Além das disparadas constantes nos preços dos combustíveis, conflito entre a Rússia e Ucrânia pode gerar escassez e abastecimentos gasolina e diesel no Brasil
Um dos reflexos do conflito Rússia x Ucrânia que mais impacta os brasileiros é o aumento do valor dos combustíveis. Sabe-se que o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não em derivados. Neste sentido, o presidente da Rodoil, maior distribuidora de combustíveis do sul do Brasil, Roberto Tonietto, alerta para a carência de produtos refinados, como diesel e gasolina – produtos que tendem a se tornar mais escassos conforme o avanço do conflito.
Conforme o presidente da Rodoil, Roberto Tonietto, o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não em derivados. Reflexos do conflito Rússia-Ucrânia podem piorar nos próximos meses.
Assista o vídeo abaixo e confira com detalhes o parecer do especialista sobre o impacto no Brasil do conflito Rússia x Ucrânia
“Já vínhamos enfrentando alguns problemas de abastecimento de gasolina e diesel do mercado em função dos lockdowns e as consequentes paradas na produção de derivados. A retomada na produção não acompanhou o ritmo de demanda e com o cenário atual, temos um novo desafio”, afirma Tonietto.
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Segundo ele, repor rapidamente todo o volume de produção de petróleo da Rússia, que responde por 11% da produção mundial, é uma equação de difícil solução. “Mesmo com o fim da guerra esse problema levará meses até ser resolvido. Talvez cheguemos até o final de 2023 para essa questão estrutural ter uma solução”, avalia.
Não há risco de faltar petróleo no Brasil, mas o déficit em produtos refinados como o diesel e gasolina é preocupante e merece atenção
Com relação ao cenário nacional, Tonietto frisa que não há risco de faltar petróleo no Brasil, mas o déficit em produtos refinados como o diesel e gasolina é preocupante e merece atenção. “Processamos cerca de 70% da nossa necessidade e compramos 30% do refinado de fora. O problema não está no petróleo, mas nos derivados, que geram dificuldade de abastecimento do mercado interno. O consumidor ainda não sentiu o problema da falta de produto, mas as distribuidoras e postos já vêm sentindo, sim, problemas de escassez de produto. Porém, estamos nos mobilizando para encontrar soluções a fim de garantir o fluxo de abastecimento interno”, finaliza.
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