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Banco Central revela maior fuga de dólares desde a pandemia e acende alerta sobre pressão no mercado financeiro

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 09/04/2025 às 21:44
Banco Central registra saída líquida de US$ 8,3 bilhões em março, pior resultado desde a pandemia; fuga de dólares pressiona mercado financeiro e acende alerta sobre instabilidade cambial.
Banco Central registra saída líquida de US$ 8,3 bilhões em março, pior resultado desde a pandemia; fuga de dólares pressiona mercado financeiro e acende alerta sobre instabilidade cambial.

Saída líquida de US$ 8,3 bilhões em março supera marca registrada em 2020 e revela forte impacto da crise internacional nas contas externas brasileiras, segundo o Banco Central

Março terminou com um baque histórico para a economia brasileira. Dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Banco Central mostram que o país registrou uma saída líquida de US$ 8,3 bilhões — o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1982. A última vez que o Brasil viu algo parecido foi em março de 2020, no auge da pandemia da Covid-19.

Canal financeiro lidera a sangria cambial

Segundo o relatório do Banco Central, a debandada de dólares foi puxada pela via financeira, com fuga de US$ 12,8 bilhões em março. Isso inclui movimentações como retirada de investimentos em ações e títulos, envio de lucros ao exterior por multinacionais e diminuição de aportes diretos estrangeiros no país.

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O canal financeiro reflete a percepção internacional sobre risco, juros e estabilidade — e neste momento, o Brasil parece estar perdendo pontos nesse jogo.

Comércio internacional ainda segura parte da pressão

Apesar do rombo financeiro, o canal comercial, responsável pelas exportações e importações, registrou entrada de US$ 4,5 bilhões em março. Ou seja, o saldo das vendas de bens e serviços ao exterior ainda foi positivo, o que evitou um estrago maior nas contas externas.

Mesmo assim, o impacto da fuga financeira, conforme o Banco Central, fez o saldo total do fluxo cambial ficar no vermelho — e com força.

No acumulado do ano, rombo a de US$ 15 bilhões

Brasil está enfrentando dificuldades no setor externo, o que pode impactar o dia a dia de todos os brasileiros, principalmente no custo de vida. É um sinal do Banco Central para acompanhar com atenção — e para que governo e Banco Central reajam com firmeza para manter a economia estável.
Brasil está enfrentando dificuldades no setor externo, o que pode impactar o dia a dia de todos os brasileiros, principalmente no custo de vida. É um sinal do Banco Central para acompanhar com atenção — e para que governo e Banco Central reajam com firmeza para manter a economia estável.

Somando os três primeiros meses de 2024, o Brasil já acumula um déficit de US$ 15,8 bilhões no fluxo cambial. Desse total, US$ 23,1 bilhões saíram pelo canal financeiro, enquanto US$ 7,3 bilhões entraram pela via comercial.

Esse desequilíbrio, segundo o próprio Banco Central, é um reflexo direto da instabilidade global agravada pelo “tarifaço” de Trump contra o aço e alumínio brasileiros, que gerou insegurança entre investidores internacionais.

Dólar caiu, mas o clima é de incerteza

Curiosamente, mesmo com a fuga de dólares, a moeda norte-americana caiu 3,51% em março e 7,63% no trimestre, sendo negociada nesta quarta-feira (9) a R$ 5,84 — uma reação imediata à pausa parcial nas tarifas americanas anunciada por Trump. No entanto, a volatilidade segue alta, e o próprio Banco Central tem atuado para tentar estabilizar o câmbio.

Entenda o papel do Banco Central nesse cenário

O Banco Central é o órgão responsável por monitorar o fluxo cambial e garantir o equilíbrio entre entrada e saída de divisas no país. A instituição também atua no mercado por meio de operações com reservas internacionais e leilões de câmbio para conter oscilações abruptas.

Quando os investidores retiram capital do país em grande escala, o real tende a se desvalorizar, gerando pressão inflacionária e aumentando o custo de importações. Daí a importância estratégica de manter as contas externas equilibradas.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites G, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

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