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Brasil e China prestes a fechar parceria BILIONÁRIA mesmo com pressão política e preocupação com indústria! O que você acha disso?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/10/2024 às 18:45
Brasil e China prestes a fechar acordo bilionário. O que está em jogo para a indústria brasileira e como isso pode impactar o futuro?
Brasil e China prestes a fechar acordo bilionário. O que está em jogo para a indústria brasileira e como isso pode impactar o futuro?

Brasil e China estão perto de fechar uma parceria bilionária. Com pressões internas e temores pela indústria nacional, será essa a decisão certa?

O Brasil se encontra em uma encruzilhada estratégica e geopolítica.

Uma possível parceria bilionária com a China, envolvendo a adesão à Nova Rota da Seda, está prestes a ser definida, enquanto interesses políticos e econômicos disputam o rumo dessa negociação.

Com um anúncio iminente na visita do presidente chinês Xi Jinping, em novembro, o governo brasileiro trabalha para equilibrar interesses conflitantes.

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No centro das discussões, está a Nova Rota da Seda, uma iniciativa ambiciosa da China para expandir suas relações comerciais por meio de investimentos em infraestrutura e energia em países parceiros.

No Brasil, a possível adesão ao projeto tem dividido opiniões dentro do governo.

De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (18), a ala política, liderada pelo ministro Rui Costa (Casa Civil) e com apoio da ex-presidente Dilma Rousseff, que hoje comanda o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) em Xangai, defende abertamente a parceria.

A ex-presidente, inclusive, participou de discussões importantes sobre o tema.

Enquanto a parte política vê na Nova Rota da Seda uma oportunidade para financiar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ampliar a infraestrutura e impulsionar a competitividade do Brasil, a ala econômica demonstra maior cautela.

Conforme informações da Folha de São Paulo, economistas do governo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acreditam que o acordo com a China deve incluir mecanismos de proteção para a indústria nacional e transferência de tecnologia, evitando que o setor industrial brasileiro seja prejudicado por uma abertura excessiva aos produtos chineses.

O dilema econômico e político

Para avançar nessas negociações, o ministro Rui Costa já viajou à China com uma delegação brasileira no dia 13 de outubro, com o objetivo de ajustar os detalhes finais dessa possível adesão à Nova Rota da Seda.

A visita de Xi Jinping ao Brasil, que está prevista para acontecer logo após a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, pode ser o momento de oficializar essa importante parceria.

Por outro lado, a resistência de setores da economia brasileira preocupa os negociadores.

Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, há uma grande preocupação entre os industriais com o possível impacto de um acordo que favoreça mais a China do que o Brasil.

Esse setor teme que o acordo aumente a desigualdade nas condições comerciais entre empresas brasileiras e chinesas, ampliando a dependência de produtos importados e fragilizando ainda mais a indústria nacional.

O papel da ex-presidente Dilma Rousseff

Dilma Rousseff, uma das maiores defensoras da adesão do Brasil à Nova Rota da Seda, está sendo vista como uma figura-chave no processo.

Segundo interlocutores ouvidos pela Folha de São Paulo, ela tem usado sua posição à frente do NDB para ressaltar as vantagens da parceria com a China, argumentando que o Brasil deve aproveitar todas as oportunidades disponíveis.

A ex-presidente participou recentemente de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros do governo, como Fernando Haddad e Mauro Vieira (Relações Exteriores), onde o tema foi amplamente discutido.

Durante essa reunião, foi reforçada a necessidade de avaliar com cautela as implicações de um acordo com os chineses, especialmente no que diz respeito à proteção do setor industrial brasileiro.

Os detalhes da Nova Rota da Seda e o impacto no Brasil

A Nova Rota da Seda, cujo nome oficial é Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), é uma agenda chinesa que já resultou em mais de US$ 2 trilhões em contratos ao redor do mundo.

Esse plano busca expandir as relações comerciais da China, construindo portos, ferrovias, aeroportos e parques industriais em vários países.

O Brasil, no entanto, é um dos poucos países da América Latina que ainda não aderiu à iniciativa.

Durante a visita de Lula a Pequim no ano ado, o governo brasileiro foi pressionado a tomar uma posição sobre o tema, mas preferiu aguardar.

Agora, com a aproximação da visita oficial de Xi Jinping ao Brasil, há uma crescente expectativa de que o governo finalmente decida entrar no projeto.

Conforme apurou a Folha de São Paulo, o governo brasileiro acredita que a parceria com a China pode ser uma via de mão dupla, oferecendo oportunidades de cooperação em áreas como saúde, semicondutores, satélites e agricultura.

Interesses geopolíticos em jogo

Além dos aspectos econômicos, o acordo com a China também traz implicações geopolíticas importantes.

Conforme destacou Celso Amorim, assessor especial da presidência para assuntos internacionais, o Brasil deve se posicionar estrategicamente no contexto global, reforçando parcerias tanto com a China quanto com potências ocidentais, em busca de um mundo multipolar.

Amorim defende que essa nova parceria estratégica pode fortalecer o papel do Brasil em negociações bilaterais, como as tratativas de um possível acordo de paz para o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O futuro das negociações

A hesitação em fechar um acordo rapidamente se deve ao receio de que a adesão à Nova Rota da Seda possa gerar dependências econômicas excessivas e desequilíbrios comerciais.

Membros da equipe econômica defendem que a parceria seja feita com cautela, garantindo que o Brasil não perca sua autonomia em negociações comerciais futuras.

Segundo a Folha de São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin também ressaltou que o Brasil precisa analisar cuidadosamente seus interesses antes de tomar qualquer decisão.

Ele afirmou, em entrevista recente, que “comércio é reciprocidade”, indicando que o governo buscará garantias de benefícios mútuos no acordo com os chineses.

O que você acha dessa nova parceria entre Brasil e China? A indústria brasileira corre o risco de ser prejudicada, ou esse é o caminho certo para o desenvolvimento do país? Deixe sua opinião nos comentários!

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Waldir
Waldir
19/10/2024 14:30

O Brasil não deve fazer esse acordo, certamente prejudicará o comércio e indústrias do nosso país

Vicente José Tedesco
Vicente José Tedesco
19/10/2024 14:37

Tudo que é feito com integrantes do PT e coligados é revestido de falcatrua, sem a mínima preocupação em beneficiar a população brasileira, devidamente apoiados pelas facções criminosas. O Brasil está entregue à incompetência, à corrupção desenfreada, aos desmandos e à falta de liberdade. Esse é o pior caminho para um país como o Brasil se desenvolver e ocupar as primeiras posições mundiais. O futuro do jovem brasileiro é o pior possível com esse governo de um presidiário liberado pelo STF para saquear o Brasil e entregá-lo de mão beijada à China, entre outros.

Antônio
Antônio
Em resposta a  Vicente José Tedesco
19/10/2024 20:52

É estás querendo ficar e continuar na rabeira do desenvolvimento. Quem sabe ficar sempre sendo capacho dos estados unidos!

mariza
mariza
30/10/2024 06:41

Nao sou favoravel a essas negociacoes. O Brasil nao precisa dessas negociacoes que envolve o perigo de uma perda irreparavel futura.. O Brasil pode comprar produtos,maquinarios necessarios de qualquer tipo..Para o desemvolvimento nacional. Somos sempre um PAIZ livre. Nao a bancos
Que possa desviar dinheiro dos fundos da nacao. ( Brinks) “Proteger o Paiz e democracia”.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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