Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
Descoberta arqueológica revela embarcação dos séculos XV e XVI sob antigo mercado de peixes de Barcelona, preservada em estado frágil e com estrutura medieval rara.
Um naufrágio datado entre os anos de 1400 e 1600 foi encontrado em um local inesperado: o subsolo do antigo mercado de peixes de Barcelona.
A descoberta ocorreu entre os dias 10 e 15 de abril, durante obras no Mercat del Peix, e foi divulgada pelo Instituto de Cultura de Barcelona (ICUB).
Navio sob o mercado
A embarcação, chamada Ciutadella I, estava soterrada no que antes foi um espaço marítimo.
-
Cientista renomado alerta: inteligência artificial pode reduzir a população mundial em 98,8%
-
Universidade de Viena desafia os limites da física com novos modelos sobre matéria escura e gravidade quântica em 2025: do colapso de estrelas ao “pixel do espaço-tempo”
-
Arqueólogos descobrem fortaleza romana secreta na Áustria: estrutura militar do tempo de Marco Aurélio muda tudo sobre as fronteiras do Império Romano
-
Descoberta de ferramentas de 40 mil anos nas Filipinas contradiz Europa e África como berços da navegação: tecnologia avançada em pleno Paleolítico
Comprar
A localização, hoje urbana, fazia parte do litoral da cidade no ado. O ICUB explicou que mudanças na dinâmica costeira ao longo dos séculos alteraram o ambiente original.
Segundo o instituto, a construção de cais artificiais a partir de 1439 provocou o desaparecimento de um banco de areia protetor chamado Tasca.
Com isso, a ação das marés e tempestades fez a praia avançar rapidamente, cobrindo estruturas antigas, como o próprio navio.
Facebook/Barcelona Cultura
Detalhes da estrutura
O navio está em estado frágil, mas preserva partes importantes. Ele mede 10 metros de comprimento e quase 3 metros de largura.
Sua estrutura principal, um esqueleto de madeira, contém 30 armações curvas.
Sete estacas do casco também foram localizadas. As tábuas são presas por cavilhas de madeira, um tipo de prego redondo, e há duas peças longitudinais fixadas com pregos de ferro.
O método de construção identificado é conhecido como “construção de esqueleto”, comum no Mediterrâneo medieval e difundido na Europa desde o século XV.
Restos orgânicos próximos
Além da estrutura, foram encontrados restos orgânicos ao redor do naufrágio. Entre eles, sementes de avelã e pinhas inteiras.
Segundo os pesquisadores, esses elementos podem ter origem na mesma época da embarcação, reforçando a importância do achado.
O ICUB alertou que o estado de preservação do navio é muito delicado.
A madeira, por ser sensível à exposição ao ar, começa a se deteriorar rapidamente fora de ambientes aquáticos. Para evitar danos maiores, parte do casco foi recoberta com a areia original.
Preservação e transporte
Equipes do Serviço de Arqueologia de Barcelona, em parceria com o Museu de Arqueologia da Catalunha, estão empenhadas na proteção da estrutura. Estão previstos trabalhos de documentação em 3D, marcação das peças e preparo para transporte seguro.
A embarcação será levada para uma instalação especial, onde a madeira ará por um processo de dessalinização. Esse procedimento é essencial para evitar a degradação e garantir que a estrutura permaneça intacta.
Fonte de conhecimento histórico
O objetivo da equipe é preservar não apenas o material físico, mas também o valor arqueológico do Ciutadella I. O naufrágio oferece uma oportunidade única de estudar as técnicas de navegação e construção naval da Barcelona dos séculos XV e XVI.
Segundo o comunicado oficial, essa descoberta representa uma janela rara para o ado marítimo da cidade. A análise da embarcação pode revelar detalhes importantes sobre o comércio, a engenharia naval e o modo de vida da época.
