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China aposta em biobateria que usa bactérias vivas para gerar energia sustentável

Escrito por Carla Teles
Publicado em 01/05/2025 às 21:18
Atualizado em 07/05/2025 às 09:23
China aposta em biobateria que usa bactérias vivas para gerar energia sustentável
A China está investindo em biotecnologia para criar baterias que geram energia com bactérias vivas. Essa inovação mostra que o país quer liderar o futuro da energia sustentável.

Novo dispositivo portátil chinês transforma metabolismo bacteriano em eletricidade limpa e autônoma

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências desenvolveram uma biobateria inovadora que converte a atividade de microrganismos vivos em energia elétrica. Com mais de 99% de eficiência e potencial de recarga automática, a tecnologia representa um avanço inédito no campo da energia sustentável, segundo o portal Interesting Engineering.

Energia sustentável com base em microrganismos vivos

A China acaba de revelar uma inovação que pode mudar a forma como o mundo produz energia sustentável. Cientistas do Shenzhen Institutes of Advanced Technology, ligados à Academia Chinesa de Ciências, criaram uma biobateria que transforma o metabolismo de bactérias eletroativas em eletricidade. A principal vantagem? O dispositivo não precisa de fontes externas de energia para funcionar, ele mesmo se recarrega, como mostra a reportagem da Interesting Engineering.

Essa biobateria portátil alcançou uma eficiência coulômbica superior a 99,5% em 50 ciclos de carga e descarga. Isso significa que praticamente toda a energia gerada pelas bactérias é aproveitada com perdas mínimas. Além disso, a viabilidade dos microrganismos foi mantida em níveis altos: cerca de 70% de atividade durante a operação e 97,6% ao final, o que garante durabilidade e estabilidade ao sistema.

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Materiais vivos e impressão 3D reforçam a inovação em energia sustentável

A imagem mostra como cientistas usam bactérias vivas (S. oneidensis) para criar uma biobateria impressa em 3D. Essa bateria gera energia que pode ser armazenada e usada para estimular neurônios, mostrando uma aplicação direta em saúde e tecnologia. (Reprodução/SIAT/Interesting Engineering)
A imagem mostra como cientistas usam bactérias vivas (S. oneidensis) para criar uma biobateria impressa em 3D. Essa bateria gera energia que pode ser armazenada e usada para estimular neurônios, mostrando uma aplicação direta em saúde e tecnologia. (Reprodução/SIAT/Interesting Engineering)

O dispositivo é construído com hidrogéis vivos, compostos por biofilmes bacterianos encapsulados em uma matriz de alginato. Esses componentes são moldados com precisão usando impressão 3D, mantendo propriedades biológicas ativas, como a eletroatividade. Essa característica permite que os microrganismos gerem e conduzam elétrons, além de promoverem a redução de óxido de grafeno, um elemento essencial para o bom funcionamento do sistema e fundamental na produção de energia sustentável com baixo impacto ambiental.

O estudo, também divulgado na Cell Reports Physical Science, mostra que essa abordagem bioengenheirada é mais do que um experimento: trata-se de uma plataforma viável para desenvolver novas formas de energia sustentável, especialmente para aplicações em dispositivos biomédicos e sensores de alta precisão.

Biobaterias: futuro promissor da energia sustentável

O avanço chinês mostra que a energia sustentável não precisa depender apenas de fontes tradicionais como sol ou vento. Ao aproveitar processos biológicos, como o metabolismo bacteriano, a ciência amplia as fronteiras da geração energética com baixa pegada de carbono. A biobateria pode servir como base para tecnologias de uso médico, ambiental e até militar, onde confiabilidade e autonomia são cruciais.

Segundo o portal ScienceDaily, que também repercutiu o tema, esse tipo de solução com materiais vivos integra inovação e responsabilidade ambiental, abrindo espaço para baterias biodegradáveis e sistemas mais seguros de armazenamento de energia.

Tecnologia chinesa reforça liderança em soluções verdes

Esse projeto reforça o papel da China como líder em tecnologias voltadas para energia sustentável. A integração entre biotecnologia, impressão 3D e engenharia de materiais resulta em soluções que atendem à demanda global por sistemas energéticos mais limpos e eficientes. A biobateria, nesse contexto, mostra que é possível produzir energia a partir da vida, literalmente, e com impactos ambientais minimizados.

O desenvolvimento dessa tecnologia sinaliza uma tendência global: usar a natureza como aliada para garantir energia sustentável e de baixo custo, sem comprometer o equilíbrio ambiental ou depender exclusivamente de recursos não renováveis.

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Carla Teles

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