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Aumento de acidentes aéreos ou maior exposição? Estatísticas derrubam mitos!

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 02/03/2025 às 18:03
Descubra se os aviões estão mais perigosos ou se é apenas percepção! Acidentes aéreos nos EUA geram preocupação, mas dados dizem o contrário.
Foto: Canva

Descubra se os aviões estão mais perigosos ou se é apenas percepção! Acidentes aéreos nos EUA geram preocupação, mas dados dizem o contrário.

Nos últimos meses, uma série de incidentes envolvendo aviões nos EUA e em outras partes do mundo gerou preocupação entre ageiros e especialistas. Com o aumento da exposição de imagens impactantes nas redes sociais, a sensação de que acidentes aéreos estão se tornando mais frequentes tem sido amplamente discutida.

Mas os dados mostram uma realidade diferente.

Acidentes aéreos nos EUA: o que dizem os números?

O Secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, afirmou recentemente à emissora CBS News que os acidentes recentes são eventos “muito específicos” e não representam uma tendência geral.

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Dados do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) mostram que a quantidade de acidentes aéreos no país tem caído ao longo dos anos, mesmo com o aumento do número de voos.

Em janeiro de 2025, foram registrados 52 acidentes aéreos nos EUA, um número menor do que o de janeiro de 2024 (58) e janeiro de 2023 (70).

Esses dados reforçam que, apesar da percepção popular, a segurança da aviação tem melhorado.

Incidentes recentes e a percepção do público

Alguns dos acidentes que geraram maior impacto na opinião pública incluem a colisão entre um avião comercial e um helicóptero militar em Washington, que deixou 67 mortos no fim de janeiro.

Além disso, um acidente envolvendo uma aeronave da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, atingida por um míssil russo, também chocou o mundo.

No Brasil, o aumento da cobertura de acidentes também gerou inquietação.

Em dezembro de 2024, um avião de pequeno porte caiu no centro de Gramado (RS), matando 10 pessoas.

Em janeiro, um acidente em Ubatuba (SP) deixou um morto e quatro feridos. No mês seguinte, outra aeronave caiu na Barra Funda, em São Paulo, vitimando duas pessoas.

Esses eventos ganharam grande repercussão nas redes sociais, com vídeos e relatos que aumentaram a percepção de insegurança.

A Associated Press realizou uma pesquisa que revelou que muitos consumidores americanos aram a confiar menos na aviação devido às imagens impactantes de acidentes compartilhadas online.

Segurança da aviação: a realidade por trás dos dados

A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que monitora acidentes aéreos globalmente, aponta que, entre 2005 e 2023, houve uma tendência clara de queda no número de acidentes por milhão de decolagens.

Segundo o professor emérito de estatística da Universidade de Cambridge, David Spiegelhalter, “eventos aleatórios tendem a se agrupar, dando a impressão errada de aumento na frequência de acidentes”.

O ex-investigador de desastres aéreos da Finlândia, Ismo Aaltonen, também reforça que a recente sequência de acidentes não indica uma queda na segurança aérea, mas sim uma infeliz coincidência de eventos distintos.

O papel das redes sociais na percepção do risco

A disseminação rápida de informações sobre desastres aéreos tem sido um dos principais fatores para a sensação de insegurança.

Um vídeo viral no TikTok, por exemplo, brincava com a ideia de que os acidentes aumentaram após a saída do ex-secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg.

Além disso, incidentes envolvendo o Boeing 737 Max, como a explosão de uma porta em pleno voo em 2024, também geraram grande repercussão e boicotes à fabricante.

Contudo, especialistas afirmam que o aumento da visibilidade desses eventos não significa que os aviões estejam mais inseguros.

Pelo contrário, a segurança continua a evoluir, com investigações minuciosas e treinamento aprimorado para pilotos em simuladores cada vez mais realistas.

Viajar de avião continua sendo seguro?

Apesar das preocupações recentes, estatísticas demonstram que a aviação ainda é a forma mais segura de transporte.

Em 2022, nos Estados Unidos, mais de 95% das mortes relacionadas ao transporte ocorreram nas estradas, enquanto menos de 1% estava ligado a voos comerciais.

Em termos de mortes por distância percorrida, houve apenas 0,001 mortes de ageiros por 100 milhões de milhas voadas, contra 0,54 em veículos de ageiros.

Diante disso, o conselho de Aaltonen é simples: “Tenha cuidado no seu trajeto até o aeroporto. Essa é a parte mais perigosa da viagem”.

BBC

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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