Explosão estelar a 3000 anos-luz poderá ser vista a olho nu, oferecendo oportunidade única para observações astronômicas e estudo de características cósmicas
No céu noturno, onde as constelações parecem fixas e imutáveis, um evento aguardado há anos vem se formando. Uma enorme explosão estelar, situada a milhares de anos-luz da Terra, está prestes a acontecer e poderá ser vista a olho nu.
Essas características surpreendentes prometem agitar a observação do espaço e atrair a atenção de astrônomos e curiosos.
T Coronae Borealis: um sistema binário
O sistema T Coronae Borealis é composto por duas estrelas localizadas a aproximadamente 3.000 anos-luz da Terra. Nele, uma anã branca e uma gigante vermelha convivem. A gigante vermelha é uma estrela em estágio final.
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O próprio Sol, um dia, se transformará em uma gigante vermelha. Já a anã branca é uma estrela extinta, com massa semelhante à do Sol, mas de tamanho comparado à Terra ou menor. Essa condição torna a anã branca extremamente densa, com uma gravidade muito forte.
A intensa gravidade da anã branca permite atrair hidrogênio da gigante vermelha. Esse gás se acumula em sua superfície, elevando a pressão e o calor. Quando o acúmulo atinge um nível crítico, ocorre uma explosão termonuclear.
Essa explosão estelar libera material acumulado no espaço. O ciclo se repete, em média, a cada 80 anos. Por isso, espera-se que a nova aconteça novamente em breve, mantendo a periodicidade.
Como detectar a explosão
O primeiro registro ocorreu no outono de 1217, quando um abade na Alemanha explodiu. Segundo a NASA, a nova será visível a olho nu e não será difícil de detectar.
Basta traçar uma linha reta entre Arcturus e Vega, duas das estrelas mais brilhantes do hemisfério norte. A constelação Corona Boreal, com formato de ferradura, situa-se a oeste da constelação de Hércules. Essas informações orientam a localização do evento no céu.
Rebekah Hounsell, do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA, afirmou que o evento será único e inspirador. Ela disse que a explosão permitirá que os jovens observem as especificidades, façam perguntas e coletem dados.
Em comparação com a nova de 1946, hoje dispomos de instrumentos inimagináveis para aquela época. Telescópios como o Fermi, o James Webb e o NuSTAR acompanharão o acontecimento. Bilhões de pessoas terão a chance de presenciar essa experiência cósmica.
Uma oportunidade extraordinária
A explosão estelar já ocorreu há cerca de 3.000 anos, e sua luz viaja agora em direção à Terra. O evento terá uma duração curta, permanecendo visível por menos de uma semana. Trata-se de uma oportunidade extraordinária para estudar a estrutura e a dinâmica das explosões estelares recorrentes.
Mesmo sendo um fenômeno que se repete, ele continua assustador e imprevisível. Muitos olhos atraídos para o céu, em busca daquele raio de luz que rompe a monotonia da noite. O fenômeno evidencia o poder surpreendente do universo e sua capacidade de revelar momentos únicos.
As características da T Coronae Borealis, com sua explosão termonuclear e visibilidade por poucos dias, reforçam o interesse dos astrônomos. Muitos continuarão a observar o céu, atentos a cada novo ciclo, com precisão total.
Com informações de Curioctopus.