Aeronave canadense mistura voo vertical e horizontal, pode pousar em telhados e promete autonomia superior aos eVTOLs convencionais.
Uma nova aeronave promete mudar o jeito de voar. O Cavorite X7, criado pela Horizon Aircraft, no Canadá, é uma máquina diferente.
Ele pode decolar como um helicóptero, voar como um avião e pousar em espaços pequenos, como telhados de hospitais e helipontos. Seu design inovador mistura características que ampliam suas possibilidades de uso.
Ao contrário de muitos eVTOLs — veículos elétricos de decolagem e pouso vertical —, o Cavorite X7 não se parece com um drone cheio de hélices.
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Ele tem o formato de um avião convencional, mas com um segredo: ventiladores escondidos nas asas. Esses ventiladores permitem que ele decole e pouse verticalmente, mesmo em locais apertados, dispensando pistas tradicionais.
Como o Cavorite X7 funciona
O Cavorite X7 traz uma combinação única de tecnologias. Enquanto muitos eVTOLs usam rotores expostos ou sistemas de tiltrotores para mudar de voo vertical para voo horizontal, o X7 usa um sistema de 14 ventiladores elétricos.
Eles estão escondidos dentro das asas e nos canards dianteiros, que são pequenas aletas próximas ao nariz da aeronave.
Durante a decolagem e o pouso, esses ventiladores geram o empuxo necessário para levantar a aeronave verticalmente, semelhante a um drone. Depois que está no ar, painéis especiais deslizam e cobrem os ventiladores, transformando o voo em um deslocamento horizontal como o de um avião comum.
Com essa tecnologia, o Cavorite X7 pode alcançar uma velocidade máxima de 462 km/h e um alcance de 800 km. Esse desempenho é muito superior ao de outros táxis aéreos elétricos, chegando a cobrir cinco vezes a distância desses concorrentes.
Sistema híbrido garante mais autonomia
Um dos maiores desafios dos eVTOLs é a limitação de alcance e o longo tempo de recarga das baterias. O Cavorite X7 resolve isso com um sistema híbrido inteligente.
Os 14 ventiladores elétricos são responsáveis pelo voo vertical e pairado, mas, durante o voo horizontal, quem comanda é um motor de turbina a gás.
Esse motor não só move a hélice traseira como também recarrega as baterias durante o voo. Assim, ao concluir a viagem, o avião pousa com as baterias carregadas, pronto para levantar voo novamente, sem depender de recarga na tomada.
Esse modelo híbrido permite maior autonomia e reduz o tempo de espera entre os voos, aumentando a eficiência nas operações. Além disso, o design híbrido também oferece vantagens de segurança, um dos focos principais do projeto.
Segurança: um diferencial importante
A segurança foi prioridade no desenvolvimento do Cavorite X7. Como cada ventilador atua de forma independente, o sistema consegue compensar eventuais falhas durante o voo. Em testes realizados, o avião conseguiu pairar mesmo com 30% dos ventiladores desligados.
Outro recurso importante é o sistema automático de proteção contra estol — quando a aeronave perde sustentação. Se o avião desacelera demais durante o voo, as asas se abrem automaticamente, acionando os ventiladores e estabilizando o voo.
Segundo Brandon Robinson, cofundador e CEO da Horizon Aircraft, esse funcionamento facilita o diálogo com órgãos reguladores, como a FAA (istração Federal de Aviação dos Estados Unidos). “Vejam, este é um avião normal. Nunca precisa ser um VTOL. A parte VTOL deste avião é apenas uma camada de segurança adicional. Está tudo pronto para voar”, afirmou Robinson em entrevista ao New Atlas.
Compacto e versátil para vários tipos de operação
O Cavorite X7 foi projetado para atender diferentes cenários de operação. Sua envergadura é de 15 metros e o comprimento da fuselagem chega a 11,5 metros. Com essas dimensões, ele consegue operar em locais limitados, como helipontos urbanos, áreas remotas ou telhados de prédios.
A capacidade de carga também é destaque. Ele pode transportar até seis ageiros e um piloto. No modo de decolagem vertical, a até 680 kg de carga. Já em decolagem convencional, a capacidade sobe para 815 kg. O peso máximo de decolagem da aeronave é de 2.500 kg.
Essas características fazem do X7 uma opção viável tanto para o transporte de ageiros quanto para o envio de suprimentos a áreas de difícil o, como zonas de desastre.
Aguardando certificação
Embora o projeto já esteja avançado, o Cavorite X7 ainda depende da certificação oficial para voar comercialmente. Segundo a Horizon Aircraft, o objetivo é obter aprovação para voar tanto em condições visuais quanto por instrumentos, permitindo operações em qualquer tipo de clima.
Outro ponto destacado pela empresa é a segurança do modelo em condições climáticas adversas. O X7 foi “projetado para máxima segurança em todas as condições climáticas, tendo como meta de certificação o voo em condições conhecidas de formação de gelo”, informou a equipe da Horizon.
O Cavorite X7 representa uma nova etapa na aviação, unindo a flexibilidade dos helicópteros com o desempenho dos aviões. Se aprovado, pode inaugurar uma nova categoria de aeronaves para o transporte urbano e emergencial.
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É tom bom, que parece mentira! Qual será o preço ?