Sentir sono o tempo todo pode parecer normal, mas pode indicar distúrbios graves. Especialistas alertam para riscos à saúde, acidentes e queda no desempenho diário
Sentir sono o dia inteiro não é normal. Apesar de comum, a sonolência excessiva — muitas vezes acompanhada de bocejos frequentes — pode sinalizar algo mais sério. A Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) alerta: esse cansaço constante pode levar a riscos significativos, como acidentes, erros profissionais e doenças crônicas.
Eric Olson, presidente da AASM, explica que muitas pessoas recorrem ao café para se manter acordadas, mas isso pode esconder um déficit de sono.
Estudos evidenciam que dormir mal está ligado a problemas como diabetes, depressão, doenças cardíacas e pressão alta. Nos Estados Unidos, um terço dos adultos relata enfrentar sonolência durante o dia.
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Sinais que costumam ser ignorados
Segundo especialistas, um dos sinais mais ignorados é cochilar em situações inusitadas, como durante reuniões. Kristen Knutson, pesquisadora do sono, destaca que esse comportamento pode indicar distúrbios que prejudicam a saúde e o desempenho no trabalho ou nos estudos.
Indira Gurubhagavatula, professora de medicina do sono, alerta que pessoas privadas de sono por longos períodos podem nem perceber o quão afetadas estão.
Ela cita testes cerebrais que revelam erros frequentes em pessoas sonolentas, mesmo quando elas acham que estão bem. A especialista também menciona os “microssonos”, que são breves episódios em que a pessoa adormece por segundos sem perceber.
Como medir o nível de sonolência
Para avaliar os bocejos e a gravidade da sonolência, uma das ferramentas recomendadas é a Escala de Sonolência de Epworth. Esse teste analisa a chance de alguém adormecer em atividades rotineiras.
Uma pontuação acima de 10 já exige atenção médica. Com o avanço da privação de sono, surgem sinais como olhos pesados, postura caída e impulsividade.
Principais causas do problema
Entre as causas mais comuns da sonolência estão distúrbios como apneia, insônia e síndrome das pernas inquietas. Condições como dor crônica e o uso de certos remédios também podem influenciar.
O estilo de vida tem papel importante. O consumo exagerado de álcool ou cafeína, por exemplo, afeta diretamente a qualidade do sono.
Alerta sobre álcool e maconha
Especialistas explicam que, embora o álcool facilite o início do sono, ele pode interrompê-lo ao longo da noite. Já a maconha, segundo estudos, reduz a eficiência do sono e aumenta a sensação de fadiga no dia seguinte, levando a bocejos frequentes.
Assim, manter hábitos saudáveis e buscar ajuda médica ao perceber sinais persistentes de cansaço pode evitar consequências mais graves no futuro.
Com informações de Correio Braziliense.