas do Vale do Silício com o lançamento do DeepSeek, seu novo modelo de inteligência artificial. O impacto foi brutal. Mais de 1 trilhão de dólares evaporou da NASDAQ, com a Nvidia perdendo sozinha essa mesma quantia em valor de mercado.
Enquanto isso, a bolsa de Hong Kong, que abriga as big techs chinesas, disparou 20%. A revolução tecnológica trocou de endereço, e agora o mundo está prestes a falar mandarim com sotaque digital.
Quando a China decidiu não ficar para trás
Tudo começou com um momento Sputnik moderno. Em 2016, quando o AlphaGo venceu o campeão mundial de Go, um jogo milenar e mais complexo que o xadrez, a China percebeu que estava atrasada na corrida pela inteligência artificial.
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Desde então, o país mergulhou em investimentos pesados em universidades, pesquisa básica e inovação tecnológica. Universidades públicas como a Zheijang, berço de engenheiros da DeepSeek, subiram nos rankings mundiais e aram a colaborar com o setor privado em ritmo acelerado.
DeepSeek: o novo “McIntosh” da inteligência artificial
O lançamento do modelo R1, com desempenho comparável ao GPT-4 da OpenAI, mas operando a apenas 2% do custo, não foi só um feito técnico, foi um golpe de mestre. A China entregou ao mundo um modelo de IA de código aberto, mais eficiente, com custo operacional quase zero e que roda em laptops. Sim, enquanto as big techs americanas lutam para manter monstros devoradores de energia, os chineses colocam IA poderosa ao alcance de qualquer um.
O Vale do Silício não viu isso chegando
E a resposta foi o desespero. Microsoft reduziu investimentos em data centers, Google perdeu bilhões em ações, e a OpenAI… chorou. Acusou a China de usar dados indevidamente, mesmo depois de anos baseando seu próprio crescimento na “liberdade criativa” de copiar conteúdos sem autorização.
A hipocrisia ficou evidente. O que o Vale celebrava como inovação disruptiva agora virou “roubo de propriedade intelectual”.
Enquanto isso, em Pequim…
A DeepSeek lançou também o Janus Pro, concorrente do DALL-E, capaz de gerar imagens complexas diretamente em computadores pessoais, sem depender de superestruturas. O modelo foi construído sob embargos dos EUA, que proibiram a venda dos chips mais avançados à China.
Resultado? Os engenheiros chineses foram forçados a inovar em eficiência. E conseguiram. O que era uma limitação virou uma vantagem estratégica global.
Curiosamente, a trajetória da China agora espelha a do próprio Vale do Silício nos anos 80 e 90: pequenas equipes, modelos abertos, disruptivos, íveis. E enquanto isso, o governo americano corta verbas de educação, sufoca pesquisas e tenta criminalizar o uso de tecnologia chinesa com propostas de prisão de até 20 anos para quem usar IA made in China. É a distopia batendo à porta dos ex-líderes da inovação mundial.