O setor de máquinas agrícolas registrou um recorde de vendas no Brasil no ano de 2022. De acordo com Pedro Estêvão, presidente da Abimaq, as vendas internas tiveram uma soma de cerca de R$ 91 bilhões, um aumento de mais de 2% se comparado ao ano anterior.
O dirigente fez uma breve explicação, dizendo que o percentual é baixo pois a base de vendas dos anos de 2020 e 2021 era bem maiores. Esse segmento cresceu 17% no ano de 2020 e 48% em 2021.
Com uma série de incertezas para esse novo ano que está começando, o dirigente acha difícil que se repita o ótimo desempenho de 2022. Isso, pois os recursos do Plano Safra 2022/2023, disponibilizados em julho, acabaram no mês de outubro.
“Como os juros estão muito elevados, a janela de investimentos ficou muito ruim. Se não houver nenhum aceno do governo no curto prazo, os novos recursos devem estar disponíveis apenas no início do segundo semestre. Voltando os recursos a partir de julho, conseguiríamos repetir o desempenho da segunda metade do ano ado, mas ficaríamos com essa queda no primeiro semestre”. De acordo com Estêvão, só não seria possível saber de quanto seria essa queda.
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Vendas de máquinas agrícolas é recorde
Esse cenário já é ainda mais preocupante, se considerar que, no acumulado dos meses de novembro e dezembro de 2022, essas vendas caíram 20% diante do mesmo período do ano de 2021.
No entanto, as empresas de máquinas agrícolas relatam um cenário ainda pior nesse mês de janeiro, sendo que o setor não tem nenhuma expectativa de melhora.
Porém, o dirigente se mostra ainda mais otimista com todas as perspectivas de boa colheita relacionadas aos grãos no Paraná, no Sudeste e no Centro Oeste. “A rentabilidade esperada é muito boa, e muitos produtores têm capital para comprar máquinas à vista. Esse é o ponto positivo para o primeiro semestre”, comemorou ele.
Divisão por Cultura
O maquinário para os grãos corresponde cerca de 65% dos mercados nacionais. A cana-de-açúcar, o café e o algodão, juntos, correspondem a cerca de 25%, sendo que as outras culturas somadas completam mais de 10%.
Estêvão aproveitou para retratar a projeção de crescimento de mais de 1% para o ano de 2022, que foi divulgada ontem, durante uma coletiva de apresentações dos resultados do ano anterior, pelos dirigentes das associações. “Ainda não há essa projeção. Vamos nos reunir na próxima sexta-feira para discutir os cenários para o ano que começa: safra, vendas, financiamentos, etc”.
Além de tudo isso, devem ainda ser tratados outros assuntos caros aos setores, como por exemplo o posicionamento do novo governo sobre ainda a indústria de máquinas e também sobre eventuais mudanças na tributação.