Argentina rompe com OMS e promove reestruturação na saúde
Na segunda-feira, 26 de maio de 2025, o governo argentino confirmou oficialmente sua retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, anunciada durante a visita do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., em Buenos Aires, marca uma mudança significativa na política sanitária do país. O Ministério da Saúde argentino criticou a OMS por adotar diretrizes baseadas em interesses políticos e estruturas burocráticas, em vez de fundamentos científicos sólidos.
Revisão de protocolos de vacinação
O governo argentino anunciou uma série de mudanças nas políticas de saúde, incluindo a exigência de que vacinas sejam submetidas a estudos clínicos com uso de placebo como padrão mínimo. Essa medida visa aumentar o rigor dos processos de aprovação e fortalecer a confiança pública com base em dados verificáveis. A vacina contra a COVID-19 foi citada como exemplo de imunizante aprovado sob condições excepcionais, sem grupo de controle adequado.
Alinhamento com os Estados Unidos e críticas à OMS
A saída da Argentina da OMS segue a decisão semelhante dos Estados Unidos, anunciada anteriormente pelo presidente Donald Trump. O presidente argentino Javier Milei, já havia expressado críticas à gestão da OMS durante a pandemia de COVID-19, classificando-a como “nefasta” e acusando a entidade de promover medidas que violam a soberania sanitária dos países.
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Reestruturação do sistema de saúde e segurança alimentar
Além das mudanças nos protocolos de vacinação, o governo argentino também pretende revisar o uso de aditivos sintéticos em alimentos industrializados. Por esse motivo, haverá especial atenção aos produtos voltados ao público infantil, sobretudo devido à maior vulnerabilidade dessa faixa etária. Como consequência, a iniciativa busca restringir substâncias potencialmente perigosas, além de fortalecer os critérios para aprovação desses ingredientes. Além disso, pretende-se reforçar o controle sobre componentes que estejam, de alguma forma, associados ao aumento de doenças crônicas na população.
Perspectivas futuras e impacto na saúde pública
Com essas medidas, a Argentina tenta, portanto, fortalecer sua autonomia na gestão da saúde pública, especialmente ao priorizar políticas baseadas em evidências científicas. Além disso, busca adaptar essas políticas às necessidades nacionais, o que reforça uma abordagem mais independente e focada em resultados concretos. Consequentemente, o governo afirma que, ao deixar a OMS, ganhará mais liberdade, e, poderá também se adaptar políticas de saúde à sua realidade interna. Com isso, reafirma seu compromisso com a transparência, com a eficiência e, sobretudo, com a melhoria contínua do sistema de saúde nacional.