Acordo firmado entre Brasil e China em maio de 2025 amplia comércio bilateral com foco na transição energética, valorização do biocombustível e novos protocolos sanitários
O governo da China, firmou em 13 de maio de 2025 um memorando com o Brasil, permitindo a entrada do etanol brasileiro no mercado chinês. Durante a visita oficial do presidente Lula a Pequim, entre 12 e 14 de maio de 2025, ele assinou o acordo. Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, oficializou o documento junto a representantes da istração Nacional de Energia da China (NEA). Dessa forma, as diretrizes estabelecidas promovem cooperação energética entre os dois países, favorecendo, inclusive, futuras iniciativas sustentáveis. Esse entendimento, contribui diretamente para o programa chinês E10, que prevê a mistura de até 10% de etanol na gasolina. O governo retomou o programa em 2025, após adiar sua implementação por vários anos.
Exportações de biocombustíveis brasileiros são ampliadas com foco em metas ambientais
O memorando reconhece o papel do etanol na transição energética, especialmente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa conforme as metas do Acordo de Paris. O texto também menciona os benefícios socioeconômicos e ambientais do etanol de baixo carbono, considerando sua contribuição para a mobilidade sustentável e o desenvolvimento rural. A iniciativa também está alinhada às metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, atualizadas em 2023, para a neutralidade de carbono até 2050.
Ministério de Minas e Energia destaca potencial econômico da medida
Durante coletiva em 13 de maio, o ministro Alexandre Silveira destacou que o Brasil pretende colaborar tecnicamente com a China na redução de emissões no setor de transporte. Segundo Silveira, o programa “Combustível do Futuro”, lançado em 2021, representa a base para essa cooperação, combinando descarbonização com estímulo à indústria nacional de biocombustíveis. O ministro também ressaltou que a ampliação das exportações favorece a geração de empregos e renda, especialmente no setor sucroenergético e entre pequenos produtores.
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Mercado de subprodutos do etanol é aberto ao Brasil com nova regulamentação
O protocolo firmado em maio de 2025 também viabiliza a exportação brasileira de DDGs (grãos secos de destilaria), utilizados principalmente na alimentação animal. Os Estados Unidos, até então líderes no fornecimento desses produtos à China, representaram 99,6% das importações chinesas de DDGs em 2024, conforme dados da istração Geral das Alfândegas da China. O Brasil, que vem expandindo sua produção de etanol de milho desde 2016, a a disputar esse mercado com a perspectiva de crescimento no segmento de nutrição animal.
Produção nacional de etanol e DDGs se expande para atender a novos mercados
A União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) divulgou, em 10 de maio de 2025, que pelo menos dez novas usinas estão em fase de construção em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná. Essas unidades devem entrar em operação entre 2025 e 2027, com potencial para atender à crescente demanda internacional por etanol e DDGs. A produção brasileira de DDGs pode atingir 5 milhões de toneladas na safra 2025/2026, conforme relatório técnico da UNEM publicado em abril de 2025.
Exportação de carnes e pescado também é contemplada no pacote de acordos
Além do etanol e dos DDGs, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou, em 14 de maio de 2025, a de novos protocolos sanitários com a China. Esses acordos envolvem a exportação de carne de frango e produtos da pesca extrativa, ampliando o escopo da cooperação comercial firmada entre os dois países. A iniciativa reforça a diversificação da pauta de exportações brasileiras para a China, maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.
Parceria contribui para políticas energéticas sustentáveis e alinhamento internacional
O memorando representa, portanto, um avanço significativo nas relações bilaterais e, ao mesmo tempo, promove práticas sustentáveis em escala global, conforme fontes oficiais. Além disso, o acordo fortalece a posição do Brasil no cenário internacional, especialmente quando se trata da transição energética e do uso de biocombustíveis e fontes renováveis. Essa cooperação também reforça os compromissos da Agenda 2030 da ONU e está alinhada às metas globais de sustentabilidade, inovação e responsabilidade ambiental.