Laysa Peixoto, jovem mineira, desafia barreiras históricas da exploração espacial ao ser escolhida para voo pioneiro de empresa privada em 2029, abrindo caminho para uma nova era do turismo espacial brasileiro e internacional.
Laysa Peixoto, jovem mineira de 22 anos natural de Contagem, está prestes a fazer história como a primeira mulher brasileira a embarcar em uma missão espacial.
Selecionada para integrar a equipe da empresa privada Titans Space, ela será parte do voo inaugural da companhia previsto para 2029.
A Titans Space é uma empresa relativamente nova, fundada em 2021 com o objetivo de democratizar o o ao espaço por meio de voos comerciais.
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O voo que Laysa vai participar terá duração aproximada de cinco horas, sendo três delas em gravidade zero, a bordo da espaçonave Titans Genesis, atualmente em desenvolvimento.
Segundo a empresa, o projeto prevê um sistema de associação para clientes de alto poder aquisitivo, que pagam entre US$ 25 milhões e US$ 35 milhões para adquirir um título vitalício, com direito a múltiplas viagens na órbita terrestre baixa.
O financiamento desses investidores é fundamental para o desenvolvimento tecnológico necessário para viabilizar o turismo espacial privado.
A tripulação do voo inaugural será comandada por William S. McArthur, astronauta veterano da NASA que participou de três missões no ônibus espacial.
Laysa Peixoto já tem uma trajetória notável na área aeroespacial, com experiência na NASA desde 2023, quando começou a colaborar no desenvolvimento de projetos e tecnologias voltadas à exploração espacial.
Em suas redes sociais, ela destacou o significado histórico da missão:
“É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira.”
Mas como uma jovem de apenas 22 anos conquistou essa oportunidade?
A resposta está em uma trajetória repleta de conquistas acadêmicas e científicas desde a adolescência.
Trajetória e descobertas da jovem brasileira na NASA
Em 2020, Laysa conquistou medalha de prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, além da medalha de bronze na Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica.
Aos 18 anos, durante uma campanha promovida pela NASA em parceria com a International Astronomical Search Collaboration (IASC), ela descobriu um novo asteroide, que recebeu o nome provisório de LPS0003, referência às suas iniciais.
Laysa iniciou sua formação em Física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também atuou no Observatório Astronômico da instituição.
Com 19 anos, ingressou na NASA para colaborar no desenvolvimento da sonda MADSS, programada para ser lançada a Saturno em 2029, e na tecnologia AquaMoon, destinada à extração de água do subsolo lunar.
Atualmente, Laysa cursa mestrado em física quântica na Universidade Columbia, em Nova Iorque, consolidando sua base acadêmica e científica para a carreira espacial.
Sua trajetória já foi reconhecida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que concedeu a ela a medalha de honra.
Além disso, foi incluída na prestigiosa lista “30 Under 30” da revista Forbes, que destaca jovens promissores em diversas áreas.
Brasileiros que já foram ao espaço e o futuro do turismo espacial
No contexto brasileiro, apenas dois brasileiros nasceram no país e viajaram ao espaço até o momento.
Em 2006, Marcos Pontes, atual senador, foi o primeiro brasileiro a ir ao espaço, permanecendo oito dias a bordo da Estação Espacial Internacional.
Mais recentemente, em 2022, Victor Correa Hespanha participou de uma missão da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, tornando-se o segundo brasileiro a deixar a Terra.
O caminho para tornar o turismo espacial uma realidade ível ainda é longo, mas a participação de jovens talentos brasileiros como Laysa Peixoto é um marco importante nesse processo.
A expectativa é que, nos próximos anos, a exploração espacial privada cresça significativamente, abrindo oportunidades para profissionais de diversas áreas e contribuindo para avanços tecnológicos que beneficiem toda a humanidade.
Enquanto isso, o Brasil acompanha de perto essa nova fronteira, na esperança de que mais brasileiros possam ultraá-la em breve.
Será que Laysa Peixoto vai abrir caminho para uma nova geração de brasileiros que vão conquistar o espaço e colocar o Brasil entre as grandes potências da exploração espacial?