Redução de emissões e menor uso de termelétricas marcam impacto da usina em 2025, segundo dados oficiais
A Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada no estado do Pará, registrou, em 2025, um impacto ambiental relevante, conforme informações do site da Norte Energia. Até 17 de março, a usina evitou, portanto, a emissão de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂). Isso ocorreu porque ela substituiu fontes mais poluentes, como as termelétricas a gás, por energia renovável, contribuindo assim para a sustentabilidade ambiental.
Esse número, portanto, representa uma contribuição significativa para a redução de gases de efeito estufa no Brasil. Além disso, segundo estimativas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), esse volume equivale à retirada de cerca de 1,1 milhão de veículos das ruas por dia.
Geração em picos de consumo reduziu uso de fontes fósseis
Em 24 de fevereiro de 2025, durante um pico de consumo nacional, Belo Monte respondeu por 12% da demanda de energia elétrica do país, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Nesse dia, a usina gerou 9.499,50 MWmed, o que contribuiu para evitar a emissão de cerca de 93 mil toneladas de CO₂.
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Esse desempenho, portanto, destaca a importância da usina em momentos críticos do sistema elétrico. Além disso, segundo o ONS, aproximadamente 53 milhões de pessoas foram abastecidas com a energia gerada por Belo Monte naquele dia.
Desde o início de sua operação integral em novembro de 2019, com todas as 18 Unidades Geradoras em funcionamento, a usina já evitou a emissão de 77,7 milhões de toneladas de CO₂, conforme informações da Norte Energia. Esse dado reforça o papel da usina na estratégia de transição energética brasileira.
Estudos confirmam desempenho ambiental positivo no longo prazo
Um estudo conduzido pela COPPE/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), divulgado em 2022, classificou Belo Monte entre as cinco usinas hidrelétricas com menor intensidade de emissão de gases de efeito estufa no Brasil. A análise avaliou a emissão de gases provenientes da área alagada da usina no bioma amazônico.
De acordo com a pesquisa, as emissões diminuíram progressivamente entre o quinto e o décimo ano de operação, o que aponta para um desempenho ambiental mais eficiente ao longo do tempo. Essas informações ajudam a embasar o debate técnico sobre o papel das hidrelétricas na transição para uma matriz mais limpa.
Além do controle de emissões, a usina também auxilia na estabilização dos reservatórios de outras hidrelétricas, sobretudo em períodos de seca, o que reforça seu papel estratégico para a segurança energética nacional.
Belo Monte liderou geração entre hidrelétricas no início de 2025
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Belo Monte foi a usina hidrelétrica que mais gerou energia no país entre janeiro e fevereiro de 2025.
No mesmo período, 84,25% da energia gerada no Sistema Interligado Nacional (SIN) veio de fontes renováveis. Dentre esse total, 55% foram gerados por usinas hidrelétricas, o que confirma a relevância dessa tecnologia para a matriz elétrica brasileira.
Esse cenário destaca a importância de Belo Monte no contexto da transição energética, que exige o uso cada vez maior de fontes limpas, sustentáveis e de larga escala.
Transparência e compromisso com diretrizes ambientais
Além de reforçar a segurança energética, Belo Monte também contribui para o abastecimento em larga escala e o cumprimento das metas climáticas internacionais do Brasil.
Entre essas metas, destacam-se os compromissos do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.
Em especial, destaca-se o ODS 7, que promove o o universal a energia limpa, segura, sustentável e ível para todos.
O projeto também serve como base para reflexões sobre boas práticas ambientais e aperfeiçoamento da gestão energética. A usina atua dentro dos marcos regulatórios ambientais brasileiros, que envolvem monitoramento constante, licenciamento e relatórios de impacto.