Petróleo tem pior desempenho mensal desde 2021, pressionado por rumores sobre a Arábia Saudita, dados fracos dos EUA e sinais de demanda menor na China
Os contratos futuros de petróleo terminaram abril com forte desvalorização. Nesta quarta-feira (30), o barril do WTI para junho caiu 3,66%, encerrando o dia cotado a US$ 58,21. Já o Brent para julho recuou 3,51%, fechando em US$ 61,06. No acumulado do mês, o Brent teve queda de 15% e o WTI caiu 18%. Foi a maior baixa mensal desde novembro de 2021.
A forte queda aconteceu após rumores de que a Arábia Saudita pode ampliar sua produção e tolerar preços mais baixos por um período prolongado.
A informação, divulgada pela agência Reuters, indicou que autoridades sauditas não têm intenção de sustentar o mercado com novos cortes na oferta. Isso elevou a pressão sobre os preços durante a sessão.
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Além disso, os contratos futuros foram influenciados por dados fracos da economia dos Estados Unidos. A contração inesperada do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e a criação de vagas de emprego abaixo do esperado no setor privado aumentaram a preocupação com a demanda por petróleo.
Outro fator que impactou o mercado foi a valorização do dólar no exterior, o que costuma pressionar os preços da commodity. Apesar disso, houve um dado que puxou os preços para cima durante parte da sessão: a queda nos estoques de petróleo nos EUA.
Segundo o Departamento de Energia, os estoques recuaram 2,696 milhões de barris na semana ada, contrariando as expectativas de alta.
Na Ásia, as três maiores companhias de energia da China sinalizaram uma demanda mais fraca por derivados de petróleo. Também indicaram preços mais baixos do petróleo bruto na segunda maior economia do mundo. A combinação desses fatores contribuiu para intensificar a queda dos preços ao longo de abril.
Com informações de Infomoney.