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Astrônomos identificam “Quipu”, a maior estrutura cósmica já observada! Com 1,3 bilhão de anos-luz de extensão, descoberta desafia teorias sobre a distribuição da matéria no universo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/02/2025 às 11:12
Astrônomos identificam Quipu, a maior estrutura cósmica já observada! Com 1,3 bilhão de anos-luz de extensão
Foto gerada por IA

Astrônomos identificam a maior estrutura cósmica já observada! Batizada de Quipu, essa gigantesca formação se estende por 1,3 bilhão de anos-luz e desafia as teorias sobre a distribuição do universo.

A “Quipu”, maior estrutura cósmica já observada, que abrange 1,3 bilhão de anos-luz, foi recentemente identificada, desafiando a compreensão dos astrônomos da distribuição da matéria no espaço. A descoberta da maior estrutura cósmica do mundo, que é fruto de um estudo publicado no ArXiv no dia 31 de janeiro, abre novas perspectivas sobre a organização em larga escala do cosmos.

Quipu possui massa equivalente a 200 quatrilhões de massas solares

Localizado entre 424 e 815 milhões de anos-luz da terra, a maior estrutura cósmica já observada por astrônomos é composta por milhares de galáxias ligadas pela gravidade. Com uma massa equivalente a 200 quatrilhões de massas solares, representa uma das maiores estruturas já observadas. Seu nome, que é inspirado no Quipus Inca, mostra sua complexa forma filamentosa, lembrando uma rede de cordas e nós.

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A maior estrutura cósmica já observada se diferencia por um filamento principal cercado por ramificações secundárias, gerando assim um conjunto denso e interconectado. Essa configuração, revelada por observações de raios-x, mostra uma nuvem de gás superaquecido emitindo radiação única. Esses sinais permitem aos astrônomos mapear a distribuição da matéria nessa região do Universo.

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A maior estrutura cósmica do mundo influencia seu ambiente de forma significativa. Sua massa distorce a luz de objetos distantes, um fenômeno conhecido como lente gravitacional. Essa distorção gerada pelo Quipu, afeta as medições da constante de Hubble, fundamental para a compreensão da expansão do Universo. Além disso, muda a radiação do fundo cósmico de micro-ondas, uma relíquia do Big Bang.

Expansão do Universo fragmentará a maior estrutura cósmica do mundo

A existência de Quipu ressalta as previsões do modelo ACDM, que descreve a evolução do Universo desde o Big bang. Simulações numéricas adiantaram a formação de tais estruturas, contudo sua observação direta continua rara.

Quipu e seus vizinhos representam aproximadamente 45% dos aglomerados de galáxias conhecidos, disponibilizando dados valiosos sobre a distribuição de matéria e energia escura.

Embora seja enorme, a maior estrutura cósmica já observada não é uma entidade eterna. A expansão acelerada do Universo acabará dividindo essa superestrutura em unidades menores. Essa evolução lembra a natureza dinâmica e em constante mudança do cosmos, onde até mesmo as maiores estruturas como Quipu estão sujeitas a forças colossais.

Para o estudo da maior estrutura cósmica do mundo, os astrônomos utilizaram informações do satélite alemão ROSAT, aplicando um algoritmo que recebe o nome de “friends-of-friends” e estabelece uma distância máxima entre aglomerados para defini-los como parte de uma mesma estrutura.

Estudo também encontra outras superestruturas

Até então, o superaglomerado de Shapley era conhecido como a maior estrutura já descoberta, contudo Quipu atraiu todos os holofotes, assim como as outras três estruturas gigantes achadas pela mesma pesquisa: a superestrutura Serpens-Corona Borealis, Hércules e superestrutura Sculptor-Pegasus, que se estende entre as duas constelações que originaram seu nome.

Juntas, essas cinco superestruturas possuem 45% dos aglomerados de galáxias, 30% das galáxias e 25% da matéria do universo observável, segundo os astrônomos no artigo. No total, elas representam 13% do volume do universo.

Os pesquisadores também observaram que a velocidade das galáxias se altera próximo à maior estrutura cósmica já observada e outras superestruturas, onde a expansão local pode alterar as medições da expansão geral do universo, chamada de constante de Hubble.

A constante de Hubble mede a taxa de expansão do universo. Ela é determinada pela conservação da distância e da velocidade de recessão das galáxias. Contudo, estruturas massivas como Quipu podem distorcer essas medições adicionando velocidades à expansão.


Fonte: IGN

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João de Souza Ferreira
João de Souza Ferreira
21/02/2025 11:19

ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA SAGRADA: Os céus Proclamam a Grandeza de Deus !!!

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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