EPE apresenta estratégias para tornar a cadeia do petróleo mais limpa e sustentável até 2050
Um novo relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revela como o Brasil pode reduzir em até 30% as emissões da cadeia de petróleo até 2050. A proposta reúne soluções tecnológicas e operacionais para descarbonizar a produção nacional, com apoio do Ministério de Minas e Energia.
Brasil mira petróleo de baixo carbono com apoio da EPE
A transição energética global impõe desafios, mas também abre oportunidades para países com alto potencial em energias renováveis e eficiência operacional. É o caso do Brasil, que, segundo relatório da EPE, tem condições de se tornar referência na produção de petróleo com menor impacto ambiental. O estudo foi encomendado pelo Ministério de Minas e Energia e reúne ações para curto, médio e longo prazos.
Entre as medidas indicadas estão a redução da queima de gás natural (flaring), a adoção de tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) em campos produtores e o uso crescente de energias renováveis como solar e eólica nas operações offshore. A EPE também destaca a importância da eletrificação das plataformas e da troca de combustíveis fósseis por biocombustíveis ou gás natural nos navios de apoio.
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Ações práticas para descarbonizar o setor de petróleo
O relatório aponta que parte dessas soluções já está sendo testada no país, com projetos conduzidos por empresas como a Petrobras. Um exemplo é o uso de energia eólica para abastecer plataformas de produção no litoral brasileiro. Outro ponto estratégico é a eletrificação parcial ou total das instalações, o que reduz significativamente a emissão de CO₂.
De acordo com a EPE, com investimentos adequados e apoio internacional, o Brasil pode reduzir até 30% das emissões associadas ao petróleo nacional até 2050. Isso manteria a competitividade do país no setor energético ao mesmo tempo em que fortalece seu papel ambiental no cenário internacional.
O papel do petróleo na transição energética
Mesmo com o avanço das fontes renováveis, o petróleo ainda será necessário nas próximas décadas, principalmente em setores como aviação, transporte marítimo e indústria química, que ainda dependem fortemente de derivados. O desafio, segundo a EPE, é tornar essa produção o mais limpa possível, utilizando a ciência e a inovação como aliados.
O relatório completo está disponível no portal Diálogos da Transição, do site Eixos, que divulgou os dados em primeira mão. A publicação reforça que, além da tecnologia, será preciso um esforço conjunto entre governo, empresas e sociedade para colocar as propostas em prática.